Biden deu a sua primeira entrevista televisiva à ABC na qual se defendeu das acusações sobre a sua saúde e idade que surgiram no debate da CNN contra Trump.
O presidente dos EUA atribuiu o seu desempenho desastroso no debate presidencial da semana ada a um "episódio mau". Biden deu mais pormenores sobre a forma como se sentia na altura do debate, argumentando que estava fatigado por doença - uma constipação, disse -, por viagens e que até tinha feito um teste à COVID-19.
Na sua conversa com George Stephanopoulos da 'ABC', Joe Biden proferiu palavras contra Trump acusando-o de ser "um mentiroso compulsivo". E comentou que ele mentiu 28 vezes durante o debate.
Questionado sobre a possibilidade de abandonar a corrida à presidência dos EUA, Biden foi muito claro e conciso: "Sou a pessoa mais qualificada para estar aqui e sei como fazer as coisas.
"Quem é que vai conseguir manter a NATO unida como eu consigo? Quem é que vai conseguir manter a orla do Pacífico numa posição em que, pelo menos, controlamos a presença da China? Quem é que vai fazer isso? Quem é que tem esse alcance?", questionou o presidente referindo-se à sua política externa e à tomada de decisões.
"Só Deus pode tirar-me da corrida presidencial"
Joe Biden foi questionado sobre a reportagem do Washington Post sobre Mark Warner e a sua tentativa de o convencer a demitir-se, ao que o presidente respondeu que o respeita, mas que tem um ponto de vista diferente.
E acrescentou que os seus colegas mais próximos não o encorajaram a continuar e que excluiu a possibilidade de se retirar da corrida presidencial.
Este não foi o único apelo para que Biden desistisse da corrida presidencial, até o "New York Times" fez um apelo público a Biden.
O presidente encerrou a questão deixando claro que só Deus o poderia tirar da corrida presidencial nesta altura, "e isso não vai acontecer".