{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2015/05/12/petroleo-sobe-para-o-nivel-mais-alto-de-2015" }, "headline": "Petr\u00f3leo sobe para o n\u00edvel mais alto de 2015", "description": "Nesta edi\u00e7\u00e3o de Business Middle East discutimos a recupera\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo. O aumento do pre\u00e7o, na semana ada, atingiu os n\u00edveis mais", "articleBody": "Nesta edi\u00e7\u00e3o de Business Middle East discutimos a recupera\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo. O aumento do pre\u00e7o, na semana ada, atingiu os n\u00edveis mais altos do ano. Entretanto, o decl\u00ednio nas reservas de petr\u00f3leo dos Estados Unidos foi uma surpresa inesperada para o mercado e o JP Morgan decidiu aumentar as previs\u00f5es dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo, para o pr\u00f3ximo ano. 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Petróleo sobe para o nível mais alto de 2015

Petróleo sobe para o nível mais alto de 2015
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Nesta edição de Business Middle East discutimos a recuperação dos preços do petróleo. O aumento do preço, na semana ada, atingiu os níveis mais

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Nesta edição de Business Middle East discutimos a recuperação dos preços do petróleo. O aumento do preço, na semana ada, atingiu os níveis mais altos do ano. Entretanto, o declínio nas reservas de petróleo dos Estados Unidos foi uma surpresa inesperada para o mercado e o JP Morgan decidiu aumentar as previsões dos preços do petróleo, para o próximo ano.

Teerão pretende aumentar a produção e a quota de mercado, depois do levantamento das sanções.Representantes da OPEP sugeriram que a organização não tem qualquer intenção de cortar na produção.

Em que medida é que os preços do petróleo estão a aumentar? Será que o preço pode atingir os 100 dólares por barril?

O mercado de petróleo começou a respirar de alívio pela primeira vez este ano, depois de uma ascensão notável, na semana ada. As tensões contínuas no Médio Oriente, a guerra no Iémen, o declínio nas exportações de petróleo da Líbia e a queda do dólar são fatores que têm contribuído para a diminuição da oferta.

Os últimos dados divulgados demonstraram um declínio nas reservas de crude dos Estados Unidos, o primeiro desde janeiro deste ano. As reservas de crude caíram 3,9 milhões de barris na semana ada. Uma grande diferença relativamente às previsões dos analistas – de um aumento de 1,5 milhões de barris.

Entretanto, o ministro do Petróleo do Irão, Bijan Zanganeh, anunciou a intenção de recuperar a quota de mercado na exportação de petróleo mundial, assim que as sanções forem levantadas: “Daqui a menos de 10 dias, vamos começar a aumentar a nossa produção durante seis meses, no máximo, vamos chegar perto dos 3,8 [milhões de barris], e no final deste ano, do ano iraniano, alcançaremos os quatro milhões de barris de crude, por dia.”

Representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo deram a entender que a política vai ser mantida, na próxima reunião de 5 de junho: uma política assente na manutenção dos níveis de produção atuais, à luz da recuperação do mercado.

Daleen Hassan,euronews: “Paira um estado de otimismo cauteloso sobre os investidores face à contínua volatilidade do dólar e ao excesso de oferta de petróleo, apesar da recente subida nos preços desta matéria-prima.

Para uma análise mais aprofundada, Nour Al Eldeen Hammoury, estratega de mercado na ADS Securities, esclarece:

euronews: Como é que esta recuperação do preço do petróleo vai ser sustentada. Estaremos a entrar numa fase de estabilidade relativa aos preços?

Nour eldeen Al Hammoury: “De um ponto de vista técnico, podemos definitivamente dizer que estamos numa fase dita de bull market. Sempre que um ativo aumenta, mais de 20%, entra num estado de bull market. Os preços do petróleo já subiram mais de 45% até agora, o que significa que o petróleo está, definitivamente, nesta situação.

Isto também conduziu à diminuição da pressão, ultimamente. No entanto, a continuidade da tendência atual vai depender da evolução da procura global, para além da recuperação da economia e da desaceleração na China, principalmente depois da desaceleração deste ano e do ano ado.”

euronews: Qual foi o impacto da desvalorização do dólar no recente aumento dos preços?

Nour eldeen Al Hammoury: “O recente declínio do dólar americano teve um efeito considerável tanto no preço do barril de Brent como no Crude. O dólar registou o maior declínio mensal, desde 2009 – uma redução de mais de 6,45%, no último mês e meio.”

euronews: “O Ministro do Petróleo do Irão anunciou a intenção de aumentar a produção no caso das sanções serem levantadas. Como é que isso pode influenciar o mercado?

Nour eldeen Al Hammoury: “Há várias dúvidas por parte de muitos analistas e mesmo dos políticos sobre a capacidade que o Irão terá de aumentar a produção de petróleo e as exportações, logo após o levantamento das sanções. No entanto, se o conseguir fazer – a probabilidade de uma intervenção por parte da OPEP será maior do que antes. Os mercados também estão à espera disto, na reunião da OPEP, em junho. Mas se a OPEP se mantiver aparte, então sim: o aumento da produção de petróleo do Irão seria encarado como sendo um novo fator negativo, para os preços do petróleo.”

euronews: “Qual é a previsão para o próximo período e quando é que podemos chegar aos cem dólares por barril?

Nour eldeen Al Hammoury: “Há muitos fatores que devem estar reunidos para impulsionar os preços para os 100 dólares ou mais. O primeiro é o aumento da procura mundial, seguido por uma recuperação dos recentes choques económicos. O segundo fator é se a Reserva Federal vai conseguir aumentar a taxa de juro na reunião de junho. Se a Reserva Federal atrasar a primeira subida da taxa – é algo que deve influenciar o dólar norte-americano.

Desta forma, o preço do petróleo mantém-se, apoiado pela diminuição da procura de dólares. O terceiro fator é a possível intervenção da OPEP para cortar a produção, também em junho. O que pode ser uma decisão sustentada que iria aliviar a pressão sobre os preços do petróleo, no futuro. Se estes fatores estiverem reunidos, pode dizer-se facilmente que os preços podem ultraar os 100 dólares por barril. No entanto, o petróleo é uma matéria-prima necessária, independentemente do declínio, vai acabar por recuperar já que, no espaço de 10 anos, não há grandes alternativas.”

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