{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/07/31/reforco-militar-na-fronteira-oriental-da-polonia-afeta-turismo" }, "headline": "Refor\u00e7o militar na fronteira oriental da Pol\u00f3nia afeta turismo", "description": "Perante a amea\u00e7a de proximidade do Grupo paramilitar Wagner na vizinha Bielorr\u00fassia, a Pol\u00f3nia tem vindo a refor\u00e7ar cada vez mais a seguran\u00e7a a leste.", "articleBody": "A regi\u00e3o fronteiri\u00e7a do leste da Pol\u00f3nia , conhecida pela natureza id\u00edlica e pelo turismo, est\u00e1, agora, associada a uma crise migrat\u00f3ria e a uma maior mobiliza\u00e7\u00e3o militar no contexto de tens\u00f5es com a R\u00fassia e a Bielorr\u00fassia . A proximidade do grupo paramilitar Wagner , na Bielorr\u00fassia , tem for\u00e7ado a aumentar o n\u00edvel de alerta. \u0022O estado polaco decidiu construir uma barreira ao longo de toda a fronteira com a Bielorr\u00fassia e esta barreira est\u00e1 a ser constantemente expandida e fortalecida, por isso a nossa fronteira est\u00e1 selada. Tamb\u00e9m aument\u00e1mos a presen\u00e7a do Ex\u00e9rcito polaco e dos guardas de fronteira para manifestar a nossa efici\u00eancia e prepara\u00e7\u00e3o para uma poss\u00edvel defesa. Mas espero que isso n\u00e3o aconte\u00e7a. Somos membros da Organiza\u00e7\u00e3o do Tratado do Atl\u00e2ntico Norte. Tamb\u00e9m temos tropas aliadas no territ\u00f3rio do pa\u00eds\u201d, sublinhou, em entrevista \u00e0 Euronews,\u00a0 Adam Andruszkiewicz, vice-ministro da Digitaliza\u00e7\u00e3o na regi\u00e3o de Podlasie . Tal como foi anunciado pelo minist\u00e9rio da Defesa, al\u00e9m da unidade militar rec\u00e9m-organizada em Kolno , a Pol\u00f3nia tamb\u00e9m prepara novas unidades em Grajewo , Siemiatycze e Czerwony Bor . Enquanto a Pol\u00f3nia se prepara para poss\u00edveis provoca\u00e7\u00f5es por parte do Grupo Wagner , os turistas mudam os planos de f\u00e9rias, por precau\u00e7\u00e3o. Conforme estimado pelos habitantes locais, o n\u00famero de turistas caiu para metade recentemente. \u0022O Grupo Wagner n\u00e3o \u00e9 uma for\u00e7a que pode gerar qualquer perigo real nesta \u00e1rea. No entanto, as autoridades criaram fortemente essa impress\u00e3o, agora que o tema da amea\u00e7a dos refugiados foi esgotado. O Grupo Wagner simplesmente aparece como uma nova figura assustadora. \u00c9 um susto efetivo e outra causa de desest\u00edmulo para os turistas. As pessoas est\u00e3o a cancelar as reservas. Perguntam se podem ir para a floresta, por exemplo, e se haver\u00e1 um ataque\u201d, explicou\u00a0Kamil Syller, gestor de um neg\u00f3cio no setor do agroturismo. Muitos moradores dizem que est\u00e3o cansados da presen\u00e7a do Ex\u00e9rcito, do ru\u00eddo dos ve\u00edculos militares e das verifica\u00e7\u00f5es constantes, mas t\u00eam receio de falar sobre isso abertamente perante as c\u00e2maras, temendo poss\u00edveis consequ\u00eancias. Mesmo aqueles que expressam preocupa\u00e7\u00e3o com a situa\u00e7\u00e3o culpam as elei\u00e7\u00f5es pr\u00f3ximas e os meios de comunica\u00e7\u00e3o por alimentar o p\u00e2nico. \u0022Neste momento, temos uma campanha eleitoral pr\u00f3xima. Se ligarmos a televis\u00e3o p\u00fablica, somos informados de que a regi\u00e3o fronteiri\u00e7a de Podlasie \u00e9 segura, com muitos pol\u00edcias e milhares de soldados deslocados para a tornar segura. Se ligarmos o canal de televis\u00e3o independente, o Grupo Wagner est\u00e1, supostamente, a invadir a fronteira leste. N\u00e3o h\u00e1 nada disso aqui\u201d, ressalvou\u00a0Michal Panfilu, comerciante. Desde a invas\u00e3o em grande escala da Ucr\u00e2nia pela R\u00fassia , a Pol\u00f3nia aumentou os gastos com defesa para 4% do PIB, com potencial para chegar a 5%, de acordo com declara\u00e7\u00f5es dos pol\u00edticos. A Pol\u00f3nia tornou-se, assim, um dos pa\u00edses com maiores investimentos militares de toda a NATO. ", "dateCreated": "2023-07-31T06:54:53+02:00", "dateModified": "2023-07-31T10:56:50+02:00", "datePublished": "2023-07-31T10:56:48+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F41%2F62%2F60%2F1440x810_cmsv2_eaa242a7-7929-567f-8092-b8d9b895e8fe-7416260.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Regi\u00e3o fronteiri\u00e7a da Pol\u00f3nia est\u00e1 cada vez mais militarizada.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F41%2F62%2F60%2F432x243_cmsv2_eaa242a7-7929-567f-8092-b8d9b895e8fe-7416260.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Reforço militar na fronteira oriental da Polónia afeta turismo

Região fronteiriça da Polónia está cada vez mais militarizada.
Região fronteiriça da Polónia está cada vez mais militarizada. Direitos de autor Michal Dyjuk/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Michal Dyjuk/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Perante a ameaça de proximidade do Grupo paramilitar Wagner na vizinha Bielorrússia, a Polónia tem vindo a reforçar cada vez mais a segurança a leste.

PUBLICIDADE

A região fronteiriça do leste da Polónia, conhecida pela natureza idílica e pelo turismo, está, agora, associada a uma crise migratória e a uma maior mobilização militar no contexto de tensões com a Rússia e a Bielorrússia.

A proximidade do grupo paramilitar Wagner, na Bielorrússia, tem forçado a aumentar o nível de alerta.

"O estado polaco decidiu construir uma barreira ao longo de toda a fronteira com a Bielorrússia e esta barreira está a ser constantemente expandida e fortalecida, por isso a nossa fronteira está selada. Também aumentámos a presença do Exército polaco e dos guardas de fronteira para manifestar a nossa eficiência e preparação para uma possível defesa. Mas espero que isso não aconteça. Somos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Também temos tropas aliadas no território do país”, sublinhou, em entrevista à Euronews,Adam Andruszkiewicz, vice-ministro da Digitalização na região de Podlasie.

Tal como foi anunciado pelo ministério da Defesa, além da unidade militar recém-organizada em Kolno, a Polónia também prepara novas unidades em Grajewo, Siemiatycze e Czerwony Bor.

Enquanto a Polónia se prepara para possíveis provocações por parte do Grupo Wagner, os turistas mudam os planos de férias, por precaução. Conforme estimado pelos habitantes locais, o número de turistas caiu para metade recentemente.

"O Grupo Wagner não é uma força que pode gerar qualquer perigo real nesta área. No entanto, as autoridades criaram fortemente essa impressão, agora que o tema da ameaça dos refugiados foi esgotado. O Grupo Wagner simplesmente aparece como uma nova figura assustadora. É um susto efetivo e outra causa de desestímulo para os turistas. As pessoas estão a cancelar as reservas. Perguntam se podem ir para a floresta, por exemplo, e se haverá um ataque”, explicou Kamil Syller, gestor de um negócio no setor do agroturismo.

Muitos moradores dizem que estão cansados da presença do Exército, do ruído dos veículos militares e das verificações constantes, mas têm receio de falar sobre isso abertamente perante as câmaras, temendo possíveis consequências.

Mesmo aqueles que expressam preocupação com a situação culpam as eleições próximas e os meios de comunicação por alimentar o pânico.

"Neste momento, temos uma campanha eleitoral próxima. Se ligarmos a televisão pública, somos informados de que a região fronteiriça de Podlasie é segura, com muitos polícias e milhares de soldados deslocados para a tornar segura. Se ligarmos o canal de televisão independente, o Grupo Wagner está, supostamente, a invadir a fronteira leste. Não há nada disso aqui”, ressalvou Michal Panfilu, comerciante.

Desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, a Polónia aumentou os gastos com defesa para 4% do PIB, com potencial para chegar a 5%, de acordo com declarações dos políticos.

A Polónia tornou-se, assim, um dos países com maiores investimentos militares de toda a NATO.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Marcha contra a imigração junta milhares de pessoas em Varsóvia

Tempestades severas atingem sul da Polónia e causam danos generalizados

Principal diplomata polaco critica a guerra da Rússia na Ucrânia: "Não têm terra suficiente?"