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Tsikhanouskaya: sacrificar os interesses da Ucrânia agora abre caminho a nova invasão russa

Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, discursa no Parlamento Europeu na terça-feira, 11 de março de 2025, em Estrasburgo, no leste de França.
Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, discursa no Parlamento Europeu na terça-feira, 11 de março de 2025, em Estrasburgo, no leste de França. Direitos de autor AP Photo
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De Sasha Vakulina
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A ameaça de ataques russos aos países da UE e da NATO a partir do território da Bielorrússia deve ser levada muito a sério, disse à Euronews a líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya.

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A União Europeia (UE) e a NATO devem levar a sério as ameaças vindas da Rússia e da Bielorrússia, afirma Sviatlana Tsikhanouskaya.

"Enquanto Lukashenko estiver no poder, o território bielorrusso pode ser usado como plataforma de lançamento para um novo ataque à Ucrânia ou aos nossos vizinhos ocidentais", alertou a líder da oposição bielorrussa à Euronews.

Na Conferência de Segurança de Munique, em fevereiro, o presidente ucraniano lançou um aviso severo , vincando que a Rússia está a preparar-se para uma grande escalada militar, que poderá atingir os países da NATO já no próximo ano.

Volodymyr Zelenskyy apontou especificamente a Bielorrússia como uma plataforma de lançamento de um possível ataque futuro.

Zelenskyy disse que Kiev "compreende claramente o que os russos vão fazer com a Bielorrússia".

"A Rússia está a preparar 15 divisões e cerca de 100 a 150 mil tropas estão a ser treinadas para agravar a situação na direção da Bielorrússia", declarou Zelenskyy.

"Não tenho a certeza se vão atacar a Ucrânia, mas vão atacar. Talvez a Ucrânia, talvez a Polónia, talvez os países bálticos".

No início de 2022, a Rússia utilizou a Bielorrússia como plataforma de lançamento para a sua invasão em grande escala da Ucrânia. Esta foi preparada em Minsk que permitiu que as forças armadas russas realizassem "exercícios militares" de semanas no seu território, uma fachada para a invasão planeada.

Tsikhanouskaya afirma que esta ameaça é atualmente muito real.

"Para Lukashenko, não há problema em servir Putin e ceder as nossas terras e infra-estruturas para a invasão. Enquanto o regime estiver em vigor, haverá uma ameaça constante à vossa segurança. Temos de desmantelar este regime para nos livrarmos de Lukashenko. Só assim a Bielorrússia deixará de ser fonte de chantagem constante com migrantes, com armas nucleares ou exercícios em conjunto com os russos".

"Os ditadores são irracionais", diz Tsikhanouskaya, acrescentando que a Europa também pode impedir um possível ataque ao não permitir que os interesses da Ucrânia sejam sacrificados agora.

"Não proporcionar uma paz duradoura permitiria que as tropas russas se reagruem, se fortalecessem e iniciassem outra invasão ou fizessem chantagem sobre uma invasão num futuro próximo", salientou Tsikhanouskaya, explicando que se a UE e, esperemos, os Estados Unidos "não sacrificarem os territórios ucranianos ou os interesses ucranianos para não encorajar os russos, talvez isso não aconteça".

"Se as soluções que estamos a adotar agora em relação à Bielorrússia e à Ucrânia deixarem alguns territórios sob influência russa, isso mostrará que o mundo democrático não consegue responder de forma decisiva, que aceita que a subjugação ou a invasão de outros países é possível e que não tem instrumentos para contrariar essa situação", e, nesse cenário, pode acontecer que os ataques russos "batam à porta da União Europeia".

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