Na primeira cimeira com Mark Rutte à frente da aliança, a situação da Ucrânia vai voltar a estar em cima da mesa.
Washington prepara-se para receber a 75ª cimeira da NATO. Os líderes dos 32 Estados-membros desta aliança militar vão reunir-se na capital norte-americana entre esta terça e quinta-feira.
A invasão da Ucrânia pela Rússia e a manutenção do apoio militar a este país deverão estar no topo da agenda. Os Estados Unidos prometeram responder as necessidades da Ucrânia e do presidente Volodymyr Zelensky, que vai estar presente na reunião anual da NATO.
A Ucrânia é candidata a juntar-se à aliança. Mas até agora o país recebeu apenas promessas de adesão, sem qualquer convite formal.
Os estados-membros também vão discutir a situação na Faixa de Gaza, mas com menos destaque. A situação no Médio Oriente não é vista como uma ameaça de segurança para o bloco.
75 anos de aliança
O Tratado do Atlântico Norte foi inicialmente assinado por 12 países a 4 de abril de 1949. O objetivo era manter uma aliança militar para assegurar uma defesa coletiva dos países ocidentais face ao bloco de leste, liderado pela União Soviética e defendido pelo Pacto de Varsóvia.
Agora, 75 anos depois, a Guerra Fria já ou. Mas, com a invasão da Ucrânia, a atenção volta a centrar-se nas fronteiras entre entre a Rússia e os seus vizinhos europeus.
Este aniversário é também marcado por muitas incertezas, sobretudo face às eleições nos Estados Unidos. O candidato Donald Trump tem-se mostrado indiferente à aliança militar.
Esta vai ser a primeira cimeira em que Mark Rutte é o anfitrião. O antigo primeiro-ministro neerlandês foi eleito secretário-geral em junho, depois de ter conseguido convencer as resistências do Governo da Roménia.
Rutte substitui o antigo primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, que esteve no cargo desde 2014.