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Isso contribui para motivar os investidores. euronews: O mercado de t\u00edtulos chin\u00eas aproveitou a redu\u00e7\u00e3o das taxas de juro, mas no \u00edndice acionista aconteceu o contr\u00e1rio. Porqu\u00ea? Nour Eldeen Al-Hammoury: Como era de esperar, no mercado de t\u00edtulos aliviou-se a press\u00e3o. No entanto, o \u00edndice acionista ressentiu-se, at\u00e9 porque houve um decl\u00ednio global acentuado, na perspetiva de que a Gr\u00e9cia saia do euro mais tarde ou mais cedo. Ou seja, \u00e9 preciso esperar mais algum tempo para sentir os efeitos positivos. Mas, uma vez que as coisas se resolvam na Gr\u00e9cia, a situa\u00e7\u00e3o na China pode estabilizar-se. euronews: A China est\u00e1 a trabalhar vigorosamente para que o yuan se torne divisa do FMI. At\u00e9 que ponto pode isto afetar o d\u00f3lar e as outras moedas? Nour Eldeen Al-Hammoury: O yuan chin\u00eas \u00e9 uma das moedas mais seguras do mundo. At\u00e9 porque os investidores e os pa\u00edses olham para ela como divisa de transa\u00e7\u00f5es internacionais. A China tem muitos acordos de swap cambial com outros pa\u00edses, isto \u00e9, onde o d\u00f3lar n\u00e3o tem lugar. A quest\u00e3o s\u00f3 tem a ver com o yuan e uma determinada moeda de um pa\u00eds. N\u00e3o creio que haja, de momento, consequ\u00eancias para o d\u00f3lar. Embora o yuan esteja a desafiar a moeda americana. euronews: Os Emirados \u00c1rabes Unidos am um acordo que permite aos seus bancos abrirem contas em yuans. Porqu\u00ea antes do voto do FMI em outubro? Nour Eldeen Al-Hammoury: Como j\u00e1 referi, o yuan chin\u00eas \u00e9 considerado uma das moedas mais seguras do mundo. \u00c9 uma divisa que, desde 2013, subiu 14% em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s outras moedas. 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Pequim reduz taxas de juro e yuan ruma para o FMI

Pequim reduz taxas de juro e yuan ruma para o FMI
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Nesta edição, vamos analisar o rumo do Banco Central da China e o caminho que a moeda nacional, o yuan, está a fazer para integrar a divisa interna

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Nesta edição, vamos analisar o rumo do Banco Central da China e o caminho que a moeda nacional, o yuan, está a fazer para integrar a divisa interna do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A semana ada foi turbulenta para os mercados chineses. O índice acionista de Xangai sofreu perdas avultadas. O banco central viu-se obrigado a baixar as taxas de juro pela quarta vez no espaço de um ano, de forma a dar um sinal de confiança aos investidores e a dinamizar a economia.

A parte mais positiva da conjuntura chinesa assenta no yuan, que o FMI considera incluir na sua moeda interna, uma possibilidade que tem sido bastante criticada nos Estados Unidos. No entanto, vários países do Médio Oriente manifestaram-se prontamente a favor de usar o yuan livremente nas transações internacionais.

É o yuan que faz sorrir Pequim

Para tentar reanimar a economia, o Banco Central da China reduziu em um quarto a taxa de empréstimo a um ano, para os 4,85%, assim como a taxa de depósito também a um ano, que caiu para os 2%. Ao mesmo tempo, diminuiu os rácios de reservas obrigatórias para alguns bancos, permitindo o aumento da capacidade de empréstimo a pequenas empresas e ao setor agrícola.

Na origem da decisão está o abrandamento dos investimentos e gastos em infraestruturas, e ainda as quedas acentuadas dos índices acionistas. Na ada sexta-feira, o Shangai Composite situou-se muito perto do maior declínio diário desde 2008, escorregando 7,4%.

No outro lado da moeda está precisamente o yuan, que se prepara para integrar o cabaz de moedas que compõem a divisa interna do FMI, conhecido como Direitos Especiais de Saque (SDR). O organismo vai proceder à votação em outubro.

Desde outubro de 2013, o yuan subiu cerca de 14% em relação às outras moedas. As autoridades chinesas e os representantes do FMI reuniram-se recentemente para fazer uma avaliação técnica dessa inclusão.

Na região do Médio Oriente, assistimos a um cada vez maior apoio ao yuan, sobretudo no seio do Conselho de Cooperação do Golfo. Os bancos chineses e dos Emirados Árabes Unidos estão a tentar chegar a um acordo de swap cambial no valor de cerca de 5 mil milhões de euros.

A opinião de Nour Eldeen Al-Hammoury, da ADS Securities

euronews:O mercado chinês está sob uma forte pressão. Esta decisão de reduzir as taxas de juro pode ajudar a aliviá-la?

Nour Aldeen Al-Hammoury:A intervenção do banco central não foi uma surpresa, sobretudo desde que a economia do país começou a abrandar consideravelmente e do declínio acentuado dos títulos chineses. No entanto, houve uma surpresa que foi o timing: a intervenção aconteceu durante o fim de semana, não na sequência de uma reunião normal.

No ado, já vimos as políticas do banco central a provocar uma recuperação excessiva dos papéis chineses, através do corte nas taxas de referência, nas taxas de depósito e nos rácios de reservas obrigatórias. Esta iniciativa ajuda a aliviar a pressão na medida em que aumenta a circulação de dinheiro barato. Isso contribui para motivar os investidores.

euronews:O mercado de títulos chinês aproveitou a redução das taxas de juro, mas no índice acionista aconteceu o contrário. Porquê?

Nour Eldeen Al-Hammoury:Como era de esperar, no mercado de títulos aliviou-se a pressão. No entanto, o índice acionista ressentiu-se, até porque houve um declínio global acentuado, na perspetiva de que a Grécia saia do euro mais tarde ou mais cedo. Ou seja, é preciso esperar mais algum tempo para sentir os efeitos positivos. Mas, uma vez que as coisas se resolvam na Grécia, a situação na China pode estabilizar-se.

euronews:A China está a trabalhar vigorosamente para que o yuan se torne divisa do FMI. Até que ponto pode isto afetar o dólar e as outras moedas?

Nour Eldeen Al-Hammoury:O yuan chinês é uma das moedas mais seguras do mundo. Até porque os investidores e os países olham para ela como divisa de transações internacionais. A China tem muitos acordos de swap cambial com outros países, isto é, onde o dólar não tem lugar. A questão só tem a ver com o yuan e uma determinada moeda de um país. Não creio que haja, de momento, consequências para o dólar. Embora o yuan esteja a desafiar a moeda americana.

euronews:Os Emirados Árabes Unidos am um acordo que permite aos seus bancos abrirem contas em yuans. Porquê antes do voto do FMI em outubro?

Nour Eldeen Al-Hammoury:Como já referi, o yuan chinês é considerado uma das moedas mais seguras do mundo. É uma divisa que, desde 2013, subiu 14% em relação às outras moedas. Isto apesar de toda a crise, das intervenções dos bancos centrais, das guerras entre divisas… Os investidores preferem trocar os dirhams dos Emirados por yuans, do que trocá-los por dólares e depois yuans, o que acarreta mais custos.

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