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Aung San Suu Kyi recebe perdão parcial pelo Conselho de Estado de Myanmar

Aung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi Direitos de autor Khin Maung Win/AP
Direitos de autor Khin Maung Win/AP
De Francisco Marques
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A Nobel da Paz de 1991 está detida desde fevereiro de 2021 e foi incluída num lote de mais de sete mil prisioneiros amnistiados no quadro da Quaresma budista

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Aung San Suu Kyi foi perdoada, anunciaram meios de comunicação estatais de Myanmar, em cinco das 19 acusações pelas quais foi condenada a 33 anos de prisão. 

A Nobel da Paz de 1991 vai, por isso continuar sob prisão, vendo apenas reduzida em seis anos a sentença, explicou Zaw Min Tun, o porta-voz da junta militar no poder.

O indulto à Nobel da Paz de 1991, hoje com 78 anos, terá sido concedido numa amnistia concedida, no âmbito da Quaresma budista, que abrange este ano mais de sete mil prisioneiros na antiga Birmânia.

"O Presidente do Conselho istrativo do Estado perdoou Aung San Suu Kyi, condenada pelos tribunais, sob a Lei de Direitos Humanos", informou a televisão estatal birmanesa esta terça-feira.

Entre os crimes imputados a Suu Kyi há alegada corrupção, fraude eleitoral ou má conduta sanitária durante a pandemia de Covid-19.

Detida desde fevereiro de 2021, quando o governo de facto por si liderado foi derrubado pela junta militar, a Nobel da Paz tinha saído recentemente do confinamento solitário na prisão e permanecia em prisão domiciliária num prédio do governo, em Naypyitaw, disse na sexta-feira uma fonte da Liga Nacional pela Democracia (NLD), o partido de Suu Kyi.

Aung San Suu Kyi foi detida pela primeira vez em 1989 após ter participado em protestos contra a liderança militar então no poder na antiga Birmânia. Foi agraciado com o Nobel da Paz em 1991 pela campanha realizada em prol da democracia naquela país, mas continuou sob detenção até 2010.

A nobel da Paz venceu as primeiras eleições em 2015, tentou implementar diversas reformas militares no país, mas viu o mandato manchado pela repressão violenta sobre a minoria Rohynghia. Em novembro de 2020, o NLD voltaria a ganhar a maioria parlamentar nas urnas, num escrutínio contestado pela oposição afeta a ala militar.

Os militares viriam a protagonizar um golpe a 1 de fevereiro de 2021, derrubaram o governo eleito e colocaram uma junta no poder.

Também o presidente eleito Win Myint, detido na mesma altura de San Suu Kyi após o golpe, faz parte dos presos amnistiados. Foi perdoado em algumas das acusações que lhe foram dirigidas e viu a pena de prisão reduzida em quatro anos.

Eleições adiadas

A junta militar no poder anunciou, entretanto, na segunda-feira o adiamento das prometidas eleições para este ano após uma reunião do general Min Aung Hlaing, o líder da junta, com o Conselho de Segurança e Defesa Nacional, da qual saiu ainda o prolongamento por mais seis meses do atual estado de emergência em vigor naquela país asiático.

As eleições deveriam ser realizadas até este mês de agosto, de acordo com um compromisso estabelecido após a junta ter derrubado em 2021 o governo liderado por Aung San Suu Kyi.

"Durante a realização de eleições, para que estas sejam livres e justas, e para que as pessoas possam votar sem receio, são necessárias medidas de segurança, pelo que o período de vigência do estado de emergência deve ser prolongado", ouviu-se na declaração lida pela junta numa emissão da televisão estatal de Myanmar.

Outras fontes • AFP, Reuters, AP

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