Numa conversa telefónica com o Presidente dos EUA, Vladimir Putin afirmou que a Rússia estava disposta a trabalhar num memorando com a Ucrânia, que inclui um possível cessar-fogo por um determinado período de tempo.
Numa chamada telefónica com o Presidente dos EUA, Donald Trump, o líder russo Vladimir Putin afirmou que "é possível um cessar-fogo se forem alcançados os acordos certos".
Putin disse ainda que a Rússia está pronta para trabalhar num memorando com a Ucrânia, que inclui um potencial cessar-fogo por um período de tempo fixo.
Putin afirmou ainda que os os entre os grupos de negociação que se reuniram em Istambul para conversações na semana ada foram "retomados".
O líder russo disse que o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, ou o chefe da equipa de negociação de Moscovo, Vladimir Ushakov, dariam mais detalhes mais tarde.
A agência noticiosa estatal russa, TASS, informou que a chamada entre Trump e Putin durou cerca de duas horas e meia.
Frustração crescente
Ao comentar o telefonema, na segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca disse que o objetivo de Trump era "ver um cessar-fogo".
Karoline Leavitt também itiu que o presidente dos EUA "ficou muito frustrado com os dois lados" da guerra.
"Nada vai acontecer até que Putin e eu estejamos juntos", disse o Presidente dos EUA aos jornalistas a 15 de maio, acrescentando mais tarde: "Acho que está na altura de o fazermos".
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, também disse na segunda-feira que Trump tencionava pressionar Putin para saber se ele está verdadeiramente interessado em acabar com a invasão em grande escala da Ucrânia.
"O vice-presidente dos EUA, JD Vance, também disse que Trump pretende pressionar Putin para saber se ele está realmente interessado em acabar com a invasão em grande escala da Ucrânia. Está a falar a sério sobre isto?".
Vance disse que não tinha a certeza de que Putin tivesse uma estratégia para acabar com a guerra, mas acrescentou que Washington poderia desistir de tentar mediar qualquer acordo se não fossem feitos progressos significativos no sentido da paz.
Embora tenha sido o próprio Putin a sugerir a realização de conversações diretas entre a Rússia e a Ucrânia, não aceitou um convite de Volodymyr Zelenskyy para conversações em Istambul na semana ada, enviando em vez disso uma delegação de nível inferior.
O Presidente da Ucrânia reuniu-se com a sua equipa na segunda-feira para "avaliar o resultado" das conversações, afirmando que Kiev tinha feito tudo para aproximar o cessar-fogo e que a Rússia era o obstáculo à paz.
"As reuniões de 15 e 16 de maio demonstraram ao mundo a nossa disponibilidade para aproximar a paz e, consequentemente, a necessidade de pressionar a Rússia para acabar com a guerra", escreveu Zelenskyy no Telegram.
Zelenskyy afirmou que o resultado mais importante das conversações foi um acordo para a troca de 1000 prisioneiros de guerra de cada lado. O Serviço de Segurança da Ucrânia está a preparar essa troca.