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Esta tend\u00eancia global estendeu-se aos mercados \u00e1rabes, que terminaram a semana com perdas e reiniciaram as transa\u00e7\u00f5es esta segunda-feira no vermelho. O Kuwait e o Egito come\u00e7aram a semana com quebras de 1,59 e 0,30% respetivamente; Abu Dhabi ganhava na abertura 0,70% e a Ar\u00e1bia Saudita 0,61%.A bolsa saudita ganhou f\u00f4lego ap\u00f3s o an\u00fancio por parte do governo da possibilidade de os investidores estrangeiros poderem implantar um neg\u00f3cio a 100% no pa\u00eds. Uma abertura para atrair investimento estrangeiro e diversificar a economia. Para um olhar mais profundo das tend\u00eancias dos mercados, junta-se a n\u00f3s, como \u00e9 h\u00e1bito, o analista Nour El deen al Hammoury, respons\u00e1vel pela estrat\u00e9gia de mercados na ADS Securities, em Abu Dabi. 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Ent\u00e3o porque \u00e9 que os maus resultados sobre o emprego nos Estados Unidos n\u00e3o ajudaram Wall Street na semana ada? Nour El deen al Hammoury : \u201cSim, \u00e9 verdade, h\u00e1 momentos em que a rea\u00e7\u00e3o dos mercados acionistas \u00e9 positiva para as m\u00e1s not\u00edcias, porque os investidores acreditam que a taxa de juro n\u00e3o vai subir brevemente e que as pol\u00edticas acomodat\u00edcias est\u00e3o para durar. Mas isto mudou recentemente, especialmente desde que come\u00e7ou esta incerteza sobre quando a FED vai aumentar a taxa diretora. Ou seja, esta correla\u00e7\u00e3o entre os mercados e as not\u00edcias mudou para uma correla\u00e7\u00e3o positiva. Agora os n\u00fameros positivos s\u00e3o considerados boas not\u00edcias e os negativos s\u00e3o m\u00e1s not\u00edcias, isto enquanto se espera pela decis\u00e3o da FED nas pr\u00f3ximas semanas. 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A influência das economias europeia e norte-americana nos mercados mundiais

A influência das economias europeia e norte-americana nos mercados mundiais
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Como esperado, o BCE manteve a taxa de juro diretora inalterada, ou seja em 0,05%. Mas, na declaração de 3 de setembro, Mario Draghi, o presidente

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Como esperado, o BCE manteve a taxa de juro diretora inalterada, ou seja em 0,05%.
Mas, na declaração de 3 de setembro, Mario Draghi, o presidente da instituição, anunciou que o banco central vai aumentar o limite de detenção de obrigações de dívida soberana de 25 para 33%.

Este anúncio é considerado como um o encorajador antes do aumento da flexibilização quantitativa previsto para 2016. O nível de procura continua na mesma, com cerca de 60 mil milhões de euros de aquisições por mês.

O euro perdeu entretanto 1% em relação ao dólar, enquanto as ações subiram após as declarações de Mario Draghi, para terminarem a semana com perdas de uma média de 2% nos mercados europeus.

Nos Estados Unidos, os números do emprego realtivos ao mês de agosto revelaram um aumento de 173 mil postos de trabalho, o que ficou aquém das expetativas dos analistas que esperavam valores próximos dos 217 mil. Esta subida, menos pronunciada do que o esperado, cria dúvidas quanto à política da FED sobre a subida da taxa de juro diretora.

Depois de conhecidos os números do emprego, os mercados esmoreceram. Os três principais índices norte-americanos sofreram perdas ao longo da semana de mais de 3%.

Esta tendência global estendeu-se aos mercados árabes, que terminaram a semana com perdas e reiniciaram as transações esta segunda-feira no vermelho.

O Kuwait e o Egito começaram a semana com quebras de 1,59 e 0,30% respetivamente; Abu Dhabi ganhava na abertura 0,70% e a Arábia Saudita 0,61%.
A bolsa saudita ganhou fôlego após o anúncio por parte do governo da possibilidade de os investidores estrangeiros poderem implantar um negócio a 100% no país. Uma abertura para atrair investimento estrangeiro e diversificar a economia.

Para um olhar mais profundo das tendências dos mercados, junta-se a nós, como é hábito, o analista Nour El deen al Hammoury, responsável pela estratégia de mercados na ADS Securities, em Abu Dabi.

Euronews: Meses após o ínicio do chamado programa de alívio quantitativo, os resultados na eurozona são mistos e a engrenagem da inflação não se põe em marcha. Em que medida estas políticas de estímulo estão a ser bem sucedidas e como interpreta a reação dos mercados após o anúncio de Mario Draghi?

Nour El deen al Hammoury : “É ainda cedo para dizer em que medida o programa de alívio quantitativo do BCE é um sucesso ou um fracasso. É verdade que tem havido números mistos nas últimas semanas, com alguns valores positivos outros negativos. Contudo, o declínio da inflação está relacionado com a baixa dos preços da energia. O que é de realçar é que os referentes da inflação têm-se mantido estáveis nos últimos quatro meses.
As declarações do responsável do BCE na generalidade foram negativas, mas foram suficientes para reanimar os mercados acionistas na quinta-feira, com os operadores a verem com bons olhos este aumento anunciado do alívio quantitativo de 25 para 33% e a perspetiva de expansão deste programa. No entanto, os mercados não conseguiram segurar estes ganhos e perderam ânimo logo no dia seguinte com as compras do banco central europeu a manterem-se inalteradas, juntamente com a quebra no crescimento e nas estimativas da inflação. Mas ainda precisamos de ter mais resultados para uma análise mais concreta dos efeitos desta política”.

Euronews: Como sabe, Nour, costuma dizer-se que as más notícias são boas notícias para os mercados. Então porque é que os maus resultados sobre o emprego nos Estados Unidos não ajudaram Wall Street na semana ada?

Nour El deen al Hammoury : “Sim, é verdade, há momentos em que a reação dos mercados acionistas é positiva para as más notícias, porque os investidores acreditam que a taxa de juro não vai subir brevemente e que as políticas acomodatícias estão para durar. Mas isto mudou recentemente, especialmente desde que começou esta incerteza sobre quando a FED vai aumentar a taxa diretora. Ou seja, esta correlação entre os mercados e as notícias mudou para uma correlação positiva. Agora os números positivos são considerados boas notícias e os negativos são más notícias, isto enquanto se espera pela decisão da FED nas próximas semanas.

Euronews: “ Considerando a confusão nos mercados acionistas europeu e norte-americano e os preços baixos do petróleo, em que é que se baseiam os investidores do Médio Oriente para tomarem decisões de investimento seguro?

Nour El deen al Hammoury : “Toda a gente está à espera da decisão da Reserva Federal nas próximas semanas, que será a chave para os próximos meses ou pelo menos até ao final do ano, porque a decisão da FED pode levar a mais intervenções nos mercados emergentes, especialmente depois de estes terem sido afetados pelas expetativas não concretizadas de aumento da taxa de juro por parte da FED. A verdade é que a FED ainda não subiu a taxa e isto pode também não acontecer tão breve quanto se pensa.
Gostaríamos de encorajar os operadores e os investidores a não reagirem imediatamente e a não sobrestimarem as decisões que poderão vir a seguir por parte dos bancos centrais, especialmente da FED no mês de setembro, porque as últimas quedas mais acentuadas nos mercados acionistas foram provocadas pelas estimativas demasiado otimistas sobre a FED e pelos receios que vieram da China. O mesmo se aplica aos mercados acionistas do Médio Oriente e Norte de África
onde há grande incerteza por causa do preço do petróleo.
Apesar de o petróleo ter subido cerca de 20% nos últimos dias, ainda não é suficiente para estabilizar o mercado”.

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