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De olhos postos na Reserva Federal dos EUA

De olhos postos na Reserva Federal dos EUA
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Nesta edição de Business Middle East vamos olhar a reunião da Reserva Federal e as suas potenciais repercussões. A Reserva Federal dos Estados

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Nesta edição de Business Middle East vamos olhar a reunião da Reserva Federal e as suas potenciais repercussões.

A Reserva Federal dos Estados Unidos, num dos seus encontros mais importantes, vai debater a importância dos dados económicos do primeiro semestre deste ano.

Desde o fim do programa de flexibilização quantitativa, em outubro, falou-se muito no aumento das taxas de juro, este mês. No entanto, os números da economia dos EUA, podem contrastar com essa ambição de Janet Yellen.

Christine Lagarde, a responsável do FMI, tem enfatizado que a FED deve abster-se de fazê-lo. Deve a FED seguir este conselho? Antes de discutirmos os possíveis cenários vamos compreender a questão.

Contagem decrescente para a decisão sobre as taxas de juro nos EUA

A Reserva Federal tem falado em aumentar as taxas de juro nos Estados Unidos em meados de 2015. A decisão será tomada em breve.

Na última reunião, a presidente da Reserva Federal, Jannet Yellen, associou a subida das taxas de juro aos mais recentes dados económicos do país. No entanto, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial pediram à FED para não aumentar as taxas até ao início de 2016:

“O primeiro aumento da taxa da FED, em quase nove anos, foi cuidadosamente preparado. No entanto, independentemente, da conjuntura, o aumento das taxas nos EUA pode resultar numa volatilidade, significativa, do mercado, com consequências na estabilidade financeira, que vão para além das fronteiras dos Estados Unidos”, explicou Christian Lagarde, responsável pelo FMI.

As observações do FMI foram feitas após uma avaliação ao setor financeiro nos EUA, onde o foco esteve na estabilidade financeira tendo em consideração o valor do dólar face a outras moedas.

Dados económicos dos EUA, desde o início do ano, dizem que apesar de tudo há sinais positivos. A evolução salarial, segundo o mais recente relatório, atingiu, em média, 2.3%, a mais alta desde agosto de 2013.

A FED diz que a desaceleração da economia, no primeiro trimestre, se deveu a fatores temporários. O PIB abrandou nesse período mas a Reserva Federal espera ver a atividade económica evoluir a um ritmo moderado.

E se a FED decidir aumentar as taxas?

O aumento das taxas de juro, se aprovado, terá um impacto significativo nos mercados árabes e internacionais. Para saber mais sobre as possíveis consequências ouvimos Nour Aldeen al Hammoury, da ADS Securities, em Abu Dhabi.

Euronews: Pensa que os dados económicos dos EUA podem levar ao aumento das taxas de juro? Continua a pensar que a FED vai agir com cautela?

Nour Aldeen al Hammoury: É claro que os recentes dados económicos dos EUA não são o suficiente para que a FED aumente, nesta reunião, as taxas. Há muitos dados económicos negativos, com alguns números positivos, incluindo o Relatório sobre o emprego.

A ADS concorda com o que dizem muitas pessoas, ou seja, que a FED vai ser mais paciente antes de aumentar as taxas, principalmente, porque a economia global está a abrandar ao mesmo ritmo que a dos EUA. Além disso, os dados sobre a inflação nos EUA não são suficientes para um aumento desta taxa. O Índice de Preços no Produtor abrandou e atingiu uma baixa recorde de 0,6%, no mês ado, enquanto a meta da FED é de cerca de 2%, o que aumenta as possibilidades da Reserva Federal manter as taxas inalteradas, por agora. A FED pode esperar pelo próximo ano antes de aumentar as taxas.

Euronews: Se a FED decidir aumentar as taxas de juro, como vão comportar-se os mercados de obrigações globais e dos EUA?

Nour Aldeen al Hammoury: Recentemente, no meio da situação grega, houve uma queda significativa nos mercados, em todo o mundo. Se a Reserva Federal decidir aumentar as taxas, os preços dos títulos europeus e dos EUA tendem a cair, acentuadamente, e pode ser mais rápido do que na última queda, levando, à posteriori, os rendimentos a subirem mais ainda, o que não favorece a Reserva Federal nem o Banco Central Europeu.

Euronews: E o Médio Oriente? Qual a importância da decisão da FED nestes mercados? Que cenários seriam possíveis nesta região?

Nour Aldeen al Hammoury: Como sabemos, o Médio Oriente é sensível aos desenvolvimentos globais. Os títulos em queda tiveram um ligeiro impacto negativo, sobre a região. Se a Reserva Federal decidir manter as taxas isso será bem recebido pelos mercados no Médio Oriente. No entanto, se a FED as aumentar, isso pode levar a uma reação negativa na região como o aumento do valor do dólar influencia o do barril de petróleo.

Apesar disso, abrir a porta aos investidores estrangeiros convidá-los a investirem no mercado da Arábia, deve ser outro catalisador positivo, para a região e para a Arábia Saudita, que pode levar a uma estabilização, principalmente, quando se espera uma grande entrada de capitais.

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