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Dez anos depois, França recorda as vítimas do ataque ao Charlie Hebdo

Macron e Hidalgo lembram as vítimas dos ataques em Paris há dez anos.
Macron e Hidalgo lembram as vítimas dos ataques em Paris há dez anos. Direitos de autor Ludovic Marin/AP
Direitos de autor Ludovic Marin/AP
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Decorreram, esta terça-feira as cerimónias de homenagem às 12 vítimas do atentado jihadista contra as instalações do semanário satírico francês, a 7 de janeiro de 2015.

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Uma década após o ataque mortal que visou o jornal satírico Charlie Hebdo, França realizou, esta terça-feira, uma homenagem às 12 vítimas mortais do atentado, que ocorreu a 7 de janeiro de 2015.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Câmara Municipal de Paris, Anne Hidalgo, prestaram homenagens solenes no local do ataque à antiga sede do jornal, na rua Nicolas Appert, onde onze pessoas foram assassinadas.

A homenagem seguiu depois para a avenida Richard Lenoir, onde um agente da polícia foi morto pelos atacantes do Charlie Hebdo.

Um último tributo foi ainda prestado junto ao supermercado judeu Hypercacher, em Porte de Vincennes, onde quatro reféns foram também mortos dois dias depois.

Em declarações aos meios de comunicação social locais, o ministro responsável pela pasta do Interior, Bruno Retailleau, lembrou, a propósito desta data, os recentes ataques que ocorreram na Alemanha e em Nova Orleães, nos Estados Unidos, classificando-os como uma recordação sombria da razão pela qual França deve manter um “nível muito elevado de precaução”.

“No ano ado, os nossos serviços impediram nove ataques terroristas. Foi mais do que desde 2017. Isso significa que os nossos serviços, e a própria França, equipou-se significativamente para isso (para lutar contra o terrorismo), mas significa que a ameaça ainda existe", destacou o governante, considerando que é preciso enfrentá-la.

Em entrevista ao jornal Le Parisien, detalhou que "França pode voltar a ser atingida” pela ameaça terrorista. Destacou, nesse âmbito, o “Islão político”, que “ameaça as nossas instituições e a coesão nacional”.

O ministro mencionou especificamente o “islamismo da Irmandade Muçulmana”, contra o qual a polícia e os serviços secretos irão intensificar as suas investigações. Esta será “uma das principais prioridades nos próximos meses”, sublinhou Bruno Retailleau, porque “a batalha contra o totalitarismo islâmico está longe de estar ganha”.

Para o efeito, o ministro deu instruções aos autarcas e aos chefes da polícia e das forças militares. Segundo o Le Figaro, o ministro pede-lhes que mantenham “a máxima vigilância e que reforcem o dispositivo de segurança em todo o país para as grandes concentrações”, numa referência explícita aos últimos atentados de Magdeburgo, na Alemanha, e de Nova Orleães, nos Estados Unidos.

Defesa do laicismo

Retailleu defendeu ainda que devem ser tomadas medidas para defender o laicismo, citando as competições desportivas e os eios escolares. Na opinião do governante, “a lei de 2004 sobre os símbolos religiosos deve ser aplicada a estas atividades".

O ministro do Interior francês manifestou-se também contra o uso do véu islâmico, tendo pedido novas medidas legislativas: "O véu não é apenas um pedaço de pano: é uma bandeira do islamismo e um sinal da inferioridade das mulheres em relação aos homens”. Declarou-se igualmente hostil ao uso do véu na universidade e garantiu que não está a travar uma batalha contra a religião muçulmana: "O terreno fértil do terrorismo é o separatismo e o islamismo político” assinalou.

"O que está em causa”, afirmou, "são as conquistas do Ocidente, como a igualdade entre homens e mulheres, a liberdade de consciência e o nosso laicismo francês". O governante estabeleceu ainda uma ligação entre o islamismo galopante e a imigração.

O ataque ao Charlie Hebdo, que ocorreu como retaliação pelas caricaturas irreverentes que o jornal fazia do Profeta Maomé, desencadeou um aceso debate mundial sobre os limites da liberdade de expressão.

Dez anos depois, o Charlie Hebdo afirma que a sua investigação mostra que, embora a maioria dos ses ainda veja a caricatura como algo inserido na lista de direitos fundamentais, as gerações mais jovens criticam cada vez mais a sátira - que consideram como sendo divisiva ou insensível -, particularmente em relação às comunidades marginalizadas.

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