{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2015/03/30/business-middle-east-impacto-economico-da-operacao-militar-no-iemen" }, "headline": "Business Middle East: impacto econ\u00f3mico da opera\u00e7\u00e3o militar no I\u00e9men", "description": "Bem vindos ao Business Middle East. Nesta edi\u00e7\u00e3o especial, no nosso est\u00fadio em Bruxelas, vamos debater o conflito no I\u00e9men. Uma opera\u00e7\u00e3o militar", "articleBody": "Bem vindos ao Business Middle East. Nesta edi\u00e7\u00e3o especial, no nosso est\u00fadio em Bruxelas, vamos debater o conflito no I\u00e9men. Uma opera\u00e7\u00e3o militar chamada \u201cTempestade Decisiva\u201d foi lan\u00e7ada na ada semana contra as mil\u00edcias xiitas huthis. Sucedem-se as an\u00e1lises que tentam avaliar o impacto deste conflito na economia local e global. 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Interven\u00e7\u00e3o militar no I\u00e9men: a import\u00e2ncia de Bab El-Manded Com o apoio dos pa\u00edses \u00e1rabes e da comunidade internacional, a Ar\u00e1bia Saudita desencadeou a interven\u00e7ao no I\u00e9men com o objetivo de defender o regime do Presidente Mansour Hadi. Nesta opera\u00e7\u00e3o participaram os pa\u00edses-membros do Conselho de Coopera\u00e7\u00e3o do Golfo, com exce\u00e7\u00e3o de Om\u00e3 (Emirados \u00c1rabes Unidos, Ar\u00e1bia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait) e ainda o Egito, Jord\u00e2nia, Sud\u00e3o, Paquist\u00e3o e Marrocos. O conflito no I\u00e9men teve efeitos negativos nos mercados financeiros do M\u00e9dio Oriente e \u00c1frica do Norte, em particular so do Golfo, que encerraram na semana ada com preju\u00edzos. O mercado do Kuwait encerrou na ada quinta-feira com um preju\u00edzo de 2,42% e o mercado eg\u00edpcio registou uma queda de 1,59%. 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Que efeitos se podem esperar nos mercados \u00e1rabes? Nour Eldeen Al-Hammoury :H\u00e1 efeitos positivos e negativos. Assistimos a uma resposta r\u00e1pida do novo rei saudita e foi garantido o apoio da comunidade internacional e dos pa\u00edses \u00e1rabes.Se os ataques continuarem por muito tempo, poder\u00e3o verificar-se efeitos negativos nas reservas. A queda dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo bruto pode levar a uma diminui\u00e7\u00e3o das reservas. Por\u00e9m, a Ar\u00e1bia Saudita disp\u00f5e de grandes reservas e acreditamos que este conflito n\u00e3o afetar\u00e1 os mercados regionais nos pr\u00f3ximos tempos. A rea\u00e7\u00e3o positiva \u00e0 cimeira \u00e1rabe no Egito permite prever que o sentimento negativo inicial ser\u00e1 ultraado. Daleen Hassan, euronews:Falemos do petr\u00f3leo. V\u00e1rios analistas apontaram que a subida dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo tem limites. Que cen\u00e1rios podemos prever? Nour Eldeen Al-Hammoury :Apesar da recupera\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os do petr\u00f3leo que temos visto, os cen\u00e1rios s\u00e3o limitados. Os pre\u00e7os podem manter-se numa margem estreita, entre 40 e 60, at\u00e9 \u00e0 reuni\u00e3o da OPEP em junho, onde pode ser decidido um corte na produ\u00e7\u00e3o. Daleen Hassan, euronews:As opini\u00f5es divergem sobre a rea\u00e7\u00e3o das mil\u00edcias Huthis, relacionadas principalmente com a agem de petroleiros no estreito de Bab El-Mandeb. O encerramento do estreito teria efeitos sobre o pre\u00e7o do petr\u00f3leo? Nour Eldeen Al-Hammoury :Como os mercados est\u00e3o sobre abastecidos de petr\u00f3leo, n\u00e3o penso que este conflito tenha consequ\u00eancias de maior. Os mercados come\u00e7ar\u00e3o a consumir o excedente, se os abastecimentos forem interrompidos. 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Business Middle East: impacto económico da operação militar no Iémen

Business Middle East: impacto económico da operação militar no Iémen
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De Nelson Pereira
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Bem vindos ao Business Middle East. Nesta edição especial, no nosso estúdio em Bruxelas, vamos debater o conflito no Iémen. Uma operação militar

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Bem vindos ao Business Middle East. Nesta edição especial, no nosso estúdio em Bruxelas, vamos debater o conflito no Iémen.

Uma operação militar chamada “Tempestade Decisiva” foi lançada na ada semana contra as milícias xiitas huthis. Sucedem-se as análises que tentam avaliar o impacto deste conflito na economia local e global.

Para discutir as consequências desta intervenção militar, temos connosco no estúdio Nour Eldeen Al-Hammoury, responsável pela estratégia de mercado da ADS Securities em Abu Dhabi.

Daleen Hassan, euronews:
A região do Golfo é conhecida como uma zona segura para o comércio. Esta imagem pode mudar depois da declaração de guerra?

Nour Eldeen Al-Hammoury:
Não creio que isso se altere. Quando começaram os ataques, houve preocupações,
mas o apoio dos países árabes e da comunidade internacional garantirá a segurança na região face a qualquer ameaça futura.

Daleen Hassan, euronews:
Continuaremos a nossa conversa, mas antes vamos analisar a reação dos mercados financeiros .

Intervenção militar no Iémen: a importância de Bab El-MandedCom o apoio dos países árabes e da comunidade internacional, a Arábia Saudita desencadeou a intervençao no Iémen com o objetivo de defender o regime do Presidente Mansour Hadi.

Nesta operação participaram os países-membros do Conselho de Cooperação do Golfo, com exceção de Omã (Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait) e ainda o Egito, Jordânia, Sudão, Paquistão e Marrocos.

O conflito no Iémen teve efeitos negativos nos mercados financeiros do Médio Oriente e África do Norte, em particular so do Golfo, que encerraram na semana ada com prejuízos.

O mercado do Kuwait encerrou na ada quinta-feira com um prejuízo de 2,42% e o mercado egípcio registou uma queda de 1,59%.

As previsões indicam que este conflito pode despertar receios de consequências negativas e contribuir para que a zona e a ser considerada instável, abrindo assim a perspectiva de uma fuga de empresas para países mais previsíveis.

Na semana ada, preocupações quanto ao fornecimento de petróleo da Arábia Saudita povocaram uma subida dos preços em 5%. A maior preocupação hoje é a segurança da rota marítima crucial do Estreito de Bab El-Manded. Esta agem de cerca de 40 kms entre o Iémen e Djibuti, é um ponto de agem vital para o fornecimento de petróleo à Europa, América e Ásia.

Estima-se que este estreito é utilizado para o transporte de mais de 3 milhões de barris de petróleo por dia.

Daleen Hassan, euronews:
Como vimos, os mercados do Médio Oriente e da África do Norte sofreram o impacto financeiro
da ofensiva liderada pelos sauditas no Iémen. Que efeitos se podem esperar nos mercados árabes?

Nour Eldeen Al-Hammoury :
Há efeitos positivos e negativos. Assistimos a uma resposta rápida do novo rei saudita e foi garantido o apoio da comunidade internacional e dos países árabes.
Se os ataques continuarem por muito tempo, poderão verificar-se efeitos negativos nas reservas. A queda dos preços do petróleo bruto pode levar a uma diminuição das reservas. Porém, a Arábia Saudita dispõe de grandes reservas e acreditamos que este conflito não afetará os mercados regionais nos próximos tempos. A reação positiva à cimeira árabe no Egito permite prever que o sentimento negativo inicial será ultraado.

Daleen Hassan, euronews:
Falemos do petróleo. Vários analistas apontaram que a subida dos preços do petróleo tem limites. Que cenários podemos prever?

Nour Eldeen Al-Hammoury :
Apesar da recuperação dos preços do petróleo que temos visto, os cenários são limitados. Os preços podem manter-se numa margem estreita, entre 40 e 60, até à reunião da OPEP em junho, onde pode ser decidido um corte na produção.

Daleen Hassan, euronews:
As opiniões divergem sobre a reação das milícias Huthis, relacionadas principalmente com a agem de petroleiros no estreito de Bab El-Mandeb. O encerramento do estreito teria efeitos sobre o preço do petróleo?

Nour Eldeen Al-Hammoury :
Como os mercados estão sobre abastecidos de petróleo, não penso que este conflito tenha consequências de maior. Os mercados começarão a consumir o excedente, se os abastecimentos forem interrompidos. Os preços poderiam aumentar, mas os fornecimentos são protegidos pela Marinha egípcia.
A intervenção vai continuar até o Iémen estar estabilizado, e é por isso que os mercados recuperaram, não só na região, mas em todo o mundo, no início da semana. Não acredito que exista uma ameaça ao abastecimento, por enquanto.

Daleen Hassan, euronews :
Para onde poderá deslocar-se o investimento estrangeiro que decida abandonar os países do Conselho de Cooperação do Golfo?

Nour Eldeen Al-Hammoury:
Como já vimos antes, noutras situações de conflito, o que todos fazem é investir em ativos seguros, como ouro e prata. A onça de ouro atingiu 1220 dólares e a onça de prata ultraou os 18 dólares.
Mas esta fuga foi de curta duração. A cimeira da Liga Árabe transmitiu uma mensagem forte, que trouxe de volta os investidores, nos mercados regionais como no mercado global.
Os investimentos permanecerão na região, especialmente porque se espera que a Arábia Saudita comece a aceitar os investidores internacionais, que vão trazer uma entrada de capital importante. As oportunidades vão permanecer na região e na Europa, apesar das tensões no Médio Oriente e na Rússia.

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