{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/06/11/presidente-da-franca-em-risco-de-perder-influencia-ao-nivel-da-ue" }, "headline": "Presidente da Fran\u00e7a em risco de perder influ\u00eancia ao n\u00edvel da UE", "description": "A delicada situa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica do presidente franc\u00eas, Emmanuel Macron, poder\u00e1 limitar a sua influ\u00eancia na elei\u00e7\u00e3o de novos altos funcion\u00e1rios para as institui\u00e7\u00f5es da Uni\u00e3o Europeia (UE).", "articleBody": "A decis\u00e3o do presidente franc\u00eas de dissolver a Assembleia Nacional foi uma esp\u00e9cie de terramoto pol\u00edtico que fez tremer o c\u00edrculo institucional da UE, em Bruxelas. A decis\u00e3o do l\u00edder de um dos mais influentes Estados-membros criou incerteza no processo institucional da Uni\u00e3o. De acordo com os resultados provis\u00f3rios das elei\u00e7\u00f5es europeias, realizadas no ado dia 9 de junho, o partido de Emmanuel Macron, Renascimento, somou 15,2% dos votos face aos 31,5% obtidos pelo partido Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen. Macron marcou elei\u00e7\u00f5es para 30 de junho (segunda volta a 7 de julho) e, no caso de mudar a maioria pol\u00edtica no parlamento e no governo, o pa\u00eds poder\u00e1 entrar na chamada \u0022coabita\u00e7\u00e3o\u0022.Mas o presidente tem, ao mesmo tempo, papel crucial na escolha de l\u00edderes para a Comiss\u00e3o e Conselho europeus.\u0022Recordemos o discurso que fez na Universidade Sorbonne, em abril, quando se mostrou muito ambicioso. Ele apelou a a\u00e7\u00f5es ambiciosas para a Uni\u00e3o Europeia\u201d, diz Eric Maurice, analista do Centro de Pol\u00edtica Europeia.Se a situa\u00e7\u00e3o mudar, sua capacidade de influ\u00eancia tamb\u00e9m poder\u00e1 mudar: \u0022Talvez esteja menos em posi\u00e7\u00e3o de impor esta agenda aos seus parceiros europeus, menos em posi\u00e7\u00e3o de apontar a dire\u00e7\u00e3o a seguir pela Uni\u00e3o Europeia e a sua influ\u00eancia na nomea\u00e7\u00e3o da presid\u00eancia da Comiss\u00e3o e da presid\u00eancia do Conselho Europeu\u0022, afirmou Maurice.Adeus ao l\u00edder Macron?Emmanuel Macron foi quem sugeriu que Ursula von der Leyen liderasse o executivo europeu, ap\u00f3s as elei\u00e7\u00f5es de 2019.O comiss\u00e1rio franc\u00eas THiery Breton ficou com a pasta importante do Mercado Interno e, mais tarde, seria a sa Christine Lagarde a ser escolhida para presider ao Banco Central Europeu. Mas se o pr\u00f3ximo parlamento e governo ses forem de outra cor pol\u00edtica, o presidente Macron perder\u00e1 influ\u00eancia em muitas pol\u00edticas a n\u00edvel europeu, diz Sophia Russack, analista do CEPS.\u0022Poderia tornar as coisas mais dif\u00edceis para o n\u00edvel europeu se, digamos, Macron tiver como primeiro-ministro Jordan Bardella (do Reagrupamento Nacional). Tal poderia prejudicar o seu papel a n\u00edvel europeu porque estaria condicionado a n\u00edvel interno\u0022, explicou a analista.A cimeira infomal da UE, a 17 de junho, d\u00e1 o pontap\u00e9 de sa\u00edda para negocia\u00e7\u00f5es sobre os futuros cargos de topo nas institui\u00e7oes europeias. A Alemanha, a Fran\u00e7a, a It\u00e1lia e a Espanha s\u00e3o as maiores economias e tendem a ter mais peso nas decis\u00f5es, mas o contexto poder\u00e1 ter mudado.\u201cO dois l\u00edderes supostamente mais importantes - Olaf Scholz (chanceler da Alemanha) e Emmanuel Macron - sa\u00edram destas elei\u00e7\u00f5es enfraquecidos. Portanto, isto poderia dar um pouco mais de espa\u00e7o aos l\u00edderes de outros grandes pa\u00edses, como Pol\u00f3nia, It\u00e1lia e Espanha\u0022, afirmou Sophia Russack. Resta saber qual ser\u00e1 o papel de Donald Tusk (Pol\u00f3nia), Giorgia Meloni (It\u00e1llia) e Pedro S\u00e1nchez (Espanha).", "dateCreated": "2024-06-11T11:06:38+02:00", "dateModified": "2024-06-11T19:55:39+02:00", "datePublished": "2024-06-11T19:55:39+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F49%2F41%2F08%2F1440x810_cmsv2_f35e22a7-8053-5c24-b26b-c2619bde95f1-8494108.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "O presidente franc\u00eas, Emmanuel Macron, fez recentemente um longo discurso com a sua vis\u00e3o para a UE", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F49%2F41%2F08%2F432x243_cmsv2_f35e22a7-8053-5c24-b26b-c2619bde95f1-8494108.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Sanchez Alonso", "givenName": "Aida", "name": "Aida Sanchez Alonso", "url": "/perfis/1940", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@AidaSanchezA", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue espagnole" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Presidente da França em risco de perder influência ao nível da UE

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez recentemente um longo discurso com a sua visão para a UE
O presidente francês, Emmanuel Macron, fez recentemente um longo discurso com a sua visão para a UE Direitos de autor European Union
Direitos de autor European Union
De Aida Sanchez Alonso
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A delicada situação política do presidente francês, Emmanuel Macron, poderá limitar a sua influência na eleição de novos altos funcionários para as instituições da União Europeia (UE).

PUBLICIDADE

A decisão do presidente francês de dissolver a Assembleia Nacional foi uma espécie de terramoto político que fez tremer o círculo institucional da UE, em Bruxelas. A decisão do líder de um dos mais influentes Estados-membros criou incerteza no processo institucional da União.

De acordo com os resultados provisórios das eleições europeias, realizadas no ado dia 9 de junho, o partido de Emmanuel Macron, Renascimento, somou 15,2% dos votos face aos 31,5% obtidos pelo partido Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen.

Macron marcou eleições para 30 de junho (segunda volta a 7 de julho) e, no caso de mudar a maioria política no parlamento e no governo, o país poderá entrar na chamada "coabitação".

Mas o presidente tem, ao mesmo tempo, papel crucial na escolha de líderes para a Comissão e Conselho europeus.

"Recordemos o discurso que fez na Universidade Sorbonne, em abril, quando se mostrou muito ambicioso. Ele apelou a ações ambiciosas para a União Europeia”, diz Eric Maurice, analista do Centro de Política Europeia.

Se a situação mudar, sua capacidade de influência também poderá mudar: "Talvez esteja menos em posição de impor esta agenda aos seus parceiros europeus, menos em posição de apontar a direção a seguir pela União Europeia e a sua influência na nomeação da presidência da Comissão e da presidência do Conselho Europeu", afirmou Maurice.

Poderia tornar as coisas mais difíceis para o nível europeu se, digamos, Macron tiver como primeiro-ministro Jordan Bardella (do Reagrupamento Nacional). Tal poderia prejudicar o seu papel a nível europeu porque estaria condicionado a nível interno.
Sophia Russack
Analista, CEPS

Adeus ao líder Macron?

Emmanuel Macron foi quem sugeriu que Ursula von der Leyen liderasse o executivo europeu, após as eleições de 2019.

O comissário francês THiery Breton ficou com a pasta importante do Mercado Interno e, mais tarde, seria a sa Christine Lagarde a ser escolhida para presider ao Banco Central Europeu.

Mas se o próximo parlamento e governo ses forem de outra cor política, o presidente Macron perderá influência em muitas políticas a nível europeu, diz Sophia Russack, analista do CEPS.

"Poderia tornar as coisas mais difíceis para o nível europeu se, digamos, Macron tiver como primeiro-ministro Jordan Bardella (do Reagrupamento Nacional). Tal poderia prejudicar o seu papel a nível europeu porque estaria condicionado a nível interno", explicou a analista.

A cimeira infomal da UE, a 17 de junho, dá o pontapé de saída para negociações sobre os futuros cargos de topo nas instituiçoes europeias. A Alemanha, a França, a Itália e a Espanha são as maiores economias e tendem a ter mais peso nas decisões, mas o contexto poderá ter mudado.

“O dois líderes supostamente mais importantes - Olaf Scholz (chanceler da Alemanha) e Emmanuel Macron - saíram destas eleições enfraquecidos. Portanto, isto poderia dar um pouco mais de espaço aos líderes de outros grandes países, como Polónia, Itália e Espanha", afirmou Sophia Russack.

Resta saber qual será o papel de Donald Tusk (Polónia), Giorgia Meloni (Itállia) e Pedro Sánchez (Espanha).

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Aumentam preocupações com as propostas económicas dos partidos antes das eleições sas

Jogada arriscada ou estratégia calculada? O que dizem os analistas da decisão de Macron

França: extrema-direita de Le Pen consegue vitória histórica, Macron anuncia eleições antecipadas