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Meloni reage aos resultados das eleições em França: "Ninguém pode cantar vitória"

Giorgia Meloni
Giorgia Meloni Direitos de autor Roberto Monaldo/LaPresse
Direitos de autor Roberto Monaldo/LaPresse
De Giorgia Orlandi
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Italianos acreditam que há lições a tirar dos resultados das legislativas antecipadas em França.

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"O resultado eleitoral francês mostra que os partidos de direita podem ser derrotados". Estas foram as palavras de Elly Schlein, a líder do Partido Democrático, a principal força da oposição em Itália. Foi uma das poucas entre os principais líderes políticos italianos a congratular-se com o resultado das eleições sas.

Os representantes dos partidos centristas italianos avisaram, em sentido oposto, que o preço a pagar pelo bloqueio do bloco de extrema-direita é a dificuldade em formar um governo.

Na frente da direita, tal como aconteceu após a primeira volta das eleições, o líder do partido Liga, Matteo Salvini, foi dos primeiros a reagir, afirmando que a mobilização de Macron não vai funcionar, pois falta uma maioria sólida.

Já a primeira-ministra italiana defende que nenhum dos blocos se pode declarar vencedor.

"Penso que interpretar os resultados como uma derrota para o Rassemblement National é um pouco simplista porque, se quisermos olhar para o que aconteceu em França, a verdade é que ninguém pode cantar vitória", disse Meloni, reagindo já esta terça-feira aos resultados das eleições sas em Washington, onde se encontra para a cimeira da NATO. "Houve três coligações, nenhuma das três prevaleceu, nenhuma das três é capaz de governar sozinha", acrescentou.

"Veremos a formação do governo, que não será fácil. Posso dizer por experiência própria que é mais fácil governar quando se está unido porque se partilham ideias do que quando se está unido porque se partilha um inimigo", continuou a primeira-ministra italiana. "Quanto a nós, estávamos habituados a uma época em que a Itália era uma nação instável numa Europa que tinha, especialmente entre as grandes nações, governos muito sólidos. Hoje, vemos uma realidade muito diferente. Vemos a Itália com um governo muito sólido, enquanto os governos europeus são menos estáveis do que o nosso", observou Meloni.

Tendo em conta os últimos acontecimentos e o facto de, no mesmo dia, tanto Le Pen como Salvini se terem juntado ao novo grupo político de Orbán no Parlamento Europeu, Nicoletta Pirozzi, responsável pelo Programa da UE no Instituto de Assuntos Internacionais, considera que há razões para o Meloni se congratular com o resultado das eleições sas.

"A derrota de Le Pen não é necessariamente má para Meloni", diz Pirozzi. "Meloni pode representar um lado mais cooperativo do bloco de direita, que pode chegar a um acordo com a nova Comissão liderada por Ursula von der Leyen", acrescenta a especialista.

Segundo Pirozzi, o que aconteceu em Itália não pode ser reproduzido em França. Em primeiro lugar, porque os partidos da oposição italiana não conseguiram formar uma frente unida contra o bloco de direita e, em segundo lugar, porque a votação na UE demonstrou que o apoio a Meloni ainda é muito forte.

De um modo geral, os italianos têm sentimentos mistos em relação aos resultados, e isso não se aplica apenas à classe política. Segundo algumas das pessoas que encontrámos nas ruas de Roma, há lições a tirar em Itália do que aconteceu em França.

"É bom ver que, em França, as gerações jovens se mobilizaram e foram votar para mudar a situação política", diz um jovem na casa dos 20 anos, acrescentando que "seria ótimo fazer o mesmo aqui em Itália e encorajar tanto os jovens como os idosos a irem votar".

Enquanto a coligação de esquerda sa se esforça por encontrar um compromisso, a crise de liderança de Emmanuel Macron, agora evidente, terá consequências tanto na Europa como em Itália.

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