{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2015/08/18/as-reaces-e-repercusses-a-queda-do-yuan-a-nivel-mundial" }, "headline": "As rea\u00e7\u00f5es e repercuss\u00f5es \u00e0 queda do yuan a n\u00edvel mundial", "description": "Uma semana depois do Banco da China ter desvalorizado o yuan o Business Middle East concentra-se nas mais recentes rea\u00e7\u00f5es \u00e0 decis\u00e3o deste banco", "articleBody": "Uma semana depois do Banco da China ter desvalorizado o yuan o Business Middle East concentra-se nas mais recentes rea\u00e7\u00f5es \u00e0 decis\u00e3o deste banco central, tomada para apoiar a economia do pa\u00eds. Reduzir o valor da moeda chinesa, num pa\u00eds considerado um dos principais motores da economia global, levantou muitas quest\u00f5es e medos. Esta desvaloriza\u00e7\u00e3o teve impacto em v\u00e1rios setores da economia, em termos globais. \u00c9 uma t\u00e1tica financeira conhecida, os bancos centrais intervirem quando uma economia de um pa\u00eds \u201ctrope\u00e7a\u201d. Foi, por exemplo, o que aconteceu com a flexibiliza\u00e7\u00e3o quantitativa nos EUA, Jap\u00e3o e Zona Euro. O que a China fez n\u00e3o \u00e9 diferente, ent\u00e3o por que \u00e9 que a desvaloriza\u00e7\u00e3o do yuan ecoou por todo o mundo desta forma? Dos receios \u00e0s certezas A decis\u00e3o da China reduzir o valor da sua moeda corrente, em dois por cento, na ter\u00e7a-feira ada, conduziu o yuan ao valor mais baixo dos \u00faltimos 20 anos. Essa surpresa foi seguida por uma segunda, na quarta-feira, a redu\u00e7\u00e3o em 1,06% e, uma terceira, na quinta, com nova redu\u00e7\u00e3o desta vez de 1,11%. Uma combina\u00e7\u00e3o de fatores levaram Pequim a tomar esta decis\u00e3o, entre eles, as mais recentes perdas nos mercados acionistas, particularmente, o \u00edndice composto da Bolsa de Xangai e dados recentes sobre a queda de 8,3% nas exporta\u00e7\u00f5es, no m\u00eas de julho. As previs\u00f5es de crescimento tamb\u00e9m ca\u00edram para menos de 7%. A moeda da China, nos \u00faltimos anos, foi considerada uma das mais est\u00e1veis, mas o yuan forte pressiona as exporta\u00e7\u00f5es chinesas. Na segunda semana de agosto o yuan tinha desvalorizado 2,92%, face ao d\u00f3lar norte-americano e 3,89%, em rela\u00e7\u00e3o ao euro. A decis\u00e3o do Banco Popular da China teve impacto nos mercados acionistas globais e no Mercado de capitais para o M\u00e9dio Oriente e \u00c1frica do Norte \u2013 MENA \u2013 particularmente nas a\u00e7\u00f5es do Conselho de Coopera\u00e7\u00e3o do Golfo (CCG). Muitas delas terminaram a segunda semana de agosto no vermelho. O \u00edndice do Dubai, por exemplo, caiu 3,35%, ao mesmo tempo, estimativas mostravam que o valor total das a\u00e7\u00f5es dos Emirados \u00c1rabes Unidos tinha ca\u00eddo cerca de 18 mil milh\u00f5es de dirhams. Daleen Hassan, euronews: As opini\u00f5es dos analistas, sobre a desvaloriza\u00e7\u00e3o do yuan, divergem. Alguns acreditam que a decis\u00e3o causou um impacto negativo, outros argumentam que as a\u00e7\u00f5es do Banco Central da China eram naturais e um o l\u00f3gico para ajudar as empresas na China. Para saber mais sobre esta quest\u00e3o ouvimos Nour al Eldeen Hammoury, da ADS Securities, que se junta a n\u00f3s a partir de Abu Dhabi. H\u00e1 vis\u00f5es diferentes sobre as a\u00e7\u00f5es de Pequim. Concorda com os analistas que dizem que a China iniciou uma nova guerra cambial e que os mercados podem assistir a efeitos negativos? Nour Al Aldeen Hammoury: As guerras cambiais n\u00e3o s\u00e3o algo novo para o mercado, a guerra existe desde a crise financeira, com os pa\u00edses a usarem as suas moedas como ferramenta para estimular as economias. No entanto, podemos dizer que a guerra pode acelerar-se mais do que nunca. Mas estas guerras trazem sempre oportunidades, por isso, n\u00e3o podemos dizer se \u00e9 positivo ou negativo, o que sabemos \u00e9 que ela traz novas oportunidades de com\u00e9rcio e investimento. A decis\u00e3o do Banco da China \u00e9 vista como uma a\u00e7\u00e3o de reforma e n\u00f3s vemo-la como uma decis\u00e3o normal. Euronews: A desvaloriza\u00e7\u00e3o levantou quest\u00f5es, quais ser\u00e3o as repercuss\u00f5es no mercado cambial no futuro pr\u00f3ximo, particularmente, no M\u00e9dio Oriente? Nour Al Aldeen Hammoury: A queda do Yuan teve um impacto negativo nas a\u00e7\u00f5es, em termos globais, incluindo nos mercados do M\u00e9dio do Oriente. A desvaloriza\u00e7\u00e3o levou, no in\u00edcio, a um forte aumento do valor do d\u00f3lar dos Estados Unidos, acabando por baixar, novamente, no final da semana ada, o que levou os pre\u00e7os do petr\u00f3leo a reduzirem, ainda mais, para novos n\u00edveis este ano. Por isso, os receios nos mercados do M\u00e9dio Oriente, relativos \u00e0 quebra dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo, voltaram a fazer-se sentir, porque esta queda continuar\u00e1 a afetar os or\u00e7amentos do CCG (Conselho de Coopera\u00e7\u00e3o do Golfo). A Ar\u00e1bia Saudita teve de voltar-se para o mercado de t\u00edtulos, para manter os n\u00edveis correntes de gastos. O mercado viu esta a\u00e7\u00e3o como um sinal negativo, levando a uma acentuada onda de vendas das a\u00e7\u00f5es regionais. Isto apesar da d\u00edvida da Ar\u00e1bia Saudita, em rela\u00e7\u00e3o ao PIB, ser de apenas 1,6%, a menor do mundo. Por outro lado, n\u00e3o veremos, a partir de agora, outra forte queda nos yuans chineses. Al\u00e9m disso, o Banco da China deixou claro que falar sobre uma queda de 10% do Yuan \u00e9 um disparate. O banco espera tamb\u00e9m que, com o tempo, o Yuan volte a subir. Aqui, na ADS Securities, continuamos a assistir a uma grande procura do yuan chin\u00eas, em todas as nossas plataformas, na \u00c1sia, M\u00e9dio Oriente e Europa. Portanto, acreditamos que os empres\u00e1rios e investidores n\u00e3o devem reagir de forma exagerada \u00e0 a\u00e7\u00e3o do Banco da China e n\u00e3o devem tem\u00ea-la. Euronews: O Fundo Monet\u00e1rio Internacional viu com agrado a desvaloriza\u00e7\u00e3o do Yuan pensa que isto \u00e9 um sinal de que o Yuan est\u00e1 perto de se juntar \u00e0s moedas oficiais nas reservas de divisas? Nour Al Aldeen Hammoury: O FMI foi o primeira a faz\u00ea-lo e isso evidencia o facto de a China estar a fazer a coisa certa e de que esta interven\u00e7\u00e3o era necess\u00e1ria. Al\u00e9m disso, este \u00e9 um fator positivo para o pedido da China se juntar \u00e0s reservas oficiais. A a\u00e7\u00e3o da China foi uma mensagem clara para o FMI e para o mundo, de que est\u00e1 pronta para aderir \u00e0 reserva. Partilhe connosco os seus coment\u00e1rios sobre as quest\u00f5es debatidas neste programa atrav\u00e9s das redes sociais da euronews atrav\u00e9s de #businessmiddleeast.", "dateCreated": "2015-08-18T09:00:01+02:00", "dateModified": "2015-08-18T09:00:01+02:00", "datePublished": "2015-08-18T09:00:01+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F311852%2F1440x810_311852.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Uma semana depois do Banco da China ter desvalorizado o yuan o Business Middle East concentra-se nas mais recentes rea\u00e7\u00f5es \u00e0 decis\u00e3o deste banco", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F311852%2F432x243_311852.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

As reações e repercussões à queda do yuan a nível mundial

As reações e repercussões à queda do yuan a nível mundial
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Uma semana depois do Banco da China ter desvalorizado o yuan o Business Middle East concentra-se nas mais recentes reações à decisão deste banco

PUBLICIDADE

Uma semana depois do Banco da China ter desvalorizado o yuan o Business Middle East concentra-se nas mais recentes reações à decisão deste banco central, tomada para apoiar a economia do país.

Reduzir o valor da moeda chinesa, num país considerado um dos principais motores da economia global, levantou muitas questões e medos. Esta desvalorização teve impacto em vários setores da economia, em termos globais.

É uma tática financeira conhecida, os bancos centrais intervirem quando uma economia de um país “tropeça”. Foi, por exemplo, o que aconteceu com a flexibilização quantitativa nos EUA, Japão e Zona Euro. O que a China fez não é diferente, então por que é que a desvalorização do yuan ecoou por todo o mundo desta forma?

Dos receios às certezas

A decisão da China reduzir o valor da sua moeda corrente, em dois por cento, na terça-feira ada, conduziu o yuan ao valor mais baixo dos últimos 20 anos. Essa surpresa foi seguida por uma segunda, na quarta-feira, a redução em 1,06% e, uma terceira, na quinta, com nova redução desta vez de 1,11%.

Uma combinação de fatores levaram Pequim a tomar esta decisão, entre eles, as mais recentes perdas nos mercados acionistas, particularmente, o índice composto da Bolsa de Xangai e dados recentes sobre a queda de 8,3% nas exportações, no mês de julho. As previsões de crescimento também caíram para menos de 7%.

A moeda da China, nos últimos anos, foi considerada uma das mais estáveis, mas o yuan forte pressiona as exportações chinesas.

Na segunda semana de agosto o yuan tinha desvalorizado 2,92%, face ao dólar norte-americano e 3,89%, em relação ao euro.

A decisão do Banco Popular da China teve impacto nos mercados acionistas globais e no Mercado de capitais para o Médio Oriente e África do Norte – MENA – particularmente nas ações do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Muitas delas terminaram a segunda semana de agosto no vermelho. O índice do Dubai, por exemplo, caiu 3,35%, ao mesmo tempo, estimativas mostravam que o valor total das ações dos Emirados Árabes Unidos tinha caído cerca de 18 mil milhões de dirhams.

Daleen Hassan, euronews:

As opiniões dos analistas, sobre a desvalorização do yuan, divergem. Alguns acreditam que a decisão causou um impacto negativo, outros argumentam que as ações do Banco Central da China eram naturais e um o lógico para ajudar as empresas na China. Para saber mais sobre esta questão ouvimos Nour al Eldeen Hammoury, da ADS Securities, que se junta a nós a partir de Abu Dhabi.

Há visões diferentes sobre as ações de Pequim. Concorda com os analistas que dizem que a China iniciou uma nova guerra cambial e que os mercados podem assistir a efeitos negativos?

Nour Al Aldeen Hammoury:

As guerras cambiais não são algo novo para o mercado, a guerra existe desde a crise financeira, com os países a usarem as suas moedas como ferramenta para estimular as economias. No entanto, podemos dizer que a guerra pode acelerar-se mais do que nunca. Mas estas guerras trazem sempre oportunidades, por isso, não podemos dizer se é positivo ou negativo, o que sabemos é que ela traz novas oportunidades de comércio e investimento.

A decisão do Banco da China é vista como uma ação de reforma e nós vemo-la como uma decisão normal.

Euronews:

A desvalorização levantou questões, quais serão as repercussões no mercado cambial no futuro próximo, particularmente, no Médio Oriente?

Nour Al Aldeen Hammoury:

A queda do Yuan teve um impacto negativo nas ações, em termos globais, incluindo nos mercados do Médio do Oriente. A desvalorização levou, no início, a um forte aumento do valor do dólar dos Estados Unidos, acabando por baixar, novamente, no final da semana ada, o que levou os preços do petróleo a reduzirem, ainda mais, para novos níveis este ano. Por isso, os receios nos mercados do Médio Oriente, relativos à quebra dos preços do petróleo, voltaram a fazer-se sentir, porque esta queda continuará a afetar os orçamentos do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo). A Arábia Saudita teve de voltar-se para o mercado de títulos, para manter os níveis correntes de gastos. O mercado viu esta ação como um sinal negativo, levando a uma acentuada onda de vendas das ações regionais. Isto apesar da dívida da Arábia Saudita, em relação ao PIB, ser de apenas 1,6%, a menor do mundo.

Por outro lado, não veremos, a partir de agora, outra forte queda nos yuans chineses. Além disso, o Banco da China deixou claro que falar sobre uma queda de 10% do Yuan é um disparate. O banco espera também que, com o tempo, o Yuan volte a subir.

Aqui, na ADS Securities, continuamos a assistir a uma grande procura do yuan chinês, em todas as nossas plataformas, na Ásia, Médio Oriente e Europa. Portanto, acreditamos que os empresários e investidores não devem reagir de forma exagerada à ação do Banco da China e não devem temê-la.

Euronews:

O Fundo Monetário Internacional viu com agrado a desvalorização do Yuan pensa que isto é um sinal de que o Yuan está perto de se juntar às moedas oficiais nas reservas de divisas?

Nour Al Aldeen Hammoury:

O FMI foi o primeira a fazê-lo e isso evidencia o facto de a China estar a fazer a coisa certa e de que esta intervenção era necessária. Além disso, este é um fator positivo para o pedido da China se juntar às reservas oficiais. A ação da China foi uma mensagem clara para o FMI e para o mundo, de que está pronta para aderir à reserva.

Partilhe connosco os seus comentários sobre as questões debatidas neste programa através das redes sociais da euronews através de #businessmiddleeast.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

2015: A profunda incerteza da economia global

A (in)decisão da Fed na mira do mundo

OPEP: As consequências da elevada produção de petróleo