{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/09/05/repressao-taliba-franca-resgata-oito-mulheres-e-criancas-afegas-refugiadas-no-paquistao" }, "headline": "Repress\u00e3o talib\u00e3: Fran\u00e7a resgata oito mulheres e crian\u00e7as afeg\u00e3s refugiadas no Paquist\u00e3o", "description": "Grupo de mulheres e crian\u00e7as afeg\u00e3s resgatado por Fran\u00e7a. Fugiram da repress\u00e3o dos Talib\u00e3s e pedem ajuda para o seu pa\u00eds.", "articleBody": "Cinco mulheres afeg\u00e3s e tr\u00eas crian\u00e7as, filhas de uma delas, foram transferidas para Paris pelas autoridades sas. Chegaram quinta-feira \u00e0 tarde ao abrigo da \u0022Opera\u00e7\u00e3o Apagan\u0022, organizada pelo governo gaul\u00eas. O grupo inclui a antiga diretora de uma universidade e uma professora; uma ex-consultora de uma organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental e uma apresentadora de televis\u00e3o.\u00a0 Quando os talib\u00e3s tomaram o poder n\u00e3o conseguiram partir nos voos organizados por v\u00e1rios pa\u00edses acidentais, mas n\u00e3o desistiram. Acabaram por conseguir fugiram do seu pa\u00eds, h\u00e1 v\u00e1rios meses e \u00a0refugiaram-se no Paquist\u00e3o. Direitos das mulheres estrangulados pelos talib\u00e3s Naveen Hashim, ativista e investigadora, trabalhava\u00a0 para o governo, \u0022era conselheira do Ministro da Pol\u00edtica\u0022, mas foi\u00a0 amea\u00e7ada pelos talib\u00e3s, \u0022amea\u00e7aram a minha vida\u0022, desabafava. Por isso, viu-se \u0022for\u00e7ada a fugir do Afeganist\u00e3o\u0022. E as hist\u00f3rias repetem-se entre estas afeg\u00e3s que conseguiram escapar a um destino demasiado incerto. \u0022Ainda n\u00e3o consigo acreditar, sinto-me como se estivesse a sonhar\u0022 dizia, \u00e0 Ag\u00eancia Press, a professora, de 28 anos, que n\u00e3o quis revelar o seu nome. Em Cabul, os talib\u00e3s ordenaram-lhe que \u0022deixasse de ensinar\u0022 e amea\u00e7aram-na de pris\u00e3o se asse os seus alunos. Centenas de afeg\u00e3s \u0022escondidas\u0022 no Paquist\u00e3o Organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o-governamentais gaulesas, que apelavam a Paris, \u00e0 muito tempo, que criasse um corredor humanit\u00e1rio para estas mulheres - sa\u00fadam a iniciativa mas frisam que ela foi poss\u00edvel gra\u00e7as ao trabalho de ativistas que se bateram por estas mulheres e acrescentam que \u00e9 preciso criar \u0022uma verdadeira porta de entrada humanit\u00e1ria\u0022 para elas.\u00a0 Esta opera\u00e7\u00e3o, frisava \u00e0 AFP Delphine Rouilleault, diretora-geral do Conselho dos Refugiados Afeg\u00e3os, s\u00e3o \u0022boas not\u00edcias\u0022 mas \u0022n\u00e3o s\u00e3o o resultado de uma decis\u00e3o pol\u00edtica\u0022. A referida organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental estima que centenas de mulheres afeg\u00e3s estejam \u0022escondidas\u0022 no Paquist\u00e3o, fugidas da \u00a0repress\u00e3o talib\u00e3 . Fugiram porque se viram for\u00e7adas. Muzhgan Feraji, antiga apresentadora de televis\u00e3o afeg\u00e3, pedia que n\u00e3o se esque\u00e7a o seu pa\u00eds: \u0022 A mulher afeg\u00e3, as pessoas, precisamos do vosso apoio e do apoio das Na\u00e7\u00f5es Unidas.\u0022 Recome\u00e7ar do zero Fran\u00e7a criou um mecanismo de acolhimento, que come\u00e7a n um centro de \u0022tr\u00e2nsito\u0022, \u00a0para estas e outras mulheres que consigam ser resgatadas. A prioridade - como explicava\u00a0 \u00e0 AFP Didier Leschi, diretor-geral do Gabinete Franc\u00eas de Imigra\u00e7\u00e3o e Integra\u00e7\u00e3o, organismo sob a tutela do Minist\u00e9rio do Interior - \u00e9 dada \u00e0s mulheres mais amea\u00e7adas pelos talib\u00e3s, \u0022porque ocuparam posi\u00e7\u00f5es importantes na sociedade afeg\u00e3 (...) ou t\u00eam os estreitos com ocidentais\u0022. As rec\u00e9m-chegadas a Paris ficam registadas como requerentes de asilo e ter\u00e3o direito a alojamento de \u0022longa dura\u00e7\u00e3o\u0022, enquanto o Gabinete Franc\u00eas de Prote\u00e7\u00e3o dos Refugiados e Ap\u00e1tridas decide o seu futuro. A promessa de Macron \u00e0s mulheres afeg\u00e3s No ver\u00e3o de 2021, o Presidente franc\u00eas Emmanuel Macron prometia que o seu pa\u00eds permaneceria \u0022ao lado das mulheres afeg\u00e3s\u0022. Promessa feita no meio de uma opera\u00e7\u00e3o de evacua\u00e7\u00e3o: 15 769 pessoas entre a primavera de 2021 e o final de julho de 2023, de acordo com dados oficiais. Dois anos depois, as mulheres afeg\u00e3s t\u00eam um duro caminho pela frente. Organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o-governamentais dizem que a opera\u00e7\u00e3o de resgate deste grupo de cinco mulheres \u00e9 uma gota num imenso oceano e que n\u00e3o significa, por si s\u00f3, um\u00a0 \u0022compromisso\u0022 por parte do governo de Fran\u00e7a. ", "dateCreated": "2023-09-05T01:36:10+02:00", "dateModified": "2023-09-05T08:06:33+02:00", "datePublished": "2023-09-05T08:02:54+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F05%2F78%2F1440x810_cmsv2_ce3f9af2-58be-5c24-be91-ba0fa825eaa4-7870578.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Refugiadas afeg\u00e3s aterram em Paris", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F05%2F78%2F432x243_cmsv2_ce3f9af2-58be-5c24-be91-ba0fa825eaa4-7870578.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Madeira", "givenName": "Nara", "name": "Nara Madeira", "url": "/perfis/804", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Repressão talibã: França resgata oito mulheres e crianças afegãs refugiadas no Paquistão

Refugiadas afegãs aterram em Paris
Refugiadas afegãs aterram em Paris Direitos de autor GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP or licensors
Direitos de autor GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP or licensors
De Nara Madeira com AFP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Grupo de mulheres e crianças afegãs resgatado por França. Fugiram da repressão dos Talibãs e pedem ajuda para o seu país.

PUBLICIDADE

Cinco mulheres afegãs e três crianças, filhas de uma delas, foram transferidas para Paris pelas autoridades sas. Chegaram quinta-feira à tarde ao abrigo da "Operação Apagan", organizada pelo governo gaulês.

O grupo inclui a antiga diretora de uma universidade e uma professora; uma ex-consultora de uma organização não-governamental e uma apresentadora de televisão. 

Quando os talibãs tomaram o poder não conseguiram partir nos voos organizados por vários países acidentais, mas não desistiram. Acabaram por conseguir fugiram do seu país, há vários meses e refugiaram-se no Paquistão.

Direitos das mulheres estrangulados pelos talibãs

Naveen Hashim, ativista e investigadora, trabalhava para o governo, "era conselheira do Ministro da Política", mas foi ameaçada pelos talibãs, "ameaçaram a minha vida", desabafava. Por isso, viu-se "forçada a fugir do Afeganistão".

E as histórias repetem-se entre estas afegãs que conseguiram escapar a um destino demasiado incerto. "Ainda não consigo acreditar, sinto-me como se estivesse a sonhar" dizia, à Agência Press, a professora, de 28 anos, que não quis revelar o seu nome. Em Cabul, os talibãs ordenaram-lhe que "deixasse de ensinar" e ameaçaram-na de prisão se asse os seus alunos.

AAMIR QURESHI/AFP or licensors
Uma cidadã afegã participa num protesto contra o governo talibã, em Islamabad (agosto de 2023), para marcar o 2º aniversário da tomada do Afeganistão pelos talibãsAAMIR QURESHI/AFP or licensors

Centenas de afegãs "escondidas" no Paquistão

Organizações não-governamentais gaulesas, que apelavam a Paris, à muito tempo, que criasse um corredor humanitário para estas mulheres - saúdam a iniciativa mas frisam que ela foi possível graças ao trabalho de ativistas que se bateram por estas mulheres e acrescentam que é preciso criar "uma verdadeira porta de entrada humanitária" para elas. Esta operação, frisava à AFP Delphine Rouilleault, diretora-geral do Conselho dos Refugiados Afegãos, são "boas notícias" mas "não são o resultado de uma decisão política".

A referida organização não-governamental estima que centenas de mulheres afegãs estejam "escondidas" no Paquistão, fugidas da repressão talibã.

Fugiram porque se viram forçadas. Muzhgan Feraji, antiga apresentadora de televisão afegã, pedia que não se esqueça o seu país: "A mulher afegã, as pessoas, precisamos do vosso apoio e do apoio das Nações Unidas."

Recomeçar do zero

França criou um mecanismo de acolhimento, que começa num centro de "trânsito", para estas e outras mulheres que consigam ser resgatadas. A prioridade - como explicava à AFP Didier Leschi, diretor-geral do Gabinete Francês de Imigração e Integração, organismo sob a tutela do Ministério do Interior - é dada às mulheres mais ameaçadas pelos talibãs, "porque ocuparam posições importantes na sociedade afegã (...) ou têm os estreitos com ocidentais".

As recém-chegadas a Paris ficam registadas como requerentes de asilo e terão direito a alojamento de "longa duração", enquanto o Gabinete Francês de Proteção dos Refugiados e Apátridas decide o seu futuro.

A promessa de Macron às mulheres afegãs

No verão de 2021, o Presidente francês Emmanuel Macron prometia que o seu país permaneceria "ao lado das mulheres afegãs". Promessa feita no meio de uma operação de evacuação: 15 769 pessoas entre a primavera de 2021 e o final de julho de 2023, de acordo com dados oficiais.

Dois anos depois, as mulheres afegãs têm um duro caminho pela frente. Organizações não-governamentais dizem que a operação de resgate deste grupo de cinco mulheres é uma gota num imenso oceano e que não significa, por si só, um "compromisso" por parte do governo de França.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Mulheres afegãs inscrevem-se em aulas online para continuarem os estudos

Mulheres afegãs protestam em Cabul contra regime talibã

ONU apela aos talibãs que deixem as afegãs frequentarem universidades