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Polónia prepara-se para as eleições legislativas deste domingo

Cartazes da campanha eleitoral para as legislativas de 14 de outubro de 2023,  na Polónia
Cartazes da campanha eleitoral para as legislativas de 14 de outubro de 2023, na Polónia Direitos de autor Michal Dyjuk/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Michal Dyjuk/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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As sondagens sugerem que os conservadores no poder ganhem o escrutínio, mas percam a maioria e precisem da extrema-direita para governar.

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Na Polónia, após uma campanha muito disputada, em que os partidos e os respetivos líderes não hesitaram em lançar ataques pessoais aos adversários, os eleitores são chamados a escolher o rumo político para o país.

O professor universitário Wiesław Słowik, lamenta o nível da campanha: “Incomoda-me que haja pouca cultura, que os dois principais partidos apresentem um nível de civilização muito baixo, enquanto os partidos que fazem mais sentido, infelizmente, não tenham o poder de avançar.”

O confronto é entre o partido governante "Lei e Justiça" (PiS), liderado por Jarosław Kaczyński, e a "Coligação Cívica", liderada pelo partido "Plataforma Civica" (PO) com Donald Tusk como chefe.

O PiS é um movimento eurocético de direita conservadora, que governa a Polónia desde 2015. O seu líder, Jarosław Kaczyński, é formalmente vice-primeiro-ministro e chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, mas os meios de comunicação social chamam-lhe governante de facto do país.

A “Plataforma Cívica” sob o comando do proeminente político da UE e antigo primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, quer afastar-se dos métodos conservadores do PiS. Tusk insiste que esta eleição é a mais importante desde a queda do comunismo na Polónia em 1989. Segundo ele, o futuro europeu do país está em jogo.

Pesquisas recentes sugerem que o PiS lidera as intenções de voto e tem grande probabilidade de vencer, mas certamente perderá a maioria. 

Estima-se que cerca de 8% dos eleitores só tome uma decisão no dia do voto.

As escolhas possíveis dos polacos

Desde que assumiu o poder, o partido conservador e nacionalista reforçou as leis sobre o aborto na Polónia, construiu um muro na fronteira com a Bielorrússia com o objetivo de impedir a migração irregular e promete continuar a sua política anti-migração e opor-se aos planos da UE relativos à partilha de migrantes.

O governo também entrou em conflito com a UE por violações dos princípios democráticos, levando ao congelamento de milhares de milhões de euros de fundos de recuperação da pandemia destinados à Polónia. O partido Lei e Justiça quer menos autoridade da UE nos 27 países membros.

O governo conservador polaco aumentou os gastos militares e tem sido um forte apoiante da Ucrânia após a invasão russa em grande escala, embora a relação tenha sido recentemente afetada pelo conflito relativamente aos cereais.

O executivo ganhou popularidade devido aos benefícios pecuniários para famílias e reformados e prometeu expandir esses programas se for reeleito.

A coligação centrista, dominada pelo partido Plataforma Cívica, que agrega mais três pequenos partidos, entre os quais os verdes, promete laços mais fortes com a UE e resolver as divisões que acusa o partido do governo de criar na sociedade polaca. Também acusa o governo de minar o Estado de direito na Polónia e promete liberalizar a lei do aborto e libertar os meios de comunicação estatais do controlo governamental.  Promete ainda aumentar em 30% os salários dos professores, que estão a abandonar a profissão. 

Para além da Plataforma Cívica e do PiS, outras forças políticas concorrem a esta eleição, como a Terceira via, uma coligação do partido centrista Polónia 2050 e do Partido Popular Polaco agrário, PSL; a Confederação Liberdade e Independência, de extrema-direita e anti-UE que quer mais proteção nas fronteiras polacas e menos apoio à Ucrânia; a Nova Esquerda, um partido social-democrata que defende a separação da Igreja do Estado e um imposto sobre os bens da Igreja Católica da Polónia, para além da flexibilização da lei do aborto.

As sondagens sugerem que o atual governo provavelmente precisará do apoio da Confederação Liberdade e Independência para permanecer no poder, se perder a maioria.

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