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Espanha acelera corrida eleitoral com extrema-direita já a deixar marca

Atual primeiro-ministro Pedro Sánchez (PSOE) e o líder da oposição Nunez Feijóo (PP)
Atual primeiro-ministro Pedro Sánchez (PSOE) e o líder da oposição Nunez Feijóo (PP) Direitos de autor AP Photo/Bernat Armangue
Direitos de autor AP Photo/Bernat Armangue
De Francisco Marques
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Voto pelo correio já bateu o recorde e foi alargado até quinta-feira. Urnas abertas nas embaixadas e consulados. Derradeiras sondagens revelam incerteza do escrutínio

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Foi prolongado até quinta-feira o voto por correspondência nas muito aguardadas eleições antecipadas de Espanha, marcadas para o próximo domingo, 23 de julho.

A grande procura pelo voto postal, com mais de 2,6 milhões de pedidos, levou as autoridades também a decidir manter abertos os postos de correio inclusive este domingo. 

Até ao final de sexta-feira, já haviam votado presencialmente em postos de correio espanhóis 1,92 milhões de eleitores, um recorde perante os 1,34 milhões totais das eleições de 2019 e o anterior máximo de 1,45 milhões de 2016.

Entretanto, nas embaixadas e consulados espanhóis espalhados pelo mundo, as urnas abriram já este sábado.

A corrida política promete ser renhida. Os socialistas de centro-esquerda do PSOE, atualmente no poder com Pedro Sánchez como primeiro-ministro, perdem nas sondagens para a direita, com o Partido Popular, o favorito agora liderado por Nunez Feijóo, a parecer ainda dependente de uma coligação com a extrema-direita para governar.

Feijóo tem tentado afastar-se do VOX para impedir uma fuga de votos na reta final, devido aos receios dos eleitores de voltarem a ter extrema-direita envolvida na governação, e chegou a propor num debate televisivo com Pedro Sanchez que rejeitaria por escrito uma coligação com os ultranacionalistas se o líder do PSOE se comprometesse a validar um governo PP, abstendo-se, e se ao mesmo tempo também se comprometesse que não iria forçar um governo com recurso à extrema-esquerda. 

Sánchez, visivelmente incomodado, recusou o compromisso e talvez esteja a confiar numa reviravolta final nas preferências de voto dos espanhóis.

Na quinta-feira, o Centro de Investigação Social (CIS) publicou uma sondagem onde o PSOE ganharia as eleições com 31% dos votos, ficando o PP em segundo com 29,6% e o Sumar, atual parceiro de governo dos socialistas, seria a terceira força política, com 15,5%, e o VOX cairia para quarto, com 11,7%.

O El País colocava este sábado o PP como vencedor, conseguindo eleger 133 deputados, contra 109 do PSOE, com o VOX ainda como terceira força política, com 39 assentos na assembleia espanhola e a permitir maioria absoluta à direita, e o Sumar, com 38.

Uma sondagem em tempo real difundida pela "laSexta" dava sábado à noite o PP como vencedor, com 33,5% dos votos e o PSOE em segundo, com 26,3%, mas com possibilidades de governar mediante a manutenção da atual coligação com o Sumar, da atual vice-primeira-ministra Yolanda Díaz, que surge com 13,7% do escrutínio nesta estimativa.

A líder do Sumar mostra-se confiante, em entrevista ao El País, de que irá continuar a governar com o PSOE. "E vamos fazê-lo ainda melhor", sublinhou Yolanda Sanchez, valorizando sobretudo o poder das mulheres na política espanhola.

Nós, mulheres, ganhámos a Gallardón e a Mariano Rajoy. Vamos continuar a ganhar no 23 de julho e vamos tomar medidas e políticas públicas como estamos agora a fazer.
Yolanda Díaz
Vce-primeira-ministra de Espanha e candidata pelo Sumar

O PP, no entanto, pode aspirar a governar se conseguir negociar uma controversa coligação com o VOX, de extrema-direita, que na sondagem do "laSexta" aparece com 13,8%.

Perante a quebra nas sondagens, os ultranacionalistas tentam apelar ao voto útil porque só assim, defendem, será possível evitar que a esquerda continue a governar.

Em entrevista ao "El Español", Feijóo afimou que, "neste momento, o VOX não é um bom sócio" para governar e poderia "provocar umas tensões que não são necessárias". 

"Espanha tem de de preocupar-se com o que é importante e algumas discussões que o VOX coloca na mesa faz-nos afastar do importante e dividir a sociedade", disse o líder do PP.

As eleições em Espanha acontecem no domingo, 23 de julho.

Outras fontes • EFE, El País, El Español, laSexta, El Mundo

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