O evento é um precursor da cimeira das Nações Unidas para combater as alterações climáticas que acontece em novembro, no Azerbaijão.
PUBLICIDADEA cimeira sobre alterações climáticas COP29 deste ano está a ser preparada na capital do Azerbaijão, com governos, empresas e ativistas do clima a reunirem-se para preparar e abordar as questões da cimeira da ONU em novembro, depois de mais um verão e um outono a registarem recorde de ondas de calor e tempestades devastadoras.
O Azerbaijão está a insistir num novo objetivo de financiamento climático do anterior acordo de Paris, para que os países industrializados paguem mais.
“Para nós, esta é uma questão decisiva, porque sem financiamento, financiamento climático e novo financiamento, toda a arquitetura climática global pode não ser o que vemos hoje. Por isso, para nós, o financiamento é o que mantém o Acordo de Paris unido”, afirmou Elnur Soltanov, Diretor Executivo da COP29 e Vice-Ministro da Energia do Azerbaijão
A transição energética é outro aspeto fundamental da cimeira, que deverá suscitar um grande debate na COP29, com destaque para os objetivos em matéria de energias limpas. Mas as necessidades de petróleo e gás continuam a ser alvos urgentes para a Europa, na sua constante procura de fontes de energia.
O vice-ministro da Energia do Azerbaijão disse à Euronews que o seu país continua a fornecer energia à Europa e que a exploração e exportação de gás podem continuar, se tal for solicitado.
Um dos pontos centrais da cimeira desta semana é a forma como as empresas serão envolvidas na transição energética.
A cimeira foi organizada em conjunto com a Comissão Europeia, que alertou para o facto de a transição conduzir a uma mudança na procura de mão-de-obra: alguns trabalhadores serão procurados, como os engenheiros, enquanto outros poderão ser deixados para trás.
Os fundadores de uma start-up indiana afirmaram que o evento é uma forma de encontrar financiamento para a sua empresa que transforma resíduos metálicos noutros produtos para evitar a sua queima e a libertação de emissões de carbono.
“O networking é muito importante porque conhecemos várias pessoas ao mesmo tempo, e não só poupamos tempo, como também poupamos os nossos recursos indo aqui e ali. Conhecemos diversas pessoas que provêm de estratos interessantes da sociedade”, afirmou Hitesh Mehta, cofundador da Materialyz.
Entre os participantes no contavam-se trabalhadores da indústria dos combustíveis fósseis, como a British Petroleum e a companhia petrolífera estatal do Azerbaijão.
Os organizadores afirmaram que pretendiam trazer para a mesa um conjunto diversificado de pessoas.
“Se não tornarmos a ação climática compensadora e rentável, iremos provavelmente enfrentar muitas dificuldades no combate à crise climática”, afirmou Soltanov.
A Semana da Ação Climática de Baku termina na sexta-feira com um debate sobre a forma de preparar os jovens para o mercado de trabalho verde.