{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2016/04/27/alianca-das-civilizaces-juntos-contra-o-odio" }, "headline": "Alian\u00e7a das Civiliza\u00e7\u00f5es: Juntos contra o \u00f3dio", "description": "A capital do Azerbaij\u00e3o acolheu o F\u00f3rum Global das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alian\u00e7a das Civiliza\u00e7\u00f5es, dedicado \u00e0 problem\u00e1tica da radicaliza\u00e7\u00e3o dos", "articleBody": "A capital do Azerbaij\u00e3o acolheu o F\u00f3rum Global das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alian\u00e7a das Civiliza\u00e7\u00f5es, dedicado \u00e0 problem\u00e1tica da radicaliza\u00e7\u00e3o dos jovens. Foi para Baku, na costa ocidental do Mar C\u00e1spio, que convergiram os cerca de 2500 participantes, vindos de mais de 120 pa\u00edses, na s\u00e9tima edi\u00e7\u00e3o do F\u00f3rum Global das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alian\u00e7a das Civiliza\u00e7\u00f5es. Marcaram presen\u00e7a chefes de Estado e de governo, l\u00edderes religiosos, representantes da sociedade civil, juntos numa iniciativa destinada a promover o di\u00e1logo intercultural. Seguindo o fio da atualidade, e com tudo o que diz respeito ao avan\u00e7o dos extremismos, este encontro fez eco justamente da necessidade de combater discursos que podem incitar ao \u00f3dio. Segundo Jean-Paul Laborde, diretor executivo do Comit\u00e9 Antiterrorismo da ONU, \u201cos media, a internet, propagam palavras que incitam ao \u00f3dio. Por isso \u00e9 que \u00e9 importante unir as civiliza\u00e7\u00f5es para dizer, antes de mais, que esse tipo de discurso n\u00e3o pode ser associado \u00e0 religi\u00e3o. Est\u00e1 associado, sim, a puls\u00f5es violentas.\u201d O facto \u00e9 que o fen\u00f3meno de radicaliza\u00e7\u00e3o de muitos jovens a precisamente pelo argumento religioso, alimentado pela forte presen\u00e7a de movimentos terroristas nas redes sociais. O Facebook \u00e9 talvez o exemplo mais citado para ilustrar a facilidade com que se faz ar mensagens de viol\u00eancia entre os adolescentes. Endorsement of the Baku Declaration at the Ministerial High Level Meeting of the Group of Friends at the 7th UN\u2026 https://t.co/vubEEEtH5W\u2014 UNAOC (@UNAOC) 27 avril 2016 \u201cO grupo Estado Isl\u00e2mico, por exemplo, produz v\u00eddeos e imagens, tal como outros grupos extremistas. Eles propagam as suas ideias, incitando as pessoas \u00e0 viol\u00eancia. At\u00e9 ensinam como preparar um ataque, como fazer uma bomba e outros engenhos. \u00c9 um fen\u00f3meno que revela uma tend\u00eancia que tem de ser combatida\u201d, afirma Jolene Jerard, investigadora do Centro de Pesquisa em Viol\u00eancia Pol\u00edtica e Terrorismo (RSIS). No entanto, a quest\u00e3o vai muito al\u00e9m das redes sociais. O sismo provocado pelas migra\u00e7\u00f5es for\u00e7adas lan\u00e7ou alguns \u00f3rg\u00e3os de comunica\u00e7\u00e3o social numa ret\u00f3rica acusada de produzir imagens negativas dos refugiados e de contribuir para agravar as dificuldades de integra\u00e7\u00e3o nos pa\u00edses de acolhimento. Nassir Abdulaziz Al-Nasser, o Alto Representante da ONU para a Alian\u00e7a das Civiliza\u00e7\u00f5es, considera que \u201cos media t\u00eam tido um papel muito negativo perante o fluxo migrat\u00f3rio da S\u00edria. Os refugiados s\u00e3o apresentados como uma amea\u00e7a \u00e0 paz, \u00e0 seguran\u00e7a, \u00e0 economia. Mas toda a gente sabe que eles s\u00e3o v\u00edtimas de uma ditadura.\u201d Como limitar os efeitos das mensagens que circulam em redes online que alcan\u00e7am milhares de milh\u00f5es de pessoas todos os dias? Uma das respostas preconizadas neste F\u00f3rum prende-se com o refor\u00e7o das leis que interditam o incitamento ao \u00f3dio, for\u00e7ando a um maior controlo dos conte\u00fados divulgados. \u201cSe examinarmos os chamados \u2018discursos de \u00f3dio\u2019, verificamos que costumam provir de contas an\u00f3nimas ou falsas. Os servi\u00e7os online podem aplicar mecanismos para travar estas contas an\u00f3nimas nas redes sociais. Este \u00e9 o primeiro aspeto. O segundo tem a ver com ensinar \u00e0s crian\u00e7as o que s\u00e3o as redes sociais, quais as vantagens e que efeitos nocivos podem produzir\u201d, aponta Kemal Ilter, professor da Universidade da Carolina do Norte Chapel Hill. No final deste ciclo de f\u00f3runs, os organizadores v\u00e3o publicar um livro em quatro vers\u00f5es \u2013 ingl\u00eas, franc\u00eas, espanhol e \u00e1rabe \u2013 sobre como combater os discursos de \u00f3dio e os apelos ao extremismo que circulam nos media.", "dateCreated": "2016-04-27T11:38:46+02:00", "dateModified": "2016-04-27T11:38:46+02:00", "datePublished": "2016-04-27T11:38:46+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F331131%2F1440x810_331131.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A capital do Azerbaij\u00e3o acolheu o F\u00f3rum Global das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alian\u00e7a das Civiliza\u00e7\u00f5es, dedicado \u00e0 problem\u00e1tica da radicaliza\u00e7\u00e3o dos", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F331131%2F432x243_331131.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series", "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Aliança das Civilizações: Juntos contra o ódio

Aliança das Civilizações: Juntos contra o ódio
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A capital do Azerbaijão acolheu o Fórum Global das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, dedicado à problemática da radicalização dos

PUBLICIDADE

A capital do Azerbaijão acolheu o Fórum Global das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, dedicado à problemática da radicalização dos jovens.

Foi para Baku, na costa ocidental do Mar Cáspio, que convergiram os cerca de 2500 participantes, vindos de mais de 120 países, na sétima edição do Fórum Global das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações. Marcaram presença chefes de Estado e de governo, líderes religiosos, representantes da sociedade civil, juntos numa iniciativa destinada a promover o diálogo intercultural.

Seguindo o fio da atualidade, e com tudo o que diz respeito ao avanço dos extremismos, este encontro fez eco justamente da necessidade de combater discursos que podem incitar ao ódio.

Segundo Jean-Paul Laborde, diretor executivo do Comité Antiterrorismo da ONU, “os media, a internet, propagam palavras que incitam ao ódio. Por isso é que é importante unir as civilizações para dizer, antes de mais, que esse tipo de discurso não pode ser associado à religião. Está associado, sim, a pulsões violentas.”

O facto é que o fenómeno de radicalização de muitos jovens a precisamente pelo argumento religioso, alimentado pela forte presença de movimentos terroristas nas redes sociais. O Facebook é talvez o exemplo mais citado para ilustrar a facilidade com que se faz ar mensagens de violência entre os adolescentes.

Endorsement of the Baku Declaration at the Ministerial High Level Meeting of the Group of Friends at the 7th UN… https://t.co/vubEEEtH5W

— UNAOC (@UNAOC) 27 avril 2016

“O grupo Estado Islâmico, por exemplo, produz vídeos e imagens, tal como outros grupos extremistas. Eles propagam as suas ideias, incitando as pessoas à violência. Até ensinam como preparar um ataque, como fazer uma bomba e outros engenhos. É um fenómeno que revela uma tendência que tem de ser combatida”, afirma Jolene Jerard, investigadora do Centro de Pesquisa em Violência Política e Terrorismo (RSIS).

No entanto, a questão vai muito além das redes sociais. O sismo provocado pelas migrações forçadas lançou alguns órgãos de comunicação social numa retórica acusada de produzir imagens negativas dos refugiados e de contribuir para agravar as dificuldades de integração nos países de acolhimento.

Nassir Abdulaziz Al-Nasser, o Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, considera que “os media têm tido um papel muito negativo perante o fluxo migratório da Síria. Os refugiados são apresentados como uma ameaça à paz, à segurança, à economia. Mas toda a gente sabe que eles são vítimas de uma ditadura.”

Como limitar os efeitos das mensagens que circulam em redes online que alcançam milhares de milhões de pessoas todos os dias? Uma das respostas preconizadas neste Fórum prende-se com o reforço das leis que interditam o incitamento ao ódio, forçando a um maior controlo dos conteúdos divulgados.

“Se examinarmos os chamados ‘discursos de ódio’, verificamos que costumam provir de contas anónimas ou falsas. Os serviços online podem aplicar mecanismos para travar estas contas anónimas nas redes sociais. Este é o primeiro aspeto. O segundo tem a ver com ensinar às crianças o que são as redes sociais, quais as vantagens e que efeitos nocivos podem produzir”, aponta Kemal Ilter, professor da Universidade da Carolina do Norte Chapel Hill.

No final deste ciclo de fóruns, os organizadores vão publicar um livro em quatro versões – inglês, francês, espanhol e árabe – sobre como combater os discursos de ódio e os apelos ao extremismo que circulam nos media.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O Fórum Económico do Catar estimula a ambição e a inovação

ATM 2025: Líderes de turismo abordam estratégias climáticas, tecnológicas e de crescimento

O Cazaquistão assinala os 30 anos da Assembleia do Povo do Cazaquistão