"Ele está a matar muitas pessoas. E eu não sei o que raio aconteceu a Putin", disse o presidente dos EUA aos jornalistas antes de embarcar no Air Force One, acrescentando que iria "absolutamente" considerar a imposição de novas sanções contra a Rússia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que "não está satisfeito com o que Putin está a fazer", em reação à vaga de ataques consecutivos da Rússia à Ucrânia durante o fim de semana.
"Ele está a matar muitas pessoas. E não sei o que raio aconteceu a Putin", disse Trump aos jornalistas antes de embarcar no Air Force One em Morristown, Nova Jérsia, quando se preparava para regressar a Washington.
Trump acrescentou que os ataques aconteceram enquanto ele e o seu homólogo russo, Putin, estavam "a meio de conversações."
Quando questionado por um repórter se iria potencialmente impor sanções adicionais à Rússia, Trump disse que iria "absolutamente" considerar fazê-lo.
Moscovo lançou uma barragem de drones e mísseis em ataques consecutivos a cidades e aldeias da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo dezenas.
No domingo, a Força Aérea ucraniana afirmou que a Rússia lançou 367 drones e mísseis contra o país durante a noite, o que constitui o maior ataque aéreo desde o início da invasão russa da Ucrânia.
"Sempre tive uma relação muito boa com Vladimir Putin da Rússia, mas aconteceu-lhe alguma coisa. Ele ficou absolutamente LOUCO!" escreveu ainda Trump numa publicação nas redes sociais no domingo à noite.
Trump prolonga prazo para aplicação de tarifas à UE
O presidente norte-americano afirmou que vai adiar a aplicação de uma tarifa de 50% sobre os produtos da União Europeia de 1 de junho para 9 de julho.
Trump disse que, após uma "boa conversa" com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concordou em mudar a data para ganhar tempo para as negociações com o bloco.
Trump ameaçou com um imposto de 50% sobre todas as importações da União Europeia numa publicação nas redes sociais na sexta-feira, e disse que o bloco de 27 membros que "foi formado com o objetivo principal de tirar proveito dos Estados Unidos" tinha sido "muito difícil de lidar" com o comércio e que as negociações não estavam a "ir a lugar nenhum".
O comissário europeu para o Comércio e Segurança Económica, Maros Sefcovic, respondeu à ameaça de Trump reiterando o seu empenho em garantir um acordo comercial que "funcione para ambos" e que se baseie no "respeito, não em ameaças".