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Líderes árabes apoiam plano de 53 mil milhões de dólares do Egito para reconstruir Gaza

Nesta fotografia fornecida pelo gabinete de imprensa da presidência do Egito, os líderes árabes posam durante a cimeira árabe de emergência na Nova Capital istrativa do Egito, nos arredores do Cairo, terça-feira
Nesta fotografia fornecida pelo gabinete de imprensa da presidência do Egito, os líderes árabes posam durante a cimeira árabe de emergência na Nova Capital istrativa do Egito, nos arredores do Cairo, terça-feira Direitos de autor AP/AP
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De Jerry Fisayo-BambiAP
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O plano de 53 mil milhões de dólares foi aprovado pelos líderes árabes numa cimeira no Cairo, na terça-feira, e permitirá que os cerca de 2 milhões de palestinianos de Gaza permaneçam no enclave sem serem deslocados.

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Os líderes árabes aprovaram na terça-feira o plano do Egito para o pós-guerra na Faixa de Gaza, contrariando o plano de Trump de despovoar o território e transformá-lo num destino de praia.

O plano de 53 mil milhões de dólares, aprovado pelos líderes árabes numa cimeira no Cairo, iria permitir que os cerca de 2 milhões de palestinianos de Gaza permanecessem no seu território.

"Acolhemos de bom grado todas as propostas ou ideias da comunidade internacional para garantir o êxito deste plano, que tem de ser implementado lado a lado com um plano maior para a paz", declarou o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi, numa publicação nas suas redes sociais, após a reunião.

"Adotar um plano que vise uma solução abrangente e justa para a questão palestiniana, acabar com as causas profundas do conflito israelo-palestiniano, garantir a segurança e a estabilidade dos povos da região e estabelecer o Estado palestiniano", acrescentou el-Sisi, manifestando o seu desejo de colaborar com Trump, outros países árabes e a comunidade internacional.

Plano do Egito para o pós-guerra em Gaza

O plano do Egito, também designado por "Plano Árabe", prevê a reconstrução de Gaza até 2030 sem retirar a sua população.

A primeira fase envolveria a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de detritos deixados pelas ofensivas militares e bombardeamentos de Israel, bem como o início da limpeza de bombas não detonadas.

Ecrã mostra o presidente egípcio Abdel Fattah el-Sissi, ao centro, com líderes árabes, no centro de imprensa da cimeira árabe de emergência no Egito
Ecrã mostra o presidente egípcio Abdel Fattah el-Sissi, ao centro, com líderes árabes, no centro de imprensa da cimeira árabe de emergência no EgitoAmr Nabil/Copyright 2025 The AP. All rights reserved

O plano prevê a remodelação completa da faixa e a construção de habitações e zonas urbanas "sustentáveis, verdes e transitáveis" com energias renováveis nos anos seguintes. Renova as terras agrícolas e cria zonas industriais e grandes áreas de parque.

Também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca e um porto comercial. Os Acordos de Paz de Oslo, na década de 1990, previam a abertura de um aeroporto e de um porto comercial em Gaza, mas os projetos foram abandonados devido ao fracasso do processo de paz.

Hamas acolhe o plano; Israel rejeita-o

O plano, que o Hamas saudou, afirmando que valorizava a rejeição dos líderes árabes às tentativas de transferência dos palestinianos dos seus territórios em Gaza e na Cisjordânia ocupada, foi rejeitado por Israel.

Oren Marmorstein, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, afirmou numa publicação no X que o plano egípcio "não aborda as realidades da situação" e disse que o comunicado conjunto da cimeira não menciona o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra, nem condena o grupo militante.

Marmorstein reafirmou o apoio de Israel ao "plano Trump" de reinstalar a população de Gaza noutro local, descrevendo-o como "uma oportunidade para os habitantes de Gaza terem uma escolha livre baseada na sua livre vontade".

Reação da Casa Branca

Entretanto, a Casa Branca, na sua reação inicial, disse que acolhia com agrado as contribuições das nações árabes, mas insistiu que o Hamas não podia continuar no poder no território.

"O presidente mantém a sua visão para uma Gaza pós-guerra, mas acolhe com agrado as contribuições dos nossos parceiros árabes na região. É evidente que as suas propostas levaram a região a sentar-se à mesa das negociações, em vez de permitir que esta questão se transforme numa nova crise", declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Brian Hughes.

No plano aprovado pelos árabes, o Hamas cederia o poder a uma istração provisória de políticos independentes até que uma Autoridade Palestiniana reformada pudesse assumir o controlo.

No entanto, Hughes disse: "O presidente Trump deixou claro que o Hamas não pode continuar a governar Gaza".

 O presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, cumprimenta o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, durante a cimeira árabe de emergência.
O presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, cumprimenta o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, durante a cimeira árabe de emergência.AP/AP

O chefe da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, disse que o comunicado final da cimeira apela ao Conselho de Segurança da ONU para enviar uma força internacional de manutenção da paz em Gaza e na Cisjordânia ocupada.

"A paz é a opção estratégica dos árabes", disse Aboul Gheit numa conferência de imprensa, acrescentando que o comunicado rejeita a transferência de palestinianos e apoia o plano de reconstrução do Egito. "O plano egípcio cria um caminho para um novo contexto político e de segurança em Gaza".

De acordo com a Associated Press, um rascunho de 112 páginas do plano afirma que centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias serão criadas para os residentes de Gaza durante a reconstrução.

Na costa mediterrânica de Gaza, alguns dos escombros reciclados seriam depois utilizados para aumentar a área de terra.

No mês ado, Trump surpreendeu a região ao propor que os cerca de 2 milhões de palestinianos que vivem em Gaza fossem deslocados para outras nações.

Segundo Trump, os EUA iriam recuperar a terra e transformá-la numa "Riviera" do Médio Oriente.

O seu plano, ao qual se opam fortemente os palestinianos, as nações árabes e os especialistas em direitos humanos, que afirmaram que seria provavelmente contrário ao direito internacional, foi apoiado pelo primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

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