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ONU avisa que sistema de saúde de Gaza "está de rastos" e suspende entregas de ajuda em Rafah

Faixa de Gaza
Faixa de Gaza Direitos de autor Captura de vídeo de AP
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Crise humanitária agrava-se na Faixa de Gaza desde que Israel começou incursão terrestre em Rafah.

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Dos 36 hospitais na Faixa de Gaza, apenas 12 estão parcialmente funcionais. Um número reduzido para as necessidades de milhares de palestinianos feridos na guerra, que precisam de assistência e de cuidados que o sistema de saúde de Gaza já não consegue prestar.

O aviso foi feito por Yasmina Guerda, do Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, que diz mesmo que o sistema de saúde de Gaza está "de rastos".

"Muitos [palestinianos] perderam os membros, têm lesões cerebrais traumáticas, e milhares perderam a audição devido às explosões constantes. Milhares de pessoas também estão à espera para serem retiradas de Gaza porque precisam de outros níveis de cuidado que não conseguem ter aqui, porque o sistema de saúde está de rastos", frisou Guerda. "Tem havido ataques constantes a estabelecimentos de saúde, hospitais em particular, numa violação direta da lei humanitária internacional", disse ainda a funcionária da ONU.

Os ataques israelitas em Rafah estão a tornar a situação ainda mais complicada: o campo de Muwasi foi designado por Israel como zona segura mas, nas últimas semanas, com a ofensiva a expandir-se a sul, ficou sobrelotado. Entre as tendas, amontoam-se pilhas de lixo ao sol que estão a causar doenças entre os residentes, cerca de 450 mil palestinianos deslocados.

ONU suspende entrega de ajuda em Rafah

Já no que diz respeito à entrega de ajuda humanitária, as Nações Unidas suspenderam a distribuição de alimentos na cidade de Rafah devido à falta de abastecimento mas também por causa da segurança, avança a AP. Segundo a ONU, nenhum camião entrou em Rafah nos últimos dois dias com ajuda entregue através do cais construído pelos EUA para receber mantimentos e equipamentos por via marítima. As Nações Unidas avisam mesmo que o projeto pode falhar a não ser que Israel assegure condições para que os grupos humanitários possam operar livremente na área.

Centenas de milhares de pessoas continuam em Rafah apesar de as forças israelitas terem intensificado os ataques, mas as agências de ajuda humanitária dizem que as entregas de comida foram reduzidas a quase nada.

Uma porta-voz do Programa Alimentar Mundial avisou mesmo que as operações humanitárias em Gaza estão perto do colapso e que se a ajuda não começar a entrar em quantidades "maciças" a fome será uma realidade.

A principal agência da ONU para os refugiados palestinianos, a UNRWA, anunciou a suspensão da distribuição de ajuda em Rafah numa publicação no X, referindo apenas a falta de abastecimento. Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, disse à AP que o centro de distribuição da UNRWA e os armazéns do Programa Alimentar Mundial estavam "iníveis devido a operações militares em curso". 

A porta-voz do Programa Alimentar Mundial, Abeer Etefa, revelou também que as entregas de alimentos em Rafah foram suspensas por se terem esgotado os produtos armazenados e que estão a ser procuradas rotas alternativas de distribuição em Gaza, mediante avaliação das necessidades logísticas e de segurança.

As tropas israelitas controlam agora o lado palestiniano da agem de Rafah, na fronteira com o Egito, que tem estado encerrada desde então. A entrada de camiões com ajuda por Kerem Shalom, que fica naquela região, também diminuiu consideravalmente porque os combates dificultam as movimentações dos trabalhadores humanitários, denuncia a ONU.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre combatentes e civis, já morreram mais de 35 mil palestinianos desde que começou a guerra em Gaza, depois do ataque do Hamas em Israel a 7 de outubro.

Cerca de 80% da população da Faixa de Gaza foi deslocada dentro do território devido ao conflito.

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