O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, referiu, ainda, que a situação em torno da ajuda humanitária prestada por Israel aos civis em Gaza não está a um nível que os EUA considerem aceitável.
Os Estados Unidos acusaram Israel de “não fazer o suficiente” para responder às preocupações internacionais sobre os contínuos ataques em Gaza.
Durante uma conferência de imprensa em Washington DC, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que os EUA estão a realizar “análises próprias”, com base em informações que estão a recolher, independentes do governo de Israel.
“Vou deixar claro, como já dissemos antes, não estão a fazer o suficiente para nos dar as respostas que pedimos. Há questões importantes que todos vós colocam, que outros países colocaram, que acreditamos que Israel tem de responder publicamente”, explicou Miller.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA também sublinhou a posição norte-americana sobre o Líbano, afirmando que a campanha de Israel “não pode parecer-se com a campanha que conduziram em Gaza".
"Não queremos ver esse tipo de danos generalizados [no Líbano]”, acrescentou Miller.
Os mediadores internacionais deram início a um novo esforço para negociar o cessar-fogo no Líbano e em Gaza, com a visita de altos funcionários da Casa Branca a Israel, esta quinta-feira.
As discussões em torno de uma solução de dois Estados para a crise também começaram na Arábia Saudita, que está a acolher a primeira reunião de uma nova “aliança global” para pressionar o estabelecimento de um Estado palestiniano.
Forças de Defesa de Israel dizem precisar de mais soldados
Entretanto, o chefe militar de Telavive afirmou que as Forças de Defesa de Israel precisam de mais soldados, uma vez que a guerra se expande para diferentes frentes.
Durante uma visita à divisão norte do exército israelita, que está a operar em ataques terrestres no Líbano, o tenente-general Herzi Halevi afirmou que a expansão das forças de Israel exigiria que os homens judeus ultra-ortodoxos se alistassem no exército.
Na sequência de acordos de longa data, os homens ultra-ortodoxos estão isentos do recrutamento, que é obrigatório para a maioria judeus do sexo masculino e feminino, que cumprem dois ou três anos de serviço militar, bem como o serviço de reserva até cerca dos 40 anos de idade.