Cinco organizações de defesa dos direitos humanos queriam realizar uma manifestação para defender a igualdade de direitos da comunidade LGBTQ.
No dia 1 de junho, cinco organizações de direitos humanos - a Amnistia Internacional da Hungria, a Background Society, o Comité Húngaro de Helsínquia, a Rainbow Mission Foundation (a fundação do Budapest Pride) e a Society for Civil Liberties - planearam uma marcha pacífica na Avenida Andrássy. O objetivo da manifestação era sensibilizar para a importância de tomar medidas contra a homofobia e a transgeneridade e defender a igualdade de direitos para a comunidade LGBTQI.
Os organizadores notificaram a polícia da manifestação planeada, mas a polícia proibiu o evento.
Zsolt Szekeres, conselheiro jurídico do Comité Húngaro de Helsínquia, organização não-governamental sedeada em Budapeste, disse à Euronews que a decisão foi ilegal, especialmente tendo em conta que a polícia não só reconheceu como garantiu o direito de realizar uma manifestação pelos direitos LGBTQI alguns dias antes.
No dia 17 de maio, realizou-se em Budapeste uma marcha no âmbito do Dia Mundial contra a Homofobia, a Bifobia e a Transfobia. Szekeres afirmou que a marcha não seria autorizada porque seria demasiado semelhante à marcha do Orgulho.
A polícia proibiu o evento invocando uma alteração da lei, que proíbe a realização de manifestações que exibam a homossexualidade ou as minorias sexuais, uma vez que "violam os direitos das crianças".
O raciocínio subjacente à decisão de proibir o evento. Este direito tem precedência sobre todos os outros direitos fundamentais, com exceção do direito à vida".
No dia 18 de março, o Parlamento votou a favor de um projeto de lei para proibir o Orgulho. O projeto de lei proíbe as manifestações que promovam a homossexualidade e a mudança de sexo e pode impor multas até 200.000 forints aos organizadores e participantes.
Segundo o Comité de Helsínquia, ao proibir o evento de domingo, o Estado está a restringir de forma arbitrária e discriminatória um dos direitos democráticos mais fundamentais: o direito à reunião pacífica e à liberdade de expressão.
As cinco organizações em causa estão a contestar a decisão da polícia em tribunal e "estão a trabalhar ainda mais para defender o caso, que pode ser o primeiro o para anular a lei conhecida como a proibição do Orgulho nos tribunais nacionais ou internacionais".