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Eleições russas: homens armados obrigam ucranianos a "votar" nos territórios ocupados

Votação antecipada no território ucraniano ocupado de Mariupol
Votação antecipada no território ucraniano ocupado de Mariupol Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
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Chefe da istração regional de Zaporíjia ressalva que os ucranianos coagidos a votar em eleições consideradas ilegais não serão responsabilizados perante a lei. Imprensa ucraniana relata que cidadãos estão a ser forçados a comparecer nas urnas para projetar ideia de forte adesão ao sufrágio.

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As autoridades nomeadas pela Rússia nos territórios ocupados da Ucrânia estão a obrigar os ucranianos a ir às urnas para votar nas eleições presidenciais russas, que desta vez se estendem por três dias, de sexta-feira até domingo. Colaboradores russos vão de casa em casa com "urnas de voto", acompanhados por soldados armados.

A votação antecipada arrancou no início da semana em partes de quatro regiões temporariamente ocupadas: Zaporíjia, Kherson, Donetsk e Luhansk.

O relato é feito pela imprensa ucraniana, citando testemunhos de cidadãos. O objetivo será juntar o maior número possível de "votantes" para dar uma aparência de grande afluência às "eleições".

Tal como no anterior "referendo", Moscovo pretende legitimar a ocupação e a invasão em grande escala da Ucrânia iniciada em 2022.

Em muitas ocasiões, as pessoas, tanto nas aldeias como nas cidades, são visitadas e podem preencher os papéis diretamente nas suas casas. As forças de ocupação invocam razões de segurança "para não obrigar as pessoas a sair de casa". Mas, pelas mesmas razões, estas "comissões de voto móveis" são quase sempre acompanhadas por pessoas armadas.

Durante essas visitas, são recolhidos dados pessoais para compilar listas de "eleitores" e, por vezes, os residentes são filmados. O chefe do "serviço eleitoral" russo na região de Zaporíjia reconheceu que os habitantes locais estavam preocupados com as filmagens.

Kiev declara inequivocamente que as "eleições" nos seus territórios ocupados, uma votação à "mão armada", são ilegais e fictícias. Os cidadãos que ajudam ativamente as forças de ocupação na organização das "eleições" são perseguidos e até atacados: há uma semana, uma mulher foi morta no seu carro em Berdyansk.

Perante as técnicas de coação utilizadas pelos ocupantes, as autoridades ucranianas deixam claro que,  para quem não estiver disposto a apoiar Moscovo mas for forçado a fazê-lo sob a mira de uma arma, não haverá consequências legais.

"Temos apenas um conselho: sob ocupação, o mais importante é sobreviver, manter-se vivo e manter a saúde. Se fores forçado a votar ou a participar num processo ilegal, não serás responsabilizado por isso perante a lei", assegura Ivan Fedorov, o chefe  da istração regional de Zaporíjia, que está parcialmente sob ocupação russa.

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