Trump disse à imprensa local que o lapso "acabou por não ser grave" e expressou o seu apoio ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desvalorizou na terça-feira o envio de mensagens de texto com planos sensíveis para um ataque militar no Iémen para uma conversa de grupo que incluía o jornalista Jeffrey Goldberg, chamando-lhe "a única falha em dois meses" da sua istração.
A reação de Trump ao acontecimento, que parece tê-lo apanhado de surpresa quando um repórter lhe perguntou pela primeira vez na segunda-feira, surge no momento em que os legisladores democratas criticam a sua istração por tratar informações altamente sensíveis de forma descuidada.
Trump disse à imprensa local que o lapso "acabou por não ser grave" e expressou o seu apoio ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz.
"Michael Waltz aprendeu uma lição e é um bom homem", afirmou. O presidente pareceu também atribuir a culpa a um assessor anónimo de Waltz pela inclusão de Goldberg no chat de grupo. "Foi uma das pessoas do Michael que tinha o telefone. Um funcionário tinha lá o número dele".
De acordo com uma história publicada pela The Atlantic na segunda-feira, Waltz parece ter incluído involuntariamente Jeffrey Goldberg, o editor-chefe da revista, numa conversa que envolvia dezoito altos funcionários da istração a falar sobre os preparativos do ataque contra os rebeldes Houthi.
A utilização da aplicação de mensagens Signal para discutir uma operação sensível expôs a istração a críticas ferozes por parte dos legisladores democratas, que expressaram a sua indignação perante a insistência da Casa Branca de que não foi partilhada qualquer informação confidencial.
Os altos funcionários da istração norte-americana têm-se esforçado por explicar por que razão a aplicação disponível ao público foi utilizada para discutir um assunto tão delicado.
Na terça-feira, Waltz disse não ter a certeza de como Goldberg acabou no chat. "Este em particular, eu nunca conheci, não sei, nunca comuniquei com ele", disse Waltz.
Mais tarde, numa entrevista à FOX News, o conselheiro de segurança nacional itiu o erro e assumiu a responsabilidade.
"Cometemos um erro. Estamos a seguir em frente", disse Waltz, que acrescentou ter assumido "total responsabilidade" pelo episódio.
Antes de derrotar Hillary Clinton nas eleições de 2016, Trump pediu que a ex-secretária de Estado fosse acusada de crime por discutir material confidencial com seus assessores usando um servidor de e-mail privado que ela criou.
O assunto foi investigado, mas o FBI acabou por recomendar que não fossem apresentadas acusações, o que veio a acontecer.
Na segunda-feira, Clinton foi uma entre os democratas que criticaram esta semana a utilização do Signal por parte dos funcionários da istração de Trump.
"Só podem estar a brincar comigo", escreveu num post no X que destacava o artigo da The Atlantic.