O presidente francês apelou para a reabertura das agens de ajuda para a Faixa de Gaza e pediu um novo cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
O presidente francês Emmanuel Macron apelou para um novo cessar-fogo entre o Hamas e Israel e para a renovação do fluxo de ajuda humanitária em Gaza, durante uma visita a Al-Arish, na Península do Sinai.
Al-Arish situa-se no nordeste do Egito, a cerca de 50 quilómetros de Gaza, e é um ponto de trânsito fundamental para a ajuda destinada à Faixa de Gaza.
"Apelamos também para a retoma do cessar-fogo com caráter de urgência. É disso que precisamos", disse Macron, falando perante trabalhadores humanitários vinda de França, num centro de distribuição perto de Gaza.
“E pedimos ontem oficialmente ao presidente Trump, num apelo que fizemos em conjunto, o reinício de um cessar-fogo durante 40 a 50 dias, a libertação dos reféns e a retoma das conversações para consolidar um acordo sobre a solução política e de segurança em Gaza no dia seguinte, e a desmilitarização do Hamas.”
A visita tem como objetivo sublinhar a importância de estabelecer um novo cessar-fogo em Gaza, de acordo com a imprensa sa.
"As negociações devem ser retomadas sem demora e de forma construtiva e quero saudar os esforços incansáveis do Egito para o cessar-fogo e a libertação dos reféns", disse Macron na segunda-feira.
As exigências de Macron foram também repetidas por el-Sissi, que afirmou que "alcançar uma paz sustentável e a estabilidade no Médio Oriente continuará a ser uma questão rebuscada enquanto o caso palestiniano não for resolvido de forma justa".
Macron discutiu a guerra em Gaza com o seu homólogo egípcio e mais tarde com o rei Abdullah II da Jordânia, ambos aliados do Ocidente que também desejam o fim dos combates em Gaza.
O Egito, juntamente com o Catar, foi um dos principais mediadores do cessar-fogo que entrou em vigor a 19 de janeiro, mas que se desfez no mês ado.
A visita de Macron, a segunda ao Cairo desde o início da guerra em Gaza, em 2023, ocorre num momento crítico para o Médio Oriente, depois de Israel ter voltado a impor o bloqueio a Gaza e retomado os combates contra o Hamas, o que abalou as frágeis tréguas.
A guerra, agora no seu 18.º mês, começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1200 pessoas e fazendo 251 reféns.
O grupo mantém ainda 59 reféns, estimando-se que 24 deles estejam vivos.