{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2011/07/14/qual-o-papel-do-estado-apos-a-crise" }, "headline": "Qual o papel do Estado ap\u00f3s a crise?", "description": "Qual o papel do Estado ap\u00f3s a crise?", "articleBody": "", "dateCreated": "2011-07-14T07:49:02+02:00", "dateModified": "2011-07-14T07:49:02+02:00", "datePublished": "2011-07-14T07:49:02+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F153625%2F1440x810_153625.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Qual o papel do Estado ap\u00f3s a crise?", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F153625%2F432x243_153625.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios Series", "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Qual o papel do Estado após a crise?

Qual o papel do Estado após a crise?
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

É tempo de férias em Aix-en-Provence. Altura de desfrutar da beleza e da pacatez desta cidade do sul da França. No entanto, alguns preferem olhar para o que se a no mundo académico.

Todos os anos, o “Círculo dos Economistas”, um grupo que reúne especialistas em economia, organiza aqui uma conferência, durante o verão.

O tema deste ano girou em torno do futuro papel do Estado, no período pós-crise. Durante esta conjuntura os governos tiveram uma forte intervenção para evitar o colapso, movendo-se, perigosamente, à beira da falência.

Será que isso ameaça algumas das principais funções do Estado? O secretário-geral da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico), diz que não.

“Os governos estão lá e têm perdido espaço de manobra. Os governos são, ainda, os únicos que podem definir o quadro de modo a permitir ao setor privado, aos bancos e aos investidores prosperarem,” afirma Angel Gurria.

Ajudar os bancos e os investidores a prosperarem é uma coisa nobre – se for investidor, mas para as pessoas comuns, resgatar o setor financeiro soa a injustiça.

É por isso que, para o norte-americano Francis Fukuyama, a reação da população foi tão inesperada. “Existe um grande paradoxo pois esta crise deveria ter conduzido a um aumento de popularidade de certa esquerda pois foram elaboradas políticas conservadoras em Wall Street, políticas de liberalização do mercado. Contudo isso levou a uma maior popularidade da ala de direita, não apenas nos Estados Unidos, mas virtualmente em todos os países europeus.”

A popularidade da direita expressa, de alguma forma, a desilusão das pessoas em relação aos governos.

Alguns economistas, como Elie Cohen, defendem a instituição de um Estado mais forte.

“Vimos que a lógica da autorregulação e a desregulamentação, produziram efeitos desastrosos na dinâmica do sistema financeiro. Por isso, é necessário o retorno a um Estado regulador. Para mim, é mesmo indispensável,” reafirma o economista francês.

A crise fez com que os governos privatizassem muitos bens e serviços de maneira a minimizarem as dívidas soberanas, por isso, no futuro, a ação dos Estados terá de ser mais moderada.

Jen-Hervé Lorenzi, presidente do “Círculo dos Economistas”, no futuro “a intervenção governamental não será a mesma de antes. Vai ser mais racional, mais limitada. Algumas áreas vão ser, em grande parte, financiadas por fundos privados. Esta é uma área onde as fronteiras estão a mudar.”

Uma política que dê privilégio ao setor privado pode colocar em risco a classe média. Robert Reich, antigo secretário do Trabalho da istração Clinton, considera que “a educação, a saúde e as reformas não são apenas bens pessoais, são também bens públicos e que mantêm a sociedade unida. Criam oportunidade e segurança económica para um grande número de pessoas. Se forem privatizados, não é claro que continuem a fornecer uma sensação de coerência e justiça social. “

O sentimento de justiça social está bastante enraizado na sociedade norte-americana. Hoje muitos dos habitantes dos Estados Unidos acreditam estarem a ser utilizados como desculpa para o incumprimento de várias políticas.

“A sociedade norte-americana está, atualmente, absorvida na luta para ver quem vai pagar o ónus dos ajustes, quem vai pagar por essas dívidas que foram acumuladas. Vejo muito pouca disposição, neste momento, para se conversar, seriamente, e com sabedoria sobre a distribuição desse fardo. Estou preocupado pois acredito que os Estados Unidos vão enfrentar muitas dificuldades nos próximos cinco, sete, dez anos, “ avisa Jeffrey Frieden, da Universidade de Harvard.

O futuro da Europa é também sombrio. Esta crise colocou as sociedades num caminho desconhecido.

A Zona Euro enfrenta o maior teste desde a sua criação. Um teste que nem todos querem resolver.

O ministro das Finanças sueco, Anders Borg, não considera que “não é realista ver os europeus do norte a subsidiar a falta de responsabilidade fiscal, do sul. Assim, a solução a longo prazo a pela criação de um quadro fiscal mais rigoroso. Não é ter um governo europeu, mas ter uma governação mais europeia.”

Para o o presidente dos Socialista Europeus, Poul Nyrup Rasmussen, o problema da Zona Euro “é a falta de liderança. Há muita hesitação, muita dependência dos interesses nacionais a curto prazo. Pensa-se muito pouco a longo prazo e falta coragem para explicar a necessidade em se chegar a soluções comuns.”

Hoje assistimos à emergência de novas potências económicas por todo o mundo. Exemplo disso é a China, a Índia ou o Brasil.

A Europa continua refém de procedimentos complicados e ainda não conseguiu encontrar uma voz comum que a ajude a encontrar soluções para potencializar as suas vantagens.

A crise pode proporcionar novas oportunidades, cabe aos governos europeus saber aproveitá-las.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O Fórum Económico do Catar estimula a ambição e a inovação

ATM 2025: Líderes de turismo abordam estratégias climáticas, tecnológicas e de crescimento

O Cazaquistão assinala os 30 anos da Assembleia do Povo do Cazaquistão