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Bósnia-Herzegovina: marcha em memória do massacre de Srebrenica junta 6.000 pessoas

Milhares recordam massacre de Srebrenica
Milhares recordam massacre de Srebrenica Direitos de autor EBU
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Homens, mulheres e crianças caminharam durante 3 dias para chegar a Potocari. Ao todo seis mil pessoas juntaram-se nesta marcha paciífica em memória do massacre de Srebrenica.

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Após três dias de caminhada, cerca de 6000 pessoas chegaram a Potocari, na Bósnia-Herzegovina, cidade onde se encontra o Memorial de Srebrenica. O mesmo caminho que muitos bósnios fizeram para fugir da guerra, em 1995.

No percurso, em busca da paz, perderam-se muitas vidas. Os sobreviventes fazem questão de, todos os anos, participar nesta iniciativa. Entre eles encontram-se filhos de combatentes e civis de Srebrenica, que entram de braço dado, tal como os seus pais fizeram há 29 anos.

O silêncio, em Potocari, é quebrado apenas pelas lágrimas daqueles que recordam os seus familiares.

"Dedico esta Marcha ao meu irmão que faleceu recentemente. Ele ou por esse caminho, sobreviveu e chegou à liberdade", afirmou uma das participantes.

A 11 de julho de 1995, o enclave de Srebrenica caiu nas mãos das forças sérvias da Bósnia lideradas pelo general Ratko Mladić.

Foi o início do maior massacre de civis desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Mas de 8 mil homens e adolescentes muçulmanos bósnios foram presos e executados antes de serem enterrados em valas comuns.

Os participantes seguravam faixas onde se lia "Solidariedade - Nunca esqueceremos o genocídio de Srebrenica" e também "Declare! Declare! Declare! Declare! Esta mensagem dirigia-se às autoridades sérvias, que se recusam a falar de "genocídio", alegando que este termo estigmatiza o povo sérvio no seu conjunto.

Homenagem em Belgrado

Ao mesmo tempo, na capital sérvia, dezenas de ativistas dos direitos humanos comemoravam o aniversário do massacre.

Belgrado também se recusa a instituir um dia internacional para lembrar as vítimas do genocídio.

Em maio, a Alemanha e o Ruanda apresentaram na ONU uma proposta para estabelecimento de um dia anual para assinalar o genocídio de 1995.

Os sobreviventes e os familiares das vítimas congratularam-se com a decisão da ONU de tornar o dia 11 de julho um dia de comemoração. Os sérvios consideraram que esta escolha iria complicar ainda mais as tentativas de reconciliação entre as várias minorias que constituem a Bósnia-Herzegovina.

Este ano, a marcha foi particularmente exigente devido ao calor intenso e ao terreno acidentado. De acordo com a organização, das cerca de 6.000 pessoas , 250 eram crianças. Infelizmente, um participante faleceu.

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