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Empresários e políticos discutem a economia da Guiné Equatorial, em Malabo

Empresários e políticos discutem a economia da Guiné Equatorial, em Malabo
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Decorre na capital da Guiné Equatorial, Malabo, um Simpósio sobre a Diversificação Económica para a Emergência do país. O evento reúne empresários e políticos de vários países e a euronews foi conhecer o que esperam da economia dos países africanos emergentes.

De acordo com um recente relatório das Nações Unidas, a maior parte dos países africanos deveria registar, em 2014, um crescimento económico superior à média mundial. Todavia, os contrastes persistem, como acontece em países em forte desenvolvimento, como a Nigéria ou a Guiné Equatorial, onde o PIB por habitante é o mais alto de África, mantendo-se porém em centésimo trigésimo sexto lugar na lista das Nações Unidas para os índices de desenvolvimento humano. Qual a razão para tal disparidade? Foi a questão que colocámos aos empresários e políticos reunidos em Malabo.

Michael Lamaswala trabalha entre a Grã Bretanha e a Zâmbia. Veio a este simpósio para expor as vantagens do investimento privado na Guiné Equatorial, que na sua opinião contribuirá para reduzir as desigualdades sociais e económicas.

“Se olhamos para os países europeus, conhecemos todos a história da Europa e quanto tempo levou, até muitas mudanças se tornarem realidade. Em África, se compararmos, o desenvolvimento, tendo em conta o período de tempo dessde o fim do colonialismo, as coisas têm acontecido rapidamente, muito mais depressa”, ressalva o presidente do conselho de istração da Blue Square Oil & Gas Limited. Segundo este empresário, “Em países como a Guiné Equatorial ou como a Nigéria, os responsáveis procuram assegurar agora que as camadas mais pobres tenham o à riqueza, convidando ao investimento direto estrangeiro e procurando munir os cidadãos com mais capacidades”.

Detentores de significativas reservas minerais, estes países estão a apostar na exploração mineira. “Com companhias como a minha a investir, vão ter também em atenção a educação da população. Uma população com um nível mais alto de educação, melhora a qualidade de trabalho”, acrescentou Michael Lamaswala.

Aos olhos de alguns dos investidores estrangeiros, há que fazer entrar a África, em geral, e a Guiné Equatorial, em particular, numa dinâmica de investimento mundial. Mas o tempo é pouco, pois, como sublinhou o ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, que governou o país entre 1999 e 2007.

De acordo com Obasanjo, “A África conhece hoje uma situação favorável ao desenvolvimento, face à crise que atravessam as nações mais desenvolvidas. O continente deve tirar partido disto rapidamente, pois uma oportunidade como esta a depressa”.

Esta opinião é partilhada pelos analistas financeiros. Michele Carlsson, responsável pela estratégia de desenvolvimento no Médio Oriente e África, para o Nasdaq OMX Group INC., considera que no continente africano o investimento tem de ser feito também na área do desenvolvimento social.

“A mensagem que recebemos do governo nesta fantástica conferência é que estão empenhados em avançar no caminho certo”, afirmou Michele Carlsson, acrescentando que “Para empresas que procuram resultados imediatos, África não é o lugar certo, porque aqui as coisas vão precisar de mais tempo. África é para investidores que estão empenhados em contribuir para o desenvolvimento sócio-económico do país, a par, claro, dos seus próprios lucros”.

No momento da sua independência em 1968, a Guiné Equatorial era um dos países mais pobres da África central. Hoje é um dos países mais ricos e o terceiro maior produtor de petróleo bruto em África, depois da Nigéria e de Angola. Graças ao maná petrolífero, o país conheceu um forte crescimento económico. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as mortes por paludismo caíram em 90% nos últimos cinco anos. Todavia, mais de metade da população vive ainda abaixo do limiar da pobreza. Depois do esforço feito ao nível das infra-estruturas, há que fazer agora esforços no plano social, sem esquecer o plano político, num país cujo regime é considerado uma ditadura.

Lembrando que o país “vem do zero”, Marcelino Owono Edu, ministro das Finanças da Guiné Equatorial, sublinhou que “Há que procurar desenvolvimento” e explicou que “Avançamos o-a-o. Creio que uma das prioridades do governo atualmente é desenvolver as capacidades humanas, o que significa saúde e educação. Este ano, foi consagrado ao setor social 35% do total do orçamento do governo.”

O governo da Guiné Equatorial anunciou o lançamento de um fundo de co-investimento de mil milhões de dólares, destinado a apoiar os investimentos estrangeiros fora do setor dos hidrocarbonetos. Como assinala o mais recente relatório da ONU, para conseguir em África uma consolidação e uma distribuição equitativa dos rendimentos, é necessário ter em conta investimentos a longo prazo e questões de durabilidade.

Este é um propósito partilhado por Lucas Abaga Nchama, governador do Banco dos Estados da África Central, que tem defendido que a Guiné Equatorial melhore o o à informação para acompanhar a diversificação da sua economia, sinónimo de uma real emergência: “Depois de ter desenvolvido as infra-estruturas, o país organiza este simpósio para entrar na diversificação, um caminho que deveria conduzir à emergência económica”. Para Abaga Nchama, “O verdadeiro pólo de crescimento para o futuro é a África, é a África central. O que hoje procuramos, é atingir um nível sutentável, que seja durável, a fim de atingirmos as metas de emergência.”

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