{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2018/06/20/fim-do-programa-de-resgate-da-grecia-na-agenda-do-eurogrupo" }, "headline": "Fim do programa de resgate da Gr\u00e9cia na agenda do Eurogrupo", "description": "O Eurogrupo vai decidir, esta quinta-feira, se a Gr\u00e9cia pode terminar o programa de resgate, no final de agosto, fechando um ciclo de oito anos de austeridade. Mas que caminho se segue? Este \u00e9 o tema do programa Breves de Bruxelas.", "articleBody": "O Eurogrupo vai decidir, quinta-feira, se a Gr\u00e9cia pode terminar o programa de resgate, no final de agosto, fechando um ciclo de oito anos de austeridade. Por causa da crise e da restrutura\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica, estima-se que meio milh\u00e3o de pessoas deixaram o pa\u00eds. Mas as boas not\u00edcias podem n\u00e3o ditar o retorno a casa, j\u00e1 que uma recente sondagem junto dos expatriados revela que 36% dos inquiridos n\u00e3o pretende jamais regressar. A estes juntam-se 46% que v\u00e3o esperar, pelo menos, tr\u00eas anos. Lia Kourou, de 37 anos, estudou economia e gest\u00e3o de transporte mar\u00edtimo em Atenas, seguindo para o Reino Unido para fazer o mestrado. Regressou \u00e0 Gr\u00e9cia para come\u00e7ar a carreira mas, h\u00e1 quatro anos, acabou por emigrar para o Luxemburgo e n\u00e3o est\u00e1 muito otimista com a possibilidade de deixar o que conquistou. \u0022N\u00e3o quero voltar, nada mudou. Apesar de todo o sofrimento que enfrent\u00e1mos ao longo destes anos, nada mudou. N\u00e3o vou deixar o meu atual trabalho, onde tenho um hor\u00e1rio fixo e tempo livre para mim. O Luxemburgo tem um sistema de sa\u00fade que \u00e9 extremamente bom. Voltar para a inseguran\u00e7a, para incerteza que se vive na Gr\u00e9cia, n\u00e3o \u00e9 algo que vou fazer\u0022, explicou \u00e0 enviada da euronews, Efi Koutsokosta. \u0022Penso que para se instalarem as mudan\u00e7as necess\u00e1rias v\u00e3o ser precisos, pelo menos, 20 ou 30 anos. A\u00ed talvez se tenha chegado a um ponto em que se abrem as portas para as pessoas altamente qualificadas poderem regressar. Mas nessa altura, j\u00e1 n\u00e3o seremos jovens\u0022, acrescentou. Mesmo com o fim do programa de resgate, ainda h\u00e1 muito trabalho pela frente para reconstruir a economia. O Banco Europeu de Investimento vai continuar a ajudar, segundo o vice-presidente, Jonathan Taylor. \u0022O nosso plano continua a ser concentrar os investimentos nos setores dos transportes e da energia. Penso que \u00e9 importante continuar a modernizar o sistema rodovi\u00e1rio e os transportes, em geral, bem como modernizar as comunica\u00e7\u00f5es entre as diferentes partes do pa\u00eds, nomeadamente entre as ilhas e o continente\u0022, explicou \u00e0 euronews. \u0022N\u00e3o h\u00e1 um ponto final m\u00e1gico, a partir do qual tudo \u00e9 perfeito. O que precisamos \u00e9 de ter a certeza de que tudo o que se faz vai na dire\u00e7\u00e3o certa\u0022, acrescentou Jonathan Taylor. Mas h\u00e1 um grande entrave \u00e0 recupera\u00e7\u00e3o do pa\u00eds, como real\u00e7a Jos\u00e9 \u00c1ngel Gurr\u00eda, secret\u00e1rio-geral da Organiza\u00e7\u00e3o para Coopera\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Econ\u00f3mico. \u0022A Gr\u00e9cia j\u00e1 fez o trabalho de casa e sofreu as consequ\u00eancias, mas foi corajosa e agora v\u00ea o lado positivo, o resultado dessas reformas. A quest\u00e3o atual \u00e9 saber como gerir uma d\u00edvida de 180% do PIB, que \u00e9 demasiado peso nos ombros do pa\u00eds\u0022, afirmou. ", "dateCreated": "2018-06-20T17:36:37+02:00", "dateModified": "2018-06-20T20:32:06+02:00", "datePublished": "2018-06-20T20:14:00+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F18%2F72%2F48%2F1440x810_cmsv2_4e559b56-d551-56f1-962a-98ffa57e9e6d-3187248.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O Eurogrupo vai decidir, esta quinta-feira, se a Gr\u00e9cia pode terminar o programa de resgate, no final de agosto, fechando um ciclo de oito anos de austeridade. Mas que caminho se segue? Este \u00e9 o tema do programa Breves de Bruxelas.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F18%2F72%2F48%2F432x243_cmsv2_4e559b56-d551-56f1-962a-98ffa57e9e6d-3187248.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Koutsokosta", "givenName": "Efi", "name": "Efi Koutsokosta", "url": "/perfis/576", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@Efkouts", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue greque" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Economia" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Fim do programa de resgate da Grécia na agenda do Eurogrupo

Fim do programa de resgate da Grécia na agenda do Eurogrupo
Direitos de autor REUTERS/Costas Baltas
Direitos de autor REUTERS/Costas Baltas
De Efi Koutsokosta & Isabel Marques da Silva
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O Eurogrupo vai decidir, esta quinta-feira, se a Grécia pode terminar o programa de resgate, no final de agosto, fechando um ciclo de oito anos de austeridade. Mas que caminho se segue? Este é o tema do programa Breves de Bruxelas.

PUBLICIDADE

O Eurogrupo vai decidir, quinta-feira, se a Grécia pode terminar o programa de resgate, no final de agosto, fechando um ciclo de oito anos de austeridade.

Por causa da crise e da restruturação económica, estima-se que meio milhão de pessoas deixaram o país.

Mas as boas notícias podem não ditar o retorno a casa, já que uma recente sondagem junto dos expatriados revela que 36% dos inquiridos não pretende jamais regressar. A estes juntam-se 46% que vão esperar, pelo menos, três anos.

Lia Kourou, de 37 anos, estudou economia e gestão de transporte marítimo em Atenas, seguindo para o Reino Unido para fazer o mestrado. Regressou à Grécia para começar a carreira mas, há quatro anos, acabou por emigrar para o Luxemburgo e não está muito otimista com a possibilidade de deixar o que conquistou.

"Não quero voltar, nada mudou. Apesar de todo o sofrimento que enfrentámos ao longo destes anos, nada mudou. Não vou deixar o meu atual trabalho, onde tenho um horário fixo e tempo livre para mim. O Luxemburgo tem um sistema de saúde que é extremamente bom. Voltar para a insegurança, para incerteza que se vive na Grécia, não é algo que vou fazer", explicou à enviada da euronews, Efi Koutsokosta.

"Penso que para se instalarem as mudanças necessárias vão ser precisos, pelo menos, 20 ou 30 anos. Aí talvez se tenha chegado a um ponto em que se abrem as portas para as pessoas altamente qualificadas poderem regressar. Mas nessa altura, já não seremos jovens", acrescentou.

Mesmo com o fim do programa de resgate, ainda há muito trabalho pela frente para reconstruir a economia. O Banco Europeu de Investimento vai continuar a ajudar, segundo o vice-presidente, Jonathan Taylor.

"O nosso plano continua a ser concentrar os investimentos nos setores dos transportes e da energia. Penso que é importante continuar a modernizar o sistema rodoviário e os transportes, em geral, bem como modernizar as comunicações entre as diferentes partes do país, nomeadamente entre as ilhas e o continente", explicou à euronews.

"Não há um ponto final mágico, a partir do qual tudo é perfeito. O que precisamos é de ter a certeza de que tudo o que se faz vai na direção certa", acrescentou Jonathan Taylor.

Mas há um grande entrave à recuperação do país, como realça José Ángel Gurría, secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico.

"A Grécia já fez o trabalho de casa e sofreu as consequências, mas foi corajosa e agora vê o lado positivo, o resultado dessas reformas. A questão atual é saber como gerir uma dívida de 180% do PIB, que é demasiado peso nos ombros do país", afirmou.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Comissário Moscovici em Atenas: "a Grécia deve virar a página"

Dívida grega ensombra recomeço pós resgate

BCE baixa as taxas pela oitava vez, com as tensões comerciais a ameaçarem o crescimento