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Netanyahu reconhece que morte de civis em ataque israelita a Rafah foi um "incidente trágico"

Médicos palestinianos transferem os corpos para a morgue do hospital Al Aqsa em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, a 26 de maio de 2024.
Médicos palestinianos transferem os corpos para a morgue do hospital Al Aqsa em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, a 26 de maio de 2024. Direitos de autor Jehad Alshrafi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Jehad Alshrafi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Euronews com AP
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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reconheceu que foi cometido um "incidente trágico", depois de um ataque israelita ter provocado a morte de dezenas de pessoas na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

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Num discurso proferido perante o parlamento israelita esta segunda-feira, Netanyahu afirmou que Israel estava a investigar o ataque à cidade de Rafah na noite anterior, classificando-o como um "incidente trágico". 

"Apesar dos nossos maiores esforços para não ferir civis inocentes, ontem à noite houve um incidente trágico. Estamos a investigar o incidente e chegaremos a uma conclusão, porque é essa a nossa política".

Ainda assim, o chefe do governo israelita deixou claro que não vai recuar na ofensiva lançada contra Rafah.

Aqueles que dizem que não estão preparados para enfrentar a pressão levantam a bandeira da derrota; eu não levantarei essa bandeira, continuarei a lutar até que a bandeira da vitória seja levantada.
Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel

"Não tenciono acabar a guerra antes de todos os objetivos terem sido alcançados. Se cedermos, o massacre voltará. Se cedermos, daremos uma grande vitória ao terror, ao Irão", afirmou o primeiro-ministro de Israel.

Netanyahu negou ainda que ele e os seus aliados de coligação estejam a evitar chegar a um acordo para pôr termo aos combates e trazer os prisioneiros israelitas para casa.

"Rejeito totalmente a ideia de que não estou a dar à equipa de negociação o mandato que esta solicitou", declarou.

"Estas fugas de informação mentirosas que repetem a afirmação de que somos o obstáculo [a um acordo] são mentiras que não só prejudicam as famílias [dos reféns], como, muito pior, afastam ainda mais a liberdade [dos reféns] e prejudicam as conversações".

Israel voltou a receber críticas pelos ataques que, segundo as autoridades locais, mataram pelo menos 45 palestinianos, incluindo pessoas deslocadas que viviam em tendas e que foram engolidas pelo fogo. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, cerca de metade dos mortos eram mulheres, crianças e idosos.

"Estas operações têm de parar. Não existem zonas seguras em Rafah para os civis palestinianos. Apelo ao pleno respeito pelo direito internacional e a um cessar-fogo imediato", escreveu o presidente Emmanuel Macron na rede social X.

O ministro italiano da Defesa, Guido Crosetto, afirmou que bombardeamentos como o de Rafah terão repercussões duradouras para Israel.

"Israel, com esta escolha, está a espalhar o ódio, a enraizar o ódio que envolverá os seus filhos e netos. Teria preferido outra decisão", disse Crosetto ao canal de notícias SKY TG24 de Itália.

O Qatar, um dos principais mediadores entre Israel e o Hamas na tentativa de garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, salientou que os ataques poderão "complicar" as negociações. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egipto descreveu o ataque a Tel al-Sultan como uma "nova e flagrante violação das regras do direito internacional humanitário". O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, por sua vez, falou mesmo em "crime de guerra".

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