Os países do G7 estão prontos a apoiar o novo poder sírio, se a luta contra o Daesh se mantiver e os direitos humanos forem respeitados. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discutiu a situação na Síria com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.
PUBLICIDADEOs sírios participaram nas primeiras orações de sexta-feira desde a queda do regime do presidente Bashar al-Assad, há quase uma semana.
Num discurso em vídeo, o líder rebelde Ahmad al-Sharaa, antes conhecido pelo nome de guerra Abu Mohammed al-Jolani, chefe do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e principal figura do novo poder sírio, convidou as pessoas a celebrar pacificamente após as orações: “Convido-vos a irem para as praças mostrar a vossa felicidade sem disparar balas e assustar as pessoas. Depois trabalharemos para construir este país e, como eu disse no início, seairemos vitoriosos com a ajuda de Deus”, disse.
Os líderes dos países do G7 disseram numa declaração que estão prontos a apoiar um processo de transição política que garanta a proteção dos direitos humanos e das minorias religiosas e étnicas sírias.
Entretanto, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan encontrou-se com o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken na quinta-feira em Ancara, onde Blinken insistiu na importância de manter a luta contra o grupo Estado Islâmico: “Discutimos o imperativo de continuar os esforços para manter o Daesh afastado. Os nossos países trabalharam arduamente e deram muito durante muitos anos para garantir a eliminação do califado territorial do Daesh e para garantir que essa ameaça não volte a surgir. É imperativo que continuemos a manter esses esforços”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.
Procurando moderar a retórica e construir relações com o Ocidente, o governo interino da Síria comprometeu-se a defender o Estado de direito, acrescentando que respeita “a diversidade religiosa e cultural na Síria”. No entanto, as antigas ligações do grupo HTS à Al-Qaida não deixam de preocupar o Ocidente.