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As investidas a\u00e9reas t\u00eam visado alvos de um movimento extremista que criou um mercado paralelo para rentabilizar os campos petrol\u00edferos que controla na S\u00edria e no Iraque. As decis\u00f5es pol\u00edticas produzem repercuss\u00f5es econ\u00f3micas: os mercados financeiros ressentiram-se do in\u00edcio das opera\u00e7\u00f5es da coliga\u00e7\u00e3o militar naquela regi\u00e3o. O que vai acontecer se esta guerra continuar?Os Estados Unidos lideram uma coliga\u00e7\u00e3o internacional criada para tentar eliminar o movimento extremista Estado Isl\u00e2mico, um dos grupos terroristas mais abastados do mundo. Os \u00faltimos ataques a\u00e9reos na S\u00edria e no Iraque tiveram como alvo as instala\u00e7\u00f5es petrol\u00edferas que controlam, de forma a atingir o cora\u00e7\u00e3o do seu financiamento. O petr\u00f3leo tornou-se numa das principais fontes de rendimento destes radicais isl\u00e2micos. Vendem-no a pre\u00e7os muitos reduzidos, atrav\u00e9s de intermedi\u00e1rios que fazem circular o ouro negro na regi\u00e3o. Estima-se que o grupo esteja a lucrar qualquer coisa como 3 milh\u00f5es de d\u00f3lares por dia. A organiza\u00e7\u00e3o controla 7 campos petrol\u00edferos e refinarias no norte do Iraque e 6 na S\u00edria, sobretudo na prov\u00edncia de Deir al-Zour.A venda de petr\u00f3leo no mercado negro ensombra as perspetivas de evolu\u00e7\u00e3o do PIB em v\u00e1rios pa\u00edses. O arranque dos ataques produziu um impacto negativo nos mercados europeus e americano. Mas \u00e9 nas regi\u00f5es do M\u00e9dio Oriente e do Norte de \u00c1frica que as consequ\u00eancias mais se fazem sentir, com descidas mais significativas para a Ar\u00e1bia Saudita e para os Emirados \u00c1rabes Unidos. As tens\u00f5es entre os investidores agudizaram-se ainda mais depois de o primeiro-ministro brit\u00e2nico, David Cameron, alertar que esta guerra pode arrastar-se durante os pr\u00f3ximos anos. A jornalista da euronews Daleen Hassan obteve mais explica\u00e7\u00f5es sobre este assunto por parte do analista Noureldeen Al-Hammoury, da ADS Securities, que nos falou desde Abu Dhabi.euronews: Como \u00e9 que os mercados v\u00e3o reagir se os ataques a\u00e9reos dos Estados Unidos e dos aliados continuarem no Iraque e na S\u00edria?Noureldeen Al-Hammoury: J\u00e1 houve algumas quedas. No entanto, s\u00e3o mercados que s\u00e3o vulner\u00e1veis a toda e qualquer tens\u00e3o geopol\u00edtica. N\u00e3o prevemos que estes efeitos se arrastem a longo prazo. \u00c9 uma quest\u00e3o moment\u00e2nea devido aos receios de contamina\u00e7\u00e3o, de que estes ataques se amplifiquem at\u00e9 se tornarem numa guerra regional. As preocupa\u00e7\u00f5es residem mais na vulnerabilidade econ\u00f3mica dos Estados Unidos e da Europa. Continua a haver uma boa liquidez na regi\u00e3o do M\u00e9dio Oriente e uma s\u00e9rie de excelentes oportunidades para os investidores.euronews: Qual o impacto destes ataques sobre o com\u00e9rcio de petr\u00f3leo \u00e1rabe?NAH: Aquilo que era expet\u00e1vel era uma subida nos pre\u00e7os de petr\u00f3leo por causa do impacto sobre as reservas naquela regi\u00e3o, sobretudo com o atual contexto da Ucr\u00e2nia tamb\u00e9m. Mas n\u00e3o tem sido o caso. Temos visto os pre\u00e7os do petr\u00f3leo a ca\u00edrem e alguns pa\u00edses a apararem essa queda. Trata-se de uma regi\u00e3o que est\u00e1 habituada a operar com fatores de risco. O que se pensa \u00e9 que, apesar dos ataques, vai continuar a haver estabilidade.euronews: Acha que as investidas contra o grupo Estado Isl\u00e2mico podem prejudic\u00e1-lo financeiramente, impedindo as suas vendas de petr\u00f3leo? NAH: N\u00e3o temos uma resposta para essa pergunta. A rea\u00e7\u00e3o dos pa\u00edses vizinhos e da comunidade internacional mostra at\u00e9 que ponto esse movimento criou inimigos. O objetivo \u00e9 marginalizar o mais poss\u00edvel essa organiza\u00e7\u00e3o. At\u00e9 agora, o fornecimento de petr\u00f3leo n\u00e3o parece ser um fator muito importante neste processo. Se as for\u00e7as que se uniram contra os extremistas bloquearem totalmente as opera\u00e7\u00f5es do mercado paralelo, ent\u00e3o sim poder\u00e1 haver reflexos sobre os pre\u00e7os do petr\u00f3leo a n\u00edvel global, at\u00e9 porque o hemisf\u00e9rio norte se est\u00e1 a aproximar do inverno.", "dateCreated": "2014-09-30T09:01:16+02:00", "dateModified": "2014-09-30T09:01:16+02:00", "datePublished": "2014-09-30T09:01:16+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F282678%2F1440x810_282678.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O avultado mercado negro do movimento Estado Isl\u00e2mico", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F282678%2F432x243_282678.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
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O avultado mercado negro do movimento Estado Islâmico

O avultado mercado negro do movimento Estado Islâmico
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Quais são as consequências económicas provocadas pela guerra internacional contra o grupo que se autoproclama de Estado Islâmico? As investidas aéreas têm visado alvos de um movimento extremista que criou um mercado paralelo para rentabilizar os campos petrolíferos que controla na Síria e no Iraque. As decisões políticas produzem repercussões económicas: os mercados financeiros ressentiram-se do início das operações da coligação militar naquela região. O que vai acontecer se esta guerra continuar?

Os Estados Unidos lideram uma coligação internacional criada para tentar eliminar o movimento extremista Estado Islâmico, um dos grupos terroristas mais abastados do mundo. Os últimos ataques aéreos na Síria e no Iraque tiveram como alvo as instalações petrolíferas que controlam, de forma a atingir o coração do seu financiamento.

O petróleo tornou-se numa das principais fontes de rendimento destes radicais islâmicos. Vendem-no a preços muitos reduzidos, através de intermediários que fazem circular o ouro negro na região. Estima-se que o grupo esteja a lucrar qualquer coisa como 3 milhões de dólares por dia. A organização controla 7 campos petrolíferos e refinarias no norte do Iraque e 6 na Síria, sobretudo na província de Deir al-Zour.

A venda de petróleo no mercado negro ensombra as perspetivas de evolução do PIB em vários países. O arranque dos ataques produziu um impacto negativo nos mercados europeus e americano. Mas é nas regiões do Médio Oriente e do Norte de África que as consequências mais se fazem sentir, com descidas mais significativas para a Arábia Saudita e para os Emirados Árabes Unidos.

As tensões entre os investidores agudizaram-se ainda mais depois de o primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertar que esta guerra pode arrastar-se durante os próximos anos.

A jornalista da euronews Daleen Hassan obteve mais explicações sobre este assunto por parte do analista Noureldeen Al-Hammoury, da ADS Securities, que nos falou desde Abu Dhabi. euronews: Como é que os mercados vão reagir se os ataques aéreos dos Estados Unidos e dos aliados continuarem no Iraque e na Síria?

Noureldeen Al-Hammoury: Já houve algumas quedas. No entanto, são mercados que são vulneráveis a toda e qualquer tensão geopolítica. Não prevemos que estes efeitos se arrastem a longo prazo. É uma questão momentânea devido aos receios de contaminação, de que estes ataques se amplifiquem até se tornarem numa guerra regional. As preocupações residem mais na vulnerabilidade económica dos Estados Unidos e da Europa. Continua a haver uma boa liquidez na região do Médio Oriente e uma série de excelentes oportunidades para os investidores.

euronews: Qual o impacto destes ataques sobre o comércio de petróleo árabe?

NAH: Aquilo que era expetável era uma subida nos preços de petróleo por causa do impacto sobre as reservas naquela região, sobretudo com o atual contexto da Ucrânia também. Mas não tem sido o caso. Temos visto os preços do petróleo a caírem e alguns países a apararem essa queda. Trata-se de uma região que está habituada a operar com fatores de risco. O que se pensa é que, apesar dos ataques, vai continuar a haver estabilidade.

euronews: Acha que as investidas contra o grupo Estado Islâmico podem prejudicá-lo financeiramente, impedindo as suas vendas de petróleo?

NAH: Não temos uma resposta para essa pergunta. A reação dos países vizinhos e da comunidade internacional mostra até que ponto esse movimento criou inimigos. O objetivo é marginalizar o mais possível essa organização. Até agora, o fornecimento de petróleo não parece ser um fator muito importante neste processo. Se as forças que se uniram contra os extremistas bloquearem totalmente as operações do mercado paralelo, então sim poderá haver reflexos sobre os preços do petróleo a nível global, até porque o hemisfério norte se está a aproximar do inverno.

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