Segundo Ghassan Abu Sitta, cirurgião britânico-palestiniano que esteve no ativo em Gaza, “há muito trabalho que foi feito em termos de saúde mental e de stress pós-traumático”.
PUBLICIDADEAs crianças de Gaza que foram levadas para o Líbano para receber tratamento hospitalar, encontram-se agora envolvidas numa nova guerra, com graves consequências para a sua saúde mental e física.
Depois de Israel ter alargado a sua guerra na Faixa de Gaza a uma nova frente no Líbano, as famílias de Gaza deparam-se agora com uma destruição que lhes recorda o cenário que deixaram em casa.
Ghassan Abu Sitta, diretor da Fundação Ghassan Abu Sitta e cirurgião britânico-palestiniano que esteve no ativo em Gaza, facilitou a chegada de muitas dessas crianças.
“Tentámos mantê-los o mais próximo possível do hospital e protegê-los”, afirmou, acrescentando que “há muito trabalho que foi feito em termos de saúde mental e de stress pós-traumático”.
De acordo com Ghassan Abu Sitta, "tem sido duro pela sensação de que já aram por isto antes, mas também por não saberem se o tratamento vai continuar ou não”.
A Fundação Ghassan Abu Sitta deixou de trazer crianças palestinianas feridas para o Líbano, mas continua a tratar os doentes que já lá estavam, ao mesmo tempo que se dedica ao tratamento de mais crianças libanesas.
Desde outubro de 2023, mais de 1.200 crianças libanesas foram feridas na investida de Israel contra o Hezbollah.