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Isso \u00e9 algo que aterroriza os investidores, sobretudo depois das crises sucessivas que se viveram e do conflito em torno da Gr\u00e9cia. Neste momento, tudo depende do programa adotado pelo novo governo ap\u00f3s as elei\u00e7\u00f5es. No entanto, os programas de compra de ativos implementados pelo Banco Central Europeu atraem investidores para os mercados europeus. E isso vai durar, apesar do contexto grego. A pr\u00f3xima reportagem centra-se no impacto do fim das opera\u00e7\u00f5es militares no I\u00e9men sobre os pre\u00e7os do petr\u00f3leo. \u201cA Ar\u00e1bia Saudita anunciou o fim da opera\u00e7\u00e3o militar \u201cTempestade Decisiva\u201d no I\u00e9men e o in\u00edcio de outra destinada a devolver a esperan\u00e7a ao pa\u00eds. Ao mesmo tempo, R\u00edade confirmou n\u00edveis recorde de produ\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo durante o m\u00eas de abril. Segundo o governo saudita, o pa\u00eds atingiu a fasquia dos dez milh\u00f5es de barris por dia. 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Da libra ao petróleo: Viagem pelas principais oscilações económicas

Da libra ao petróleo: Viagem pelas principais oscilações económicas
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Nesta edição, vamos falar sobre as eleições no Reino Unido e as consequências da campanha sobre a libra esterlina. Vamos igualmente abordar os

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Nesta edição, vamos falar sobre as eleições no Reino Unido e as consequências da campanha sobre a libra esterlina. Vamos igualmente abordar os efeitos sobre o mercado internacional de petróleo após o anúncio do final da operação “Tempestade Decisiva”, no Iémen.

Começamos pelo escrutínio britânico. Entre os investidores, o sentimento de incerteza parece agravar-se à medida que se aproxima o dia 7 de maio. A nossa enviada especial a Londres, Joanna Gill, preparou uma reportagem sobre as dúvidas que pairam sobre o reino de Sua Majestade.

“Os investidores aguardam o desfecho das eleições legislativas que se realizam no próximo dia 7 de maio, no Reino Unido. O período pré-eleitoral acentuou as inseguranças sobre o futuro político do país, o que conduziu a uma queda do valor da libra na ordem dos 5%, atingindo o valor mais baixo desde 2010. Apesar da decisão do Banco Central britânico de manter a taxa de juro diretora a 0,5% e dos sinais de crescimento denotados pelo Fundo Monetário Internacional, os analistas continuam a denunciar as fragilidades da economia britânica. E é essa perspetiva que ameaça ensombrar a moeda durante os próximos meses.

A nossa enviada especial a Londres, Joanna Gill, realça que ‘os mercados aguardam com impaciência o resultado das eleições, perante a tensão crescente entre os partidos políticos. Está em causa a estabilidade da libra esterlina, alvo de intensas pressões que provocaram o seu declínio face ao dólar.’”

A partir de Abu Dhabi, Nour Eldeen Al-Hammoury, da ADS Securities, deu-nos o seu ponto de vista.

Faiza Garah, euronews: Nour, a corrida eleitoral no Reino Unido está a pressionar a libra. As consequências vão persistir até quando?

Nour Eldeen Al-Hammoury: Durante a campanha, a libra caiu, mas também subiu, ao contrário das últimas eleições que foram dominadas apenas pelas quedas. Neste momento, a divisa estabilizou-se nos 1,5 dólares, e isso graças sobretudo aos resultados negativos registados pela economia americana e às novas previsões pessimistas relativamente às taxas de juro. Em termos gerais, vamos assistir ao mesmo cenário de declínio das últimas eleições. Se isso vai durar? Creio que sim. Mas se continuarem no poder os partidos que venceram o último escrutínio, talvez isso ajude a libra a estabilizar-se de novo.

euronews: Quais são as potenciais consequências destas eleições para os investidores da zona euro?

NAH: Ao contrário doutros países na União Europeia, o governo atual conseguiu, pelo menos, estabilizar a economia do país e relançar a taxa de crescimento. O grande perigo reside no discurso deste governo em relação à possibilidade de o país sair da União Europeia. Isso é algo que aterroriza os investidores, sobretudo depois das crises sucessivas que se viveram e do conflito em torno da Grécia. Neste momento, tudo depende do programa adotado pelo novo governo após as eleições. No entanto, os programas de compra de ativos implementados pelo Banco Central Europeu atraem investidores para os mercados europeus. E isso vai durar, apesar do contexto grego.

A próxima reportagem centra-se no impacto do fim das operações militares no Iémen sobre os preços do petróleo.

“A Arábia Saudita anunciou o fim da operação militar “Tempestade Decisiva” no Iémen e o início de outra destinada a devolver a esperança ao país. Ao mesmo tempo, Ríade confirmou níveis recorde de produção de petróleo durante o mês de abril. Segundo o governo saudita, o país atingiu a fasquia dos dez milhões de barris por dia. O anúncio abalou os mercados internacionais devido aos receios de consequências acrescidas sobre o valor do ouro negro. Isto porque, comparando com 2014, a queda dos preços é bastante elucidativa.

Os analistas aguardam o resultado da reunião da OPEP, no dia 5 de junho em Viena, para saber se a Arábia Saudita vai manter o mesmo ritmo de produção ou se antes vai ceder a medidas que promovam a estabilidade do mercado.”

Faiza Garah, euronews: Nour, a operação “Tempestade Decisiva” no Iémen terminou. Que impacto teve sobre os preços do petróleo?

Nour Eldeen Al-Hammoury: Os preços caíram ligeiramente após o final das operações militares, mas voltaram a subir logo a seguir. Na verdade, as fasquias estabilizaram-se a 57 dólares para o barril americano e 65 dólares para o barril de Brent. Neste momento, as atenções concentram-se sobre o que vai acontecer em junho, mês em que vai decorrer a reunião da OPEP e em que os países produtores poderão decidir baixar a produção. A Reserva Federal americana também vai tomar uma decisão sobre as taxas de juro. Por fim, a eventualidade da aplicação do acordo sobre o nuclear entre o Irão e as grandes potências. Os investidores estão à espera do desfecho de todos estes fatores. Daí acreditar que os preços do petróleo vão continuar em baixa. Mas, mesmo que isso aconteça, eles vão acabar por subir, uma vez que ainda não há alternativas viáveis ao petróleo, pelo menos não nos próximos dez anos.

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