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Habitantes de Telavive e Beirute preparam-se para possíveis ataques

Habitante de Israel
Habitante de Israel Direitos de autor Vahid Salemi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Vahid Salemi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Euronews com AP, EBU
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Depois dos últimos acontecimentos, com Israel a matar o líder do Hamas no Irão, em Telavive as pessoas oscilam entre momentos de tranquilidade e preocupação de uma possível retaliação. Mas em Beirute, capital do Líbano, a tensão também espreita.

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Em Telavive, as pessoas preparam-se para um possível ataque do Irão contra Israel, contudo, a vida continua, os cafés fervilham de clientes e os chapéus-de-sol enterram-se na areia das praias apinhadas de gente.

O medo vem na sequência da promessa de vingança de Teerão após o assassinato do líder do Hamas, Ismael Haniyeh, na capital iraniana, a 31 de julho.

Foi através do líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, que Israel recebeu a primeira advertência de uma "dura punição". Também Masoud Pezeshkian, presidente recém-empossado, garantiu que o Irão vai defender a sua integridade territorial, dignidade, honra e orgulho.

Na capital de Israel, os habitantes e a cidade preparam-se para um eventual ataque e, por isso, nas ruas não é raro ver sinais a indicar abrigos públicos próximos. "Este abrigo público tem um sistema automático de abertura de portas, se a sirene tocar, puxe a porta para entrar", pode ler-se.

Sinal a indicar abrigo público próximo
Sinal a indicar abrigo público próximoEBU

As casas novas já são obrigadas a ter uma sala reforçada que protege contra rockets, mas nem todos a têm. "Eu não tenho essa sala, mas tenho um abrigo ao lado da casa. Se o alarme disparar, a Câmara abre o abrigo. Depois entramos e esperamos que parem as bombas", explica uma habitante da cidade.

Há quem já tenha pensado muito no assunto e faça planos no caso de um eventual ataque aéreo acontecer, mas também há quem viva na esperança de um cenário de paz.

"Vamos esperar que não aconteça nada, mas se acontecer, vamos para o abrigo antiaéreo, que fica aqui perto", partilha outro habitante de Telavive.

Em Nahariya, uma cidade costeira israelita, situada a apenas 6 quilómetros a sul do Líbano, a população descansa na praia e os surfistas apanham ondas.

Shauli Jan, residente na cidade, disse que o ambiente na zona estava "tenso", mas que a maior parte das pessoas continua a fazer a sua vida quotidiana, apesar das frequentes sirenes de raids aéreos.

Decidiu ir à praia como de costume. "Só queremos que tudo fique calmo", disse. "Preferimos ter um acordo político e não uma guerra."

Elad Karta, residente em Telavive e trabalhador do setor imobiliário, disse que a sua resposta à última ameaça iraniana foi ir à praia com a mulher e o filho. "Estamos nas férias de verão, por isso estamos a fazer isto por ele", disse.

Ele e a mulher tinham pensado em comprar mais gás de cozinha ou iluminação de emergência, mas acabaram por decidir não o fazer. "Não sentimos medo, mas sentimo-nos inseguros quanto ao que vai acontecer a seguir", confessa.

Homens jogam futevólei pela manhã numa praia em Telavive, Israel, terça-feira, 6 de agosto de 2024.
Homens jogam futevólei pela manhã numa praia em Telavive, Israel, terça-feira, 6 de agosto de 2024.Leo Correa/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

Sistemas antimíssil israelitas são considerados dos mais modernos do mundo

Os sistemas de defesa antimíssil de Israel são também outro mecanismo que ajuda a população e o país a acreditar que o pior pode ser evitado. Mas o antigo responsável pela defesa antimíssil de Israel, Arieh Herzog, avisa que nenhum sistema de armas é 100% fiável.

"A existência de mais do que um nível de defesa significa que temos mais oportunidades de os intercetar. Mas, de vez em quando, pode haver uma falha e a ameaça atingir o alvo, o que é muito perigoso", esclareceu.

Durante uma vaga de ataques iranianos contra o país, em abril de 2024, quase todos os mísseis foram intercetados.

Beirute: a cidade também continua na expetativa de um ataque

Também na capital do Líbano, a iminente ameaça de um conflito espreita nas ruas, apesar da aparente normalidade.

Uma repetição da guerra de 2006, entre Israel e o Hezbollah, depois do ataque aéreo israelita que matou o comandante Fouad Shukur e seis outras pessoas na semana ada, é já esperada.

As lojas estão abertas, o trânsito está mais congestionado do que nunca e as praias apinhadas.

Em Dahiyeh, o bairro onde as operações políticas e de segurança do Hezbollah se desenrolam, os residentes também continuam as suas rotinas. "Não sairei de Dahiyeh, aconteça o que acontecer", disse Khalil Nassar.

Tem 75 anos e ainda carrega bandeiras libanesas, palestinianas e do Hezbollah, numa demonstração de solidariedade. "Estão a tentar intimidar-nos."

Alguns residentes dizem que estão a mudar-se para outras zonas de Beirute.

As autoridades de ambos os lados ainda não emitiram quaisquer ordens de evacuação ou de preparação, apesar de vários países terem emitido avisos de viagem e de muitas companhias aéreas terem suspendido as suas operações.

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