Com o parlamento dividido em três blocos distintos - esquerda, aliança centrista e extrema-direita - nenhuma figura se perfila, por agora, para o cargo de primeiro-ministro.
As eleições legislativas em França deixaram o parlamento dividido em três blocos distintos - esquerda, aliança presidencial centrista e extrema-direita - e numa situação de grande indefinição.
Embora a coligação de esquerda, a Nova Frente Popular, tenha ficado em primeiro lugar com 182 lugares, não dispõe de maioria absoluta.
Significa isto que, para já, nenhuma figura se perfila como primeiro-ministro. A sociedade está fortemente polarizada, mas já há quem encontre pontos de o para uma futura governação.
"Há formas de governar em conjunto. Porque, de facto, no campo presidencial, há muitas pessoas que vêm, digamos, da velha esquerda, da esquerda socialista, de uma esquerda mais tradicional", diz um eleitor.
Por outro lado, Sylvain Maillard, antigo presidente do partido Renaissance (Renascimento), de Macron, na Assembleia Nacional, que foi reeleito na coligação centrista Ensemble, sugere que serão necessárias "várias semanas" para formar uma maioria.
"Vai ser preciso tempo para termos uma base programática. Não faz parte da cultura sa ter de construir coligações e alianças, por isso vai demorar um pouco mais.", nota Maillard.
"Mas quando olho para os nossos parceiros europeus, são necessárias várias semanas, pelo que provavelmente vamos ter várias semanas de discussões", concluiu.