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Longas filas de espera em Gaza para um pedaço de pão

Habitantes da Faixa Gaza têm a comida e a água racionadas
Habitantes da Faixa Gaza têm a comida e a água racionadas Direitos de autor MAHMUD HAMS/AFP or licensors
Direitos de autor MAHMUD HAMS/AFP or licensors
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Após o cerco israelita à Faixa de Gaza, os bens essenciais escasseiam. Milhares de pessoas esperam horas por pequenas porções de pão e água potável, com medo de serem alvo dos bombardeamentos de Israel.

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A imagem era impensável há apenas três semanas, mas hoje as longas filas de espera para comprar um pedaço de pão tornaram-se rotina nas ruas de Al Kariba, a oeste do campo de refugiados de Khan Younis, na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas e a resposta de Israel, com um cerco e bombardeamentos constantes mudaram por completo a vida dos locais.

Ibrahim Sorour, viu-se obrigado a abandonar a sua casa no norte da Faixa de Gaza e a procurar refúgio no sul do território. Mas a deslocação não o faz sentr mais seguro.

"Somos pessoas deslocadas do norte da Faixa de Gaza, vivemos cerca de 80 pessoas dentro de casa. Todos os dias chego às 4 da manhã e espero cinco horas até receber a minha parte do pão. Todos os dias, oiço notícias de bombardeamentos junto a padarias, nas ruas, ou mesmo em casas comuns, e isso faz-me ter medo de sair. Mesmo que não haja bombardeamentos, saio de casa de madrugada, antes do nascer do dia, e oiço os aviões de reconhecimento que estão sempre a sobrevoar-nos. Tenho mais medo desse som que me faz sentir que estou sempre a ser vigiado. É um verdadeiro horror, mas não há alternativa. Precisamos de comida e de pão".

O cerco israelita gerou graves problemas de abastecimento às pessoas deslocadas em busca de refúgio no sul da Faixa de Gaza. No dia a dia, deixaram de poder contar com luz, combustível, comida e água potável.

"Fugimos das nossas casas e não levámos nada connosco. No dia seguinte, ficámos a saber que a nossa casa tinha sido destruída e agora não temos absolutamente nada. Não temos abrigo, nem colchões, nem almofadas, nada. Agora estou à espera nesta fila", conta Shifa Tabsh, deslocada palestiniana.

Também a água é racionada: por dia, cada pessoa tem direito a 300 mililitros.

Saeb Laqan trabalha no Departamento de Água em Khan Yunis e descreve a situação como uma "catástrofe humanitária". 

"Não há água para bombear para as condutas, nem através de poços, nem para distribuição. Não temos reservas de combustível e também não há eletricidade. Se o mundo não interviere, a partir daí, será sua responsabilidade".

Com a chegada da noite, a escuridão vai conta de Khan Yunis, um breu interrompido apenas pelos clarões das que não cessam de cair.

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