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EUA prendem e tentam deportar líder de protesto estudantil pró-Palestina na Universidade de Columbia

O estudante negociador Mahmoud Khalil é fotografado no campus da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, num acampamento de protesto pró-palestiniano, a 29 de abril de 2024.
O estudante negociador Mahmoud Khalil é fotografado no campus da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, num acampamento de protesto pró-palestiniano, a 29 de abril de 2024. Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Rory Sullivan
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Mahmoud Khalil, um argelino de ascendência palestiniana, foi o negociador em representação dos estudantes durante as conversações com a universidade.

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Um ativista pró-Palestina que desempenhou um papel proeminente nos protestos que ocorreram na Universidade de Columbia contra a guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza, foi detido em Nova Iorque no sábado à noite, informou a sua advogada.

A detenção de Mahmoud Khalil marca um desenvolvimento importante na promessa da istração Trump de prender e deportar estudantes internacionais envolvidos no que chama de manifestações antissemitas no campus contra Israel.

Agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) prenderam Khalil no seu alojamento universitário em Nova Iorque no sábado à noite, segundo a sua advogada Amy Greer, que referiu que, até domingo à noite, não sabia onde o seu cliente estava detido.

Os funcionários do ICE ameaçaram prender a mulher de Khalil, que está grávida de oito meses, acrescentou ainda Greer.

Numa chamada telefónica que teve com um dos agentes na sequência da detenção, Greer disse ter sido informada de que o Departamento de Estado estava a tentar cancelar o visto de estudante de Khalil.

Depois de lhes ter comunicado que Khalil estava, de facto, a viver nos EUA com um Cartão de Residente Permanente Legal ("Green Card"), o funcionário apontou que iriam tentar revogar esse visto, acrescentou Greer.

"Não nos foi possível obter mais pormenores sobre o motivo da detenção. Trata-se de uma clara escalada. A istração está a cumprir as suas ameaças", afirmou o advogado.

A detenção de Khalil foi confirmada no domingo por Tricia McLaughlin, porta-voz do Departamento de Segurança Interna, que referiu que a mesma foi realizada no âmbito das "ordens executivas do presidente Trump que proíbem o antissemitismo".

McLaughlin alegou que Khalil, um cidadão argelino de origem palestiniana, tinha "liderado atividades alinhadas com o Hamas, uma organização terrorista designada". Não apresentou quaisquer provas para sustentar as alegações.

Em reação à detenção de Khalil, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou no X que a detenção de Khalil era apenas o início.

"Vamos revogar os vistos e/ou 'green cards' dos apoiantes do Hamas na América para que possam ser deportados", revelou no domingo, sem fornecer quaisquer provas contra Khalil.

Entretanto, os críticos disseram que a istração Trump estava a agir por interesse próprio.

"Isto aparenta ser uma ação de retaliação contra alguém que expressou uma opinião de que a istração Trump não gostou", afirmou Camille Mackler, fundadora da Immigrant ARC, uma coligação de prestadores de serviços jurídicos em Nova Iorque.

Khalil, que recentemente se formou na Universidade de Columbia com um mestrado em assuntos internacionais, serviu como negociador em representação dos estudantes no âmbito das conversações com funcionários da universidade durante os protestos em Columbia.

Uma das exigências dos manifestantes era que a universidade se alienasse de empresas ligadas a Israel.

Em resultado do papel mediático de Khalil, os ativistas pró-Israel apelaram, nas últimas semanas, à istração Trump para que tomasse medidas contra ele.

Desde o início do seu segundo mandato presidencial, Trump prometeu perseguir as pessoas envolvidas naquilo a que chama de "protestos ilegais" contra Israel.

"Os promotores serão presos/ou enviados permanentemente de volta para o país de onde vieram. Os estudantes americanos serão expulsos de forma permanente ou, dependendo do crime, detidos", afirmou na terça-feira ada, na rede socialTruth Social.

Na sexta-feira, o governo dos EUA anunciou que pretendia cortar 400 milhões de dólares (368,7 milhões de euros) em subsídios e contratos federais destinados à Universidade de Columbia devido aos protestos no campus contra a guerra em Gaza.

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