{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2025/01/13/russia-e-irao-assinam-acordo-estrategico-tres-dias-antes-da-tomada-de-posse-de-trump" }, "headline": "R\u00fassia e Ir\u00e3o v\u00e3o acordo estrat\u00e9gico tr\u00eas dias antes da tomada de posse de Trump", "description": "Presidente iraniano tem promovido uma aproxima\u00e7\u00e3o \u00e0 R\u00fassia desde que foi eleito em julho do ano ado. Parceria entre Teer\u00e3o e Moscovo \u00e9 assinada, de forma simb\u00f3lica, poucos dias antes da tomada de posse de Trump, que n\u00e3o exclui a possibilidade de ataques \u00e0s instala\u00e7\u00f5es nucleares do Ir\u00e3o.", "articleBody": "O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, \u00e3o um acordo de parceria estrat\u00e9gica global entre os dois pa\u00edses. 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Durante o seu primeiro mandato presidencial, em maio de 2018, Trump decidiu retirar-se unilateralmente do \u201cacordo nuclear\u201d de 2015 com o Ir\u00e3o. A sua istra\u00e7\u00e3o refor\u00e7ou a press\u00e3o das san\u00e7\u00f5es contra Teer\u00e3o. Na v\u00e9spera do seu regresso \u00e0 Casa Branca, Donald Trump deixou claro que tomaria uma posi\u00e7\u00e3o muito mais dura em rela\u00e7\u00e3o ao Ir\u00e3o do que o presidente cessante Joe Biden. 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Rússia e Irão vão acordo estratégico três dias antes da tomada de posse de Trump

Massoud Pezeshkian, presidente do Irão (à esquerda) cumprimenta Vladimir Putin (à direita) na cimeira dos BRICS em Kazan (outubro de 2024)
Massoud Pezeshkian, presidente do Irão (à esquerda) cumprimenta Vladimir Putin (à direita) na cimeira dos BRICS em Kazan (outubro de 2024) Direitos de autor Maxim Shemetov/AP
Direitos de autor Maxim Shemetov/AP
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Presidente iraniano tem promovido uma aproximação à Rússia desde que foi eleito em julho do ano ado. Parceria entre Teerão e Moscovo é assinada, de forma simbólica, poucos dias antes da tomada de posse de Trump, que não exclui a possibilidade de ataques às instalações nucleares do Irão.

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O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, ão um acordo de parceria estratégica global entre os dois países. A terá lugar a 17 de janeiro, confirmou o serviço de imprensa do Kremlin.

Rússia e Irão estão a enviar sinal a Donald Trump

O Tratado de Parceria Estratégica Global substituirá o ultraado pacto de 2001 e reforçará as relações entre Moscovo e Teerão, num contexto de conflito agudo com o Ocidente. Fontes diplomáticas iranianas disseram ao jornal russo Kommersant que a cooperação em matéria de segurança e defesa com Moscovo será uma prioridade. A Rússia e o Irão vão dar um o decisivo para a aproximação na véspera da tomada de posse do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que não exclui a possibilidade de guerra com o Irão e de ataques às instalações nucleares da República Islâmica.

O momento da do novo pacto e os objectivos comuns dos dois países foram anteriormente noticiados pelo The Tehran Times. Eleito presidente em julho ado, após a morte do seu antecessor Ebrahim Raisi num acidente de avião, o chefe do novo governo iraniano, desde os primeiros dias no poder, fez uma forte aproximação a Moscovo e intensificou os os pessoais com os principais dirigentes russos.

As relações entre Teerão e Moscovo vão desenvolver-se numa base permanente e contínua e contribuirão para reduzir a pressão das sanções exercidas pelo Ocidente sobre o Irão e a Rússia
Presidência do Irão

Masoud Pezeshkian garantiu à delegação liderada por Shoigu que o recém-formado governo iraniano “continuará a trabalhar seriamente para elevar o nível das relações bilaterais com a Rússia”. Na sequência das conversações com Shoigu, a página web do presidente iraniano emitiu uma declaração: “As relações entre Teerão e Moscovo vão desenvolver-se numa base permanente e contínua e contribuirão para reduzir a pressão das sanções exercidas pelo Ocidente sobre o Irão e a Rússia”.

Em outubro, Massoud Pezeshkian participou na cimeira dos BRICS em Kazan, onde se encontrou com o presidente russo, tendo tendo-se referido a Putin como o “seu amigo”.

Simbolismo na data de do Tratado

É altamente simbólico, segundo os meios de comunicação social russos, que Moscovo e Teerão, que durante muitos meses negociaram o momento da do novo tratado e permaneceram indecisos sobre a data de efetivação, tenham finalmente decidido assiná-lo na véspera da tomada de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump (20 de janeiro). Durante o seu primeiro mandato presidencial, em maio de 2018, Trump decidiu retirar-se unilateralmente do “acordo nuclear” de 2015 com o Irão. A sua istração reforçou a pressão das sanções contra Teerão. Na véspera do seu regresso à Casa Branca, Donald Trump deixou claro que tomaria uma posição muito mais dura em relação ao Irão do que o presidente cessante Joe Biden. Assim, na sua última entrevista à revista Time, o presidente eleito dos EUA não excluiu a possibilidade de uma guerra com o Irão.

Por sua vez, o jornal norte-americano The Wall Street Journal, citando fontes informadas, noticiou que Donald Trump, após a tomada de posse, está a considerar a possibilidade de realizar ataques aéreos preventivos contra o Irão, a fim de impedir que a República Islâmica desenvolva armas nucleares

Drones em troca de tecnologia nuclear

O que esperar de uma cooperação mais estreita entre Teerão e Moscovo? É sabido que, no período que antecedeu a do Tratado, um conselheiro do líder supremo do Irão visitou secretamente a Rússia em várias ocasiões para pedir ajuda na implementação do programa nuclear. Não é segredo que o Irão foi duramente atingido recentemente pelas ações de Israel e pelo derrube do regime de Bashar al-Assad na Síria.

Ali Larijani, um conselheiro sénior do líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, deslocou-se várias vezes à Rússia para se encontrar com altos funcionários do Kremlin, numa tentativa de obter ajuda para implementar o programa nuclear e reforçar as defesas aéreas, refere o The Times. Teerão pretende reforçar a cooperação no domínio nuclear, sendo que a Rússia, até agora, apenas ajudou a assegurar o funcionamento das centrais nucleares, disseram ao jornal fontes dos serviços secretos ocidentais. “À medida que as suas relações estratégicas se aprofundam e a Rússia depende do fornecimento de mísseis e drones iranianos, receia-se que Moscovo esteja disponível para ultraar as linhas vermelhas que estabeleceu anteriormente em relação ao programa nuclear iraniano”, disse um funcionário dos serviços secretos ocidentais ao The Times.

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