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Entre a Finlândia e a Rússia: uma fronteira fechada

Entre a Finlândia e a Rússia: uma fronteira fechada
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Pelo menos até abril, a fronteira entre a Finlândia e a Rússia vai ficar fechada. A Finlândia afirma que esta decisão visa garantir a segurança nacional. As ONG denunciam um endurecimento da política migratória.

O governo finlandês encerrou, no final de 2023, os oito pontos de agem que partilha com a Rússia, ao longo de uma fronteira de quase 1400 quilómetros. A fronteira permanecerá fechada até, pelo menos, meados de abril.

As autoridades finlandesas invocaram razões de "segurança nacional".

As ONG afirmam que a medida está a pôr em risco a vida de centenas de requerentes de asilo.

Rússia acusada de ajudar imigrantes a atravessar a fronteira

As autoridades finlandesas acusam a Rússia de estar a canalizar para a fronteira migrantes ilegais, dando-lhes dinheiro, comida, alojamento ou transporte, uma prática que apelidam de "ataque híbrido" contra a Finlândia. O país integrou recentemente a NATO e opôs-se veementemente à invasão russa da Ucrânia.

A Rússia nega as acusações.

A Finlândia afirma que cerca de 500 imigrantes ilegais atravessaram a sua fronteira oriental em novembro, um aumento em relação às médias mensais anteriores de cerca de 30 pessoas.

O Governo finlandês considerou a situação como "uma séria ameaça à segurança nacional e à ordem pública".

Muitos desses migrantes ilegais estão agora abrigados em Joutseno, uma aldeia próxima, enquanto os seus pedidos de asilo são analisados.

O centro de acolhimento para requerentes de asilo situa-se a apenas 10 quilómetros em linha reta da fronteira russa. Atualmente, acolhe cerca de cem pessoas. As autoridades não nos permitiram o o às instalações, nem se mostraram dispostas a conceder-nos qualquer entrevista.

Alguns residentes concordaram em partilhar as suas histórias. Nabil, originário de Marrocos, confirmou que foi ajudado pela polícia e pelo exército russo.

“É bom para nós porque é muito fácil vir para cá".

Os requerentes de asilo não podem ser expulsos enquanto os seus pedidos estiverem a ser analisados. Este processo pode demorar até dois anos. Não parece haver registo de nenhuma expulsão para a Rússia.

Visitámos também a sede da Guarda de Fronteiras finlandesa, em Helsínquia. Marek Saareks, chefe adjunto do departamento, afirmou que as fronteiras marítimas e aéreas do país permanecem abertas, mas que, no que respeita à fronteira terrestre com a Rússia, a Finlândia tem poucas opções: "Temos informações de que existem na zona da cidade de São Petersburgo milhares de pessoas que podem entrar na Finlândia por esta via", afirmou o responsável.

As ONG finlandesas criticaram a medida. Pargol Miraftab, conselheiro jurídico da Amnistia Finlandesa, disse-nos que "temos direitos humanos que pertencem a todas as pessoas. E o governo tem o dever de respeitar esses direitos". Uma associação de empresas binacionais finlandesas e russas chegou mesmo a intentar uma ação judicial.

Opinião pública apoia fecho de fronteiras

No entanto, sondagens recentes mostram que cerca de 80% dos finlandeses concordam com o encerramento da fronteira.

Há quem afirme que a falta de ação levaria à chegada de um milhão de imigrantes ilegais ao país em dois anos.

Embora não faça parte do programa do governo e tenha sido desencadeado por razões diferentes, o encerramento parece, para alguns observadores, mais um o no sentido de um endurecimento da política de migração da Finlândia.

O governo, uma coligação liderada pelos conservadores e pela extrema-direita, apresentou planos para reduzir para metade as quotas para os requerentes de asilo e limitar a sua proteção, restringir os reagrupamentos familiares e fretar voos de repatriamento partilhados com outros países nórdicos.

As negociações estão em curso e ainda não foram adotadas novas leis específicas, mas os observadores concordam que, à semelhança de outros países da Europa, o país está a mudar para um novo paradigma em matéria de imigração, para desânimo das ONG.

Para ver a nossa reportagem completa clique no vídeo acima.

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