{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2014/05/28/new-york-forum-africa-violencia-economica" }, "headline": "New York Forum \u00c1frica: Viol\u00eancia econ\u00f3mica", "description": "New York Forum \u00c1frica: Viol\u00eancia econ\u00f3mica", "articleBody": "\u00c9 incontest\u00e1vel que todos os sinais mostram que \u00c1frica est\u00e1 a emergir, com um crescimento econ\u00f3mico positivo e um desenvolvimento macro-econ\u00f3mico em todo o continente. Est\u00e3o a fluir novos fundos e existe um financiamento inovador. Mas a instabilidade e os problemas de seguran\u00e7a persistentes podem ter influ\u00eancia neste progresso econ\u00f3mico\u2026 Ent\u00e3o, como podemos maximizar o potencial de \u00c1frica e lidar com os problemas de seguran\u00e7a? \u00c9 a pergunta que colocamos aos l\u00edderes pol\u00edticos e econ\u00f3micos reunidos em Libreville, no Gab\u00e3o para a 3\u00aa edi\u00e7\u00e3o do New York Forum \u00c1frica.Cerca de vinte anos depois do genoc\u00eddio, Ruanda \u00e9 um s\u00edmbolo de sucesso econ\u00f3mico. De acordo com o Centro Africano de Transforma\u00e7\u00e3o Econ\u00f3mica est\u00e1 entre os 10 pa\u00edses cujo produto interno bruto mais cresceu mais entre 2000 e 2010. A viol\u00eancia e a inseguran\u00e7a deram lugar ao desenvolvimento econ\u00f3mico.Clara Akamanzi, do Conselho de Desenvolvimento Ruanda explica: \u201cAcreditamos muito, que a seguran\u00e7a, garantindo uma boa governa\u00e7\u00e3o, \u00e9 extremamente importante para desenvolver o continente africano, porque foi a experi\u00eancia que tivemos no Ruanda. Mas tamb\u00e9m acreditamos que \u00c1frica n\u00e3o deve ser vista como um bloco seguro ou n\u00e3o seguro, pois existem zonas que n\u00e3o s\u00e3o seguras ou que t\u00eam de lidar com certos desafios, mas tamb\u00e9m h\u00e1 muitos locais em \u00c1frica que s\u00e3o seguros e que est\u00e3o prontos para tirar vantagem das oportunidades de desenvolvimento econ\u00f3mico que existem. Mesmo em rela\u00e7\u00e3o aos pa\u00edses que est\u00e3o a enfrentar desafios de inseguran\u00e7a, n\u00e3o se pode dizer: \u201cvamos esperar primeiro e enfrentar este desafio antes de nos desenvolvermos\u201d, creio que as duas coisas podem ser feitas em simult\u00e2neo\u201d.A m\u00e9dia de crescimento em todo o continente foi de pouco menos de 5% em 2014 e deve chegar aos 6% no pr\u00f3ximo ano. \u00c9 um teste \u00e0 resist\u00eancia africana \u00e0 turbul\u00eancia causada pelos conflitos que ainda atingem o continente.Henri-Claude Oyma, diretor executivo do banco BGFI Bank, do Gab\u00e3o acrescenta: \u201cN\u00e3o podemos dizer que a seguran\u00e7a \u00e9 um pr\u00e9-requisito, porque se fizermos pr\u00e9-condi\u00e7\u00f5es n\u00e3o nos vamos desenvolver. Mas \u00e9 um elemento importante. Porque confiamos nas autoridades que nos governam. \u00c9 responsabilidade do governo p\u00f4r em pr\u00e1tica a seguran\u00e7a necess\u00e1ria para garantir estabilidade aos investidores como n\u00f3s, porque, enquanto industriais e financiadores, n\u00e3o temos os mecanismos para garantir a seguran\u00e7a de todos os nossos interesses econ\u00f3micos\u201d.A Nig\u00e9ria \u00e9 uma pot\u00eancia econ\u00f3mica global, tendo recentemente ultraado a \u00c1frica do Sul, como a maior economia do continente. No entanto, luta contra graves problemas de seguran\u00e7a. Como refor\u00e7a Ivor Ichikowitz fundador e presidente executivo do Grupo Paramount da \u00c1frica do Sul: \u201cUma boa parte da amea\u00e7a que estamos a viver em \u00c1frica, n\u00e3o \u00e9 uma amea\u00e7a para \u00c1frica, mas \u00e0 estabilidade de todo o mundo Temos uma situa\u00e7\u00e3o estranha: os governos ocidentais dizem ao governo africano que precisa de se preparar para lidar com quest\u00f5es de seguran\u00e7a. No entanto, o FMI e o Banco Mundial, recusam-se a permitir que os governos usem o seu or\u00e7amento para financiar os equipamentos, os recursos e as forma\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para lidar com estas quest\u00f5es\u201d.Posi\u00e7\u00e3o seguida pela opini\u00e3o de Tara Fela-Durotoye, Fundadora da House of Tara International, na Nig\u00e9ria: \u201cN\u00e3o tenho f\u00e9 no meu governo nigeriano para resolver a quest\u00e3o, mas acredito que o mundo j\u00e1 viu que existe um problema em \u00c1frica, os pa\u00edses desenvolvidos t\u00eam a capacidade e os recursos para lutar contra o terrorismo, como fizeram no ado. Por essa raz\u00e3o, tenho mais esperan\u00e7a, porque agora o mundo tem conhecimento . Se isto continuar, o n\u00famero de empreendedores do sexo feminino, na Nig\u00e9ria, como eu, vai diminuir porque n\u00e3o v\u00e3o ter oportunidades de neg\u00f3cio que eu tive.\u201dLaurent Fabius, Ministro Franc\u00eas dos Neg\u00f3cios Estrangeiros e do Desenvolvimento Internacional: \u201cTemos de trabalhar para refor\u00e7ar a seguran\u00e7a, pois a seguran\u00e7a deles \u00e9 a nossa seguran\u00e7a. Esses grupos terroristas s\u00e3o algo pr\u00f3ximo, podem estar num pa\u00eds, mas podem facilmente atravessar as fronteiras e acabar na Europa.\u201dNeste cen\u00e1rio, o Banco de Desenvolvimento Africano, pediu um maior envolvimento da comunidade internacional, para resolver os conflitos em \u00c1frica. Para o cantor e pol\u00edtico senegal\u00eas, Youssou N\u2019Dour, a resposta pode estar mais perto de casa: \u201cTemos de lavar a nossa roupa suja em casa. Devemos tamb\u00e9m ter mais reuni\u00f5es em \u00c1frica, n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 na Europa, onde devemos decidir as coisas\u2026 Simbolicamente, isso mostraria \u00e0s pessoas que as solu\u00e7\u00f5es, ou pelo menos as discuss\u00f5es, acontecem aqui em \u00c1frica.", "dateCreated": "2014-05-28T18:08:17+02:00", "dateModified": "2014-05-28T18:08:17+02:00", "datePublished": "2014-05-28T18:08:17+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F268638%2F1440x810_268638.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "New York Forum \u00c1frica: Viol\u00eancia econ\u00f3mica", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F268638%2F432x243_268638.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series", "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

New York Forum África: Violência económica

New York Forum África: Violência económica
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

É incontestável que todos os sinais mostram que África está a emergir, com um crescimento económico positivo e um desenvolvimento macro-económico em todo o continente. Estão a fluir novos fundos e existe um financiamento inovador. Mas a instabilidade e os problemas de segurança persistentes podem ter influência neste progresso económico… Então, como podemos maximizar o potencial de África e lidar com os problemas de segurança? É a pergunta que colocamos aos líderes políticos e económicos reunidos em Libreville, no Gabão para a 3ª edição do New York Forum África.

Cerca de vinte anos depois do genocídio, Ruanda é um símbolo de sucesso económico. De acordo com o Centro Africano de Transformação Económica está entre os 10 países cujo produto interno bruto mais cresceu mais entre 2000 e 2010. A violência e a insegurança deram lugar ao desenvolvimento económico.

Clara Akamanzi, do Conselho de Desenvolvimento Ruanda explica: “Acreditamos muito, que a segurança, garantindo uma boa governação, é extremamente importante para desenvolver o continente africano, porque foi a experiência que tivemos no Ruanda. Mas também acreditamos que África não deve ser vista como um bloco seguro ou não seguro, pois existem zonas que não são seguras ou que têm de lidar com certos desafios, mas também há muitos locais em África que são seguros e que estão prontos para tirar vantagem das oportunidades de desenvolvimento económico que existem. Mesmo em relação aos países que estão a enfrentar desafios de insegurança, não se pode dizer: “vamos esperar primeiro e enfrentar este desafio antes de nos desenvolvermos”, creio que as duas coisas podem ser feitas em simultâneo”.

A média de crescimento em todo o continente foi de pouco menos de 5% em 2014 e deve chegar aos 6% no próximo ano. É um teste à resistência africana à turbulência causada pelos conflitos que ainda atingem o continente.

Henri-Claude Oyma, diretor executivo
do banco BGFI Bank, do Gabão acrescenta: “Não podemos dizer que a segurança é um pré-requisito, porque se fizermos pré-condições não nos vamos desenvolver. Mas é um elemento importante. Porque confiamos nas autoridades que nos governam. É responsabilidade do governo pôr em prática a segurança necessária para garantir estabilidade aos investidores como nós, porque, enquanto industriais e financiadores, não temos os mecanismos para garantir a segurança de todos os nossos interesses económicos”.

A Nigéria é uma potência económica global, tendo recentemente ultraado a África do Sul, como a maior economia do continente. No entanto, luta contra graves problemas de segurança. Como reforça Ivor Ichikowitz fundador e presidente executivo do Grupo Paramount da África do Sul: “Uma boa parte da ameaça que estamos a viver em África, não é uma ameaça para África, mas à estabilidade de todo o mundo Temos uma situação estranha: os governos ocidentais dizem ao governo africano que precisa de se preparar para lidar com questões de segurança. No entanto, o FMI e o Banco Mundial, recusam-se a permitir que os governos usem o seu orçamento para financiar os equipamentos, os recursos e as formações necessárias para lidar com estas questões”.

Posição seguida pela opinião de Tara Fela-Durotoye, Fundadora da House of Tara International, na Nigéria: “Não tenho fé no meu governo nigeriano para resolver a questão, mas acredito que o mundo já viu que existe um problema em África, os países desenvolvidos têm a capacidade e os recursos para lutar contra o terrorismo, como fizeram no ado. Por essa razão, tenho mais esperança, porque agora o mundo tem conhecimento . Se isto continuar, o número de empreendedores do sexo feminino, na Nigéria, como eu, vai diminuir porque não vão ter oportunidades de negócio que eu tive.”

Laurent Fabius, Ministro Francês dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento Internacional: “Temos de trabalhar para reforçar a segurança, pois a segurança deles é a nossa segurança. Esses grupos terroristas são algo próximo, podem estar num país, mas podem facilmente atravessar as fronteiras e acabar na Europa.”

Neste cenário, o Banco de Desenvolvimento Africano, pediu um maior envolvimento da comunidade internacional, para resolver os conflitos em África. Para o cantor e político senegalês, Youssou N’Dour, a resposta pode estar mais perto de casa: “Temos de lavar a nossa roupa suja em casa. Devemos também ter mais reuniões em África, não é só na Europa, onde devemos decidir as coisas… Simbolicamente, isso mostraria às pessoas que as soluções, ou pelo menos as discussões, acontecem aqui em África.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O Fórum Económico do Catar estimula a ambição e a inovação

ATM 2025: Líderes de turismo abordam estratégias climáticas, tecnológicas e de crescimento

O Cazaquistão assinala os 30 anos da Assembleia do Povo do Cazaquistão