{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/04/17/grecia-greves-contra-desemprego-e-baixos-salarios" }, "headline": "Gr\u00e9cia: greves contra desemprego e baixos sal\u00e1rios", "description": "Greves convocadas pelo maior sindicato grego pararam ferries e deixaram hospitais publicos a funcionar apenas com pessoal de emerg\u00eancia em Atenas e noutros locais. Manifestantes protestam contra os baixos sal\u00e1rios e o desemprego, que atingiu o n\u00edvel mais alto desde agosto de 2023.", "articleBody": "As greves convocadas pelo maior sindicato grego esta quarta-feira pararam os ferries e deixaram alguns hospitais estatais a funcionar apenas com pessoal de emerg\u00eancia em Atenas e noutros locais. A Confedera\u00e7\u00e3o Geral do Trabalho Grego (GSEE) liderou as paralisa\u00e7\u00f5es para exigir a restaura\u00e7\u00e3o dos direitos de negocia\u00e7\u00e3o coletiva, que foram cortados h\u00e1 mais de uma d\u00e9cada durante a grave crise financeira. Um dos maiores protestos aconteceu em frente ao parlamento do pa\u00eds, na capital.\u00a0 A taxa de desemprego na Gr\u00e9cia subiu para 11% em fevereiro de 2024 , alcan\u00e7ando o n\u00edvel mais elevado desde agosto de 2023 ,\u00a0de acordo com o Eurostat, gabinete de estat\u00edsticas da Uni\u00e3o Europeia, e ultraando o valor revisto em janeiro de 10,6%. O desemprego atingiu um n\u00edvel recorde de mais de 27% em 2013 e at\u00e9 foi diminuindo nos anos seguintes, sendo a quest\u00e3o que mais preocupa os gregos, a seguir aos pre\u00e7os elevados.\u00a0 Pre\u00e7os altos, sal\u00e1rios baixos Nas ruas, multiplicam-se aos queixas devido ao aumento do custo de vida e aos baixos sal\u00e1rios. \u0022 Trabalho seis horas por dia, seis dias por semana. Sou considerada empregada a tempo parcial e recebo o sal\u00e1rio m\u00ednimo. O meu sal\u00e1rio \u00e9 de 605 euros l\u00edquidos por m\u00eas.\u0022, lamenta Nancy Rizou, funcion\u00e1ria de uma loja de jogos.\u00a0 Stelios Daskas, pai de dois filhos pequenos, trabalha como agente de seguran\u00e7a h\u00e1 20 anos. Levou o seu empregador a tribunal para obrig\u00e1-lo a pagar a remunera\u00e7\u00e3o extra exigida por lei por trabalhar mais horas e noites. \u0022Atualmente, ganho 850 euros por m\u00eas , ap\u00f3s uma longa batalha judicial em que n\u00e3o obtive ganho de causa\u0022, afirma. \u0022Para fazer face \u00e0s despesas, ou somos obrigados a arranjar um segundo emprego ou temos de \u0022apertar o cinto\u0022, mas at\u00e9 que ponto se pode fazer isso? Que mais h\u00e1 para cortar? Privamo-nos de coisas dos nossos filhos ou de n\u00f3s pr\u00f3prios\u0022 .\u00a0 Uma das mais pesadas heran\u00e7as da crise da d\u00edvida na Gr\u00e9cia \u00e9 a suspens\u00e3o das conven\u00e7\u00f5es coletivas de trabalho. Apesar da recupera\u00e7\u00e3o do pa\u00eds, muito poucas entraram em vigor, com exce\u00e7\u00e3o do setor do turismo. Sindicatos exigem contrata\u00e7\u00e3o coletiva Os sindicatos explicam que, atrav\u00e9s dos acordos de negocia\u00e7\u00e3o coletiva, os trabalhadores e os empregados podem pedir melhores sal\u00e1rios e condi\u00e7\u00f5es de trabalho. \u0022Na Uni\u00e3o Europeia, 27, 86% da popula\u00e7\u00e3o ativa est\u00e1 abrangida por um acordo de negocia\u00e7\u00e3o colectiva, na Gr\u00e9cia esse n\u00famero \u00e9 de apenas 24% dos trabalhadores do setor privado\u0022 , refere\u00a0Dimitris Tachmatzidis, vice-presidente do GSEE As m\u00e1s condi\u00e7\u00f5es de trabalho mant\u00eam uma grande parte da popula\u00e7\u00e3o ativa da Gr\u00e9cia fora do mercado de trabalho.\u00a0 Alguns analistas projetam que, perante este quadro, o desemprego vai manter-se nos 10% durante mais uma d\u00e9cada. ", "dateCreated": "2024-04-17T15:53:53+02:00", "dateModified": "2024-04-17T18:48:58+02:00", "datePublished": "2024-04-17T18:48:55+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F37%2F97%2F06%2F1440x810_cmsv2_5a12304b-0708-5653-bba0-a08c4b37f0d7-8379706.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Protesto na Gr\u00e9cia contra os baixos sal\u00e1rios", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F37%2F97%2F06%2F432x243_cmsv2_5a12304b-0708-5653-bba0-a08c4b37f0d7-8379706.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Grécia: greves contra desemprego e baixos salários

Protesto na Grécia contra os baixos salários
Protesto na Grécia contra os baixos salários Direitos de autor Thanassis Stavrakis/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Thanassis Stavrakis/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Greves convocadas pelo maior sindicato grego pararam ferries e deixaram hospitais publicos a funcionar apenas com pessoal de emergência em Atenas e noutros locais. Manifestantes protestam contra os baixos salários e o desemprego, que atingiu o nível mais alto desde agosto de 2023.

PUBLICIDADE

As greves convocadas pelo maior sindicato grego esta quarta-feira pararam os ferries e deixaram alguns hospitais estatais a funcionar apenas com pessoal de emergência em Atenas e noutros locais.

A Confederação Geral do Trabalho Grego (GSEE) liderou as paralisações para exigir a restauração dos direitos de negociação coletiva, que foram cortados há mais de uma década durante a grave crise financeira.

Um dos maiores protestos aconteceu em frente ao parlamento do país, na capital. 

A taxa de desemprego na Grécia subiu para 11% em fevereiro de 2024, alcançando o nível mais elevado desde agosto de 2023, de acordo com o Eurostat, gabinete de estatísticas da União Europeia, e ultraando o valor revisto em janeiro de 10,6%.

O desemprego atingiu um nível recorde de mais de 27% em 2013 e até foi diminuindo nos anos seguintes, sendo a questão que mais preocupa os gregos, a seguir aos preços elevados. 

Preços altos, salários baixos

Nas ruas, multiplicam-se aos queixas devido ao aumento do custo de vida e aos baixos salários.

"Trabalho seis horas por dia, seis dias por semana. Sou considerada empregada a tempo parcial e recebo o salário mínimo. O meu salário é de 605 euros líquidos por mês.", lamenta Nancy Rizou, funcionária de uma loja de jogos. 

Stelios Daskas, pai de dois filhos pequenos, trabalha como agente de segurança há 20 anos. Levou o seu empregador a tribunal para obrigá-lo a pagar a remuneração extra exigida por lei por trabalhar mais horas e noites.

"Atualmente, ganho 850 euros por mês, após uma longa batalha judicial em que não obtive ganho de causa", afirma.

"Para fazer face às despesas, ou somos obrigados a arranjar um segundo emprego ou temos de "apertar o cinto", mas até que ponto se pode fazer isso? Que mais há para cortar? Privamo-nos de coisas dos nossos filhos ou de nós próprios"

Uma das mais pesadas heranças da crise da dívida na Grécia é a suspensão das convenções coletivas de trabalho. Apesar da recuperação do país, muito poucas entraram em vigor, com exceção do setor do turismo.

Sindicatos exigem contratação coletiva

Os sindicatos explicam que, através dos acordos de negociação coletiva, os trabalhadores e os empregados podem pedir melhores salários e condições de trabalho.

"Na União Europeia, 27, 86% da população ativa está abrangida por um acordo de negociação colectiva, na Grécia esse número é de apenas 24% dos trabalhadores do setor privado", refere Dimitris Tachmatzidis, vice-presidente do GSEE

As más condições de trabalho mantêm uma grande parte da população ativa da Grécia fora do mercado de trabalho. 

Alguns analistas projetam que, perante este quadro, o desemprego vai manter-se nos 10% durante mais uma década.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Taxas de desemprego na zona euro continuam estáveis, segundo os dados mais recentes do Eurostat

Sindicatos organizam protesto em Atenas contra semana de trabalho de seis dias

Polémica semana de trabalho de seis dias arranca em mais empresas gregas