{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/12/07/centenas-morreram-na-rota-dos-balcas-e-nunca-ninguem-soube-o-nome-deles" }, "headline": "Centenas morreram na rota dos Balc\u00e3s... e nunca ningu\u00e9m soube o nome deles", "description": "Nesta reportagem da Euronews S\u00e9rvia, vemos o drama dos migrantes desconhecidos que morrem ao atravessar a rota dos Balc\u00e3s e falamos com as ONG que tentam identific\u00e1-los.", "articleBody": "Muitos migrantes na rota dos Balc\u00e3s perdem a vida nos rios. O Drina , entre a S\u00e9rvia e a B\u00f3snia-Herzegovina , \u00e9 r\u00e1pido e \u00e9 mortal. Aqui, perto da cidade de Loznica , no lado s\u00e9rvio da fronteira, rodeado por uma densa floresta, o Drina \u00e9 um obst\u00e1culo para os migrantes que tentam atravessar em busca de uma vida melhor. Milica \u0160vabi\u0107 \u00e9 advogada da ONG KlikAktiv e conta: \u0022 O problema \u00e9 que n\u00e3o sabemos quem est\u00e1 a ser enterrado. Todas as campas est\u00e3o marcadas como pessoas desconhecidas e apenas o ano da morte \u00e9 indicado. Por isso, muitas vezes n\u00e3o sabemos quem est\u00e1 a ser enterrado\u0022. N\u00e3o se sabe quantos migrantes se afogaram no Drina. Tal como nem sequer se sabe quantos deles morreram na S\u00e9rvia ou em todos os Balc\u00e3s. As institui\u00e7\u00f5es n\u00e3o mant\u00eam registos oficiais. No cemit\u00e9rio de Loznica, h\u00e1 12 campas id\u00eanticas. A \u00fanica fonte de informa\u00e7\u00e3o \u00e9 a base de dados online 4D , gerida por ativistas. \u0022Consigo imaginar quantas pessoas morrem e ningu\u00e9m sabe delas\u0022, diz\u00a0Vojin Ivkov, realizador de document\u00e1rios. \u0022Refiro-me \u00e0queles invernos em que caminham e atravessam estes rios poderosos. Algu\u00e9m adormece e os outros continuam a andar. O corpo fica l\u00e1. Vamos encontrar esses corpos nas florestas \u00e0 volta das fronteiras daqui a dez anos\u0022, acrescenta. As mortes de migrantes na rota dos Balc\u00e3s s\u00e3o registadas nesta base de dados. Foram registadas 400 mortes desde 2015. ", "dateCreated": "2023-12-07T13:36:38+01:00", "dateModified": "2023-12-07T17:50:00+01:00", "datePublished": "2023-12-07T17:49:56+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F09%2F34%2F04%2F1440x810_cmsv2_bb33fd25-a5a9-5a51-90a2-5ffa4c2289e4-8093404.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Migrantes dormem num edif\u00edcio abandonado na B\u00f3snia-Herzegovina", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F09%2F34%2F04%2F432x243_cmsv2_bb33fd25-a5a9-5a51-90a2-5ffa4c2289e4-8093404.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Centenas morreram na rota dos Balcãs... e nunca ninguém soube o nome deles

Migrantes dormem num edifício abandonado na Bósnia-Herzegovina
Migrantes dormem num edifício abandonado na Bósnia-Herzegovina Direitos de autor Amel Emric/AP
Direitos de autor Amel Emric/AP
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Nesta reportagem da Euronews Sérvia, vemos o drama dos migrantes desconhecidos que morrem ao atravessar a rota dos Balcãs e falamos com as ONG que tentam identificá-los.

PUBLICIDADE

Muitos migrantes na rota dos Balcãs perdem a vida nos rios. O Drina, entre a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina, é rápido e é mortal. Aqui, perto da cidade de Loznica, no lado sérvio da fronteira, rodeado por uma densa floresta, o Drina é um obstáculo para os migrantes que tentam atravessar em busca de uma vida melhor.

Milica Švabić é advogada da ONG KlikAktiv e conta: "O problema é que não sabemos quem está a ser enterrado. Todas as campas estão marcadas como pessoas desconhecidas e apenas o ano da morte é indicado. Por isso, muitas vezes não sabemos quem está a ser enterrado".

Não se sabe quantos migrantes se afogaram no Drina. Tal como nem sequer se sabe quantos deles morreram na Sérvia ou em todos os Balcãs. As instituições não mantêm registos oficiais. No cemitério de Loznica, há 12 campas idênticas. A única fonte de informação é a base de dados online 4D, gerida por ativistas.

"Consigo imaginar quantas pessoas morrem e ninguém sabe delas", diz Vojin Ivkov, realizador de documentários. "Refiro-me àqueles invernos em que caminham e atravessam estes rios poderosos. Alguém adormece e os outros continuam a andar. O corpo fica lá. Vamos encontrar esses corpos nas florestas à volta das fronteiras daqui a dez anos", acrescenta.

As mortes de migrantes na rota dos Balcãs são registadas nesta base de dados. Foram registadas 400 mortes desde 2015.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Discurso contra migrantes cresce na Eslovénia

Crise migratória: 34.000 migrantes ilegais atravessaram a Mancha para o Reino Unido desde janeiro

Bruxelas promove Aliança Global contra o Tráfico de Migrantes