{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2017/07/03/o-boom-do-agronegocio-em-angola" }, "headline": "Angola rumo ao futuro", "description": "Novo epis\u00f3dio da s\u00e9rie Focus Angola: um m\u00eas para compreender melhor como o pa\u00eds tenta diversificar a sua economia.", "articleBody": "Novo epis\u00f3dio da s\u00e9rie Focus Angola: um m\u00eas para compreender melhor como o pa\u00eds tenta diversificar a sua economia. Na d\u00e9cada de 70, a agricultura, em Angola, vivia um bom momento. O setor sofreu muito durante a guerra, mas est\u00e1 a recuperar. Uma necessidade absoluta, dado que Angola importa, hoje, 80% dos seus bens de consumo: \u201cDe acordo com a Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Agricultura e Alimenta\u00e7\u00e3o, Angola \u00e9 um dos cinco pa\u00edses com maior potencial agr\u00edcola, em todo o mundo. O pa\u00eds tem 58 milh\u00f5es de hectares de terra ar\u00e1vel, como esta, o equivalente \u00e0 superf\u00edcie de um pa\u00eds maior que Fran\u00e7a. O problema \u00e9 que, hoje, apenas 10% da terra \u00e9 utilizada devido, em particular, \u00e0 insuficiente taxa de irriga\u00e7\u00e3o do pa\u00eds\u201d, explica o enviado da euronews a Angola Serge Rombi. Estamos na maior explora\u00e7\u00e3o do pa\u00eds, a 1400 metros acima do n\u00edvel das \u00e1guas do mar, nas terras altas da prov\u00edncia do Cuanza Sul. A \u00e1rea \u00e9 enorme: 10.000 hectares. Apenas um ter\u00e7o \u00e9 utilizada, por enquanto, mas aqui j\u00e1 se produziram 50 esp\u00e9cies diferentes, com um volume anual de neg\u00f3cios de cinco milh\u00f5es de d\u00f3lares. Os grandes operadores privados, como estes, representam 15% dos produtores, e operam quase metade da terra cultivada em Angola: \u201cAngola tem condi\u00e7\u00f5es excelentes para a agricultura, tem muitos microclimas, muita terra, muita \u00e1gua, tem das melhores condi\u00e7\u00f5es do mundo para a agricultura. O grande problema com o qual nos debatemos aqui \u00e9 a m\u00e3o-de-obra\u201d, explica Jo\u00e3o Macedo, do GrupoLider. Nos \u00faltimos anos, foram disponibilizadas avultadas somas para desenvolver a agricultura familiar e industrial. Um esfor\u00e7o foi feito, em particular, na forma\u00e7\u00e3o. Trabalham nesta explora\u00e7\u00e3o 800 pessoas que foram formadas para desempenhar as suas tarefas. A empresa investiu muitos milh\u00f5es de d\u00f3lares, nos \u00faltimos seis anos e meio e tem duas outras ambi\u00e7\u00f5es para o pa\u00eds: \u201cTemos projetos novos em outro tipo de produ\u00e7\u00f5es. Tamb\u00e9m temos projetos na agroind\u00fastria, onde j\u00e1 temos alguns projetos implementados. Pretendemos investir, nos pr\u00f3ximos 3 anos, mais de 150 milh\u00f5es de d\u00f3lares\u201d, adianta Jo\u00e3o Macedo. O caf\u00e9 \u00e9 outra das riquezas do pa\u00eds, mas \u00e9 um produto raro porque \u00e9 preciso muito tempo, 4 anos, at\u00e9 se conseguir o fruto, o gr\u00e3o. Jorge Ribeiro \u00e9 diretor de produ\u00e7\u00e3o na Angonabeiro h\u00e1 cinquenta anos. Ainda se lembra da idade de ouro do caf\u00e9 angolano: \u201cO caf\u00e9 de Angola ainda \u00e9 um dos de melhor qualidade apesar de, em termos de produ\u00e7\u00e3o, estarmos numa escala reduzida. \u00c9ramos os quatros maiores produtores de caf\u00e9 nos anos 70, 1973, hoje estamos na cauda. Mas, hoje, a tend\u00eancia \u00e9 continuarmos a apostar no cultivo de caf\u00e9\u201d, explica Jorge Ribeiro. Hoje, a produ\u00e7\u00e3o \u00e9 de 12 mil toneladas, por ano, quase 17 vezes menos do que na d\u00e9cada de 70, quando ela ascendia \u00e0s 200 mil. Nos \u00faltimos anos, a estrat\u00e9gia do governo \u00e9 clara: aumentar a produ\u00e7\u00e3o e tornar o caf\u00e9 angolano competitivo. Para isso \u00e9 preciso relan\u00e7\u00e1-lo no mercado internacional para que encontre o seu espa\u00e7o. A Angonabeiro, do grupo da portuguesa Delta, \u00e9 uma das que trabalha para isso: \u201cO potencial existe. N\u00e3o \u00e9 uma utopia. N\u00f3s j\u00e1 produzimos 200 mil toneladas por ano. Os solos o clima s\u00e3o prop\u00edcios para isso. O que queremos \u00e9 potenciar este fator de crescimento para fazer crescer o neg\u00f3cio da agricultura e depois da ind\u00fastria transformadora e, de algum modo, potenciar as exporta\u00e7\u00f5es\u201d, como explica Pedro Ribeiro, o diretor-geral da Angonabeiro. A empresa, do grupo Nabeiro, pode dar-se por satisfeita j\u00e1 que o volume de neg\u00f3cios dever\u00e1 aumentar 20%, este ano.", "dateCreated": "2017-07-03T18:27:14+02:00", "dateModified": "2017-07-03T18:27:14+02:00", "datePublished": "2017-07-03T18:27:14+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F374411%2F1440x810_374411.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Novo epis\u00f3dio da s\u00e9rie Focus Angola: um m\u00eas para compreender melhor como o pa\u00eds tenta diversificar a sua economia.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F374411%2F432x243_374411.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series", "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Angola rumo ao futuro

Angola rumo ao futuro
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Novo episódio da série Focus Angola: um mês para compreender melhor como o país tenta diversificar a sua economia.

PUBLICIDADE

Novo episódio da série Focus Angola: um mês para compreender melhor como o país tenta diversificar a sua economia.

Na década de 70, a agricultura, em Angola, vivia um bom momento. O setor sofreu muito durante a guerra, mas está a recuperar. Uma necessidade absoluta, dado que Angola importa, hoje, 80% dos seus bens de consumo:

“De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, Angola é um dos cinco países com maior potencial agrícola, em todo o mundo. O país tem 58 milhões de hectares de terra arável, como esta, o equivalente à superfície de um país maior que França. O problema é que, hoje, apenas 10% da terra é utilizada devido, em particular, à insuficiente taxa de irrigação do país”, explica o enviado da euronews a Angola Serge Rombi.

Estamos na maior exploração do país, a 1400 metros acima do nível das águas do mar, nas terras altas da província do Cuanza Sul. A área é enorme: 10.000 hectares. Apenas um terço é utilizada, por enquanto, mas aqui já se produziram 50 espécies diferentes, com um volume anual de negócios de cinco milhões de dólares.

Os grandes operadores privados, como estes, representam 15% dos produtores, e operam quase metade da terra cultivada em Angola:

“Angola tem condições excelentes para a agricultura, tem muitos microclimas, muita terra, muita água, tem das melhores condições do mundo para a agricultura. O grande problema com o qual nos debatemos aqui é a mão-de-obra”, explica João Macedo, do GrupoLider.

Nos últimos anos, foram disponibilizadas avultadas somas para desenvolver a agricultura familiar e industrial. Um esforço foi feito, em particular, na formação. Trabalham nesta exploração 800 pessoas que foram formadas para desempenhar as suas tarefas.

A empresa investiu muitos milhões de dólares, nos últimos seis anos e meio e tem duas outras ambições para o país:

“Temos projetos novos em outro tipo de produções. Também temos projetos na agroindústria, onde já temos alguns projetos implementados. Pretendemos investir, nos próximos 3 anos, mais de 150 milhões de dólares”, adianta João Macedo.

O café é outra das riquezas do país, mas é um produto raro porque é preciso muito tempo, 4 anos, até se conseguir o fruto, o grão. Jorge Ribeiro é diretor de produção na Angonabeiro há cinquenta anos. Ainda se lembra da idade de ouro do café angolano:

“O café de Angola ainda é um dos de melhor qualidade apesar de, em termos de produção, estarmos numa escala reduzida. Éramos os quatros maiores produtores de café nos anos 70, 1973, hoje estamos na cauda. Mas, hoje, a tendência é continuarmos a apostar no cultivo de café”, explica Jorge Ribeiro.

Hoje, a produção é de 12 mil toneladas, por ano, quase 17 vezes menos do que na década de 70, quando ela ascendia às 200 mil.

Nos últimos anos, a estratégia do governo é clara: aumentar a produção e tornar o café angolano competitivo. Para isso é preciso relançá-lo no mercado internacional para que encontre o seu espaço. A Angonabeiro, do grupo da portuguesa Delta, é uma das que trabalha para isso:

“O potencial existe. Não é uma utopia. Nós já produzimos 200 mil toneladas por ano. Os solos o clima são propícios para isso. O que queremos é potenciar este fator de crescimento para fazer crescer o negócio da agricultura e depois da indústria transformadora e, de algum modo, potenciar as exportações”, como explica Pedro Ribeiro, o diretor-geral da Angonabeiro.

A empresa, do grupo Nabeiro, pode dar-se por satisfeita já que o volume de negócios deverá aumentar 20%, este ano.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Azerbaijão acolhe conferência mundial para combater a islamofobia e promover a tolerância religiosa

Fórum Internacional de Astana apela à reforma global, à consolidação da paz e à cooperação climática

O Fórum Económico do Catar estimula a ambição e a inovação