{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/06/22/energia-nuclear-mais-rentabilidade-por-influencia-geopolitica-do-que-economica" }, "headline": "Energia nuclear: mais rentabilidade por influ\u00eancia geopol\u00edtica do que econ\u00f3mica", "description": "Apesar de a energia nuclear ter pedido terreno face a outras alternativas continua a ser utilizada como arma de arremesso pol\u00edtico e de influ\u00eancia na arena global.", "articleBody": "Tem sido uma mudan\u00e7a de vis\u00e3o gradual, mas quase completa. Dos protestos antinucleares - por causa dos riscos de acidente ou dos problemas com o armazenamento de lixo t\u00f3xico - \u00e0 apresenta\u00e7\u00e3o da energia nuclear como n\u00e3o poluente, esta op\u00e7\u00e3o tem dividido opini\u00f5es. Ap\u00f3s o desaparecimento dos movimentos ecologistas antinucleares na sequ\u00eancia da ren\u00fancia alem\u00e3 ao nuclear, a ind\u00fastria apresenta uma esp\u00e9cie de renascimento como fonte de eletricidade sem emiss\u00f5es de carbono, verde e limpa, que ajuda a mitigar as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Um esfor\u00e7o de rela\u00e7\u00f5es p\u00fablicas que alguns pa\u00edses t\u00eam aproveitado numa altura em que se assiste \u00e0 queda do nuclear por causa da press\u00e3o das energias renov\u00e1veis. A China continua a manter as apostas. Quer ser o maior produtor mundial de gigawatts de energia nuclear at\u00e9 2030. A R\u00fassia tamb\u00e9m se quer consolidar. \u0022A R\u00fassia tem uma ind\u00fastria nuclear que funciona bem. \u00c9 capaz de fornecer produtos e servi\u00e7os para todo o mundo e tem a vantagem de estar integrada ao longo de toda a cadeia de valor, ou seja, produz ur\u00e2nio. S\u00e3o capazes de enriquec\u00ea-lo, s\u00e3o capazes de produzir centrais nucleares, de reprocessar o combust\u00edvel e s\u00f3 est\u00e3o a uma curta dist\u00e2ncia de conseguir oferecer um servi\u00e7o completo, motivo pelo qual est\u00e3o a dizer: \u0022constru\u00edmos a sua central nuclear e tratamos de tudo\u201d, explicou, em entrevista \u00e0 Euronews,\u00a0Philippe Copinschi, professor na Paris School of International Affairs. O com\u00e9rcio nuclear \u00e9 uma ind\u00fastria estrat\u00e9gica, para promover rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas comerciais e institucionais. Uma ferramenta que alguns usam para manter a presen\u00e7a na arena internacional, mesmo que os custos de produ\u00e7\u00e3o surgiram o contr\u00e1rio e que tudo aponte para a diminui\u00e7\u00e3o do peso da energia nuclear. \u0022A energia nuclear est\u00e1-se a tornar cada vez menos competitiva. (...) O pre\u00e7o da eletricidade, das energias renov\u00e1veis, em particular a e\u00f3lica e a solar, est\u00e1 a cair muito. (...) Hoje \u00e9 mais barato produzir energia e\u00f3lica do que nuclear\u201d, acrescentou\u00a0Philippe Copinschi. Um neg\u00f3cio nuclear mau neste contexto, pode, no entanto, ser visto tamb\u00e9m como um triunfo geopol\u00edtico se melhorar a influ\u00eancia econ\u00f3mica da ind\u00fastria e a pol\u00edtica do pa\u00eds exportador. ", "dateCreated": "2023-06-20T14:14:44+02:00", "dateModified": "2023-06-22T13:47:54+02:00", "datePublished": "2023-06-22T13:47:21+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F69%2F04%2F86%2F1440x810_cmsv2_65cf231f-4c10-5d8f-a4d6-444a7155ae20-7690486.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "H\u00e1 pa\u00edses que continuam a apostar na constru\u00e7\u00e3o de centrais nucleares,", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F69%2F04%2F86%2F432x243_cmsv2_65cf231f-4c10-5d8f-a4d6-444a7155ae20-7690486.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Energia nuclear: mais rentabilidade por influência geopolítica do que económica

Há países que continuam a apostar na construção de centrais nucleares,
Há países que continuam a apostar na construção de centrais nucleares, Direitos de autor AFP
Direitos de autor AFP
De Enrique Barrueco
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Apesar de a energia nuclear ter pedido terreno face a outras alternativas continua a ser utilizada como arma de arremesso político e de influência na arena global.

PUBLICIDADE

Tem sido uma mudança de visão gradual, mas quase completa. Dos protestos antinucleares - por causa dos riscos de acidente ou dos problemas com o armazenamento de lixo tóxico - à apresentação da energia nuclear como não poluente, esta opção tem dividido opiniões.

Após o desaparecimento dos movimentos ecologistas antinucleares na sequência da renúncia alemã ao nuclear, a indústria apresenta uma espécie de renascimento como fonte de eletricidade sem emissões de carbono, verde e limpa, que ajuda a mitigar as alterações climáticas.

Um esforço de relações públicas que alguns países têm aproveitado numa altura em que se assiste à queda do nuclear por causa da pressão das energias renováveis.

A China continua a manter as apostas. Quer ser o maior produtor mundial de gigawatts de energia nuclear até 2030.

A Rússia também se quer consolidar.

"A Rússia tem uma indústria nuclear que funciona bem. É capaz de fornecer produtos e serviços para todo o mundo e tem a vantagem de estar integrada ao longo de toda a cadeia de valor, ou seja, produz urânio. São capazes de enriquecê-lo, são capazes de produzir centrais nucleares, de reprocessar o combustível e só estão a uma curta distância de conseguir oferecer um serviço completo, motivo pelo qual estão a dizer: "construímos a sua central nuclear e tratamos de tudo”, explicou, em entrevista à Euronews, Philippe Copinschi, professor na Paris School of International Affairs.

O comércio nuclear é uma indústria estratégica, para promover relações diplomáticas comerciais e institucionais.

Uma ferramenta que alguns usam para manter a presença na arena internacional, mesmo que os custos de produção surgiram o contrário e que tudo aponte para a diminuição do peso da energia nuclear.

"A energia nuclear está-se a tornar cada vez menos competitiva. (...) O preço da eletricidade, das energias renováveis, em particular a eólica e a solar, está a cair muito. (...) Hoje é mais barato produzir energia eólica do que nuclear”, acrescentou Philippe Copinschi.

Um negócio nuclear mau neste contexto, pode, no entanto, ser visto também como um triunfo geopolítico se melhorar a influência económica da indústria e a política do país exportador.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Kiev garante que as forças ucranianas não foram cercadas na região de Kursk

Central nuclear de Paks, na Hungria, sem risco de inundação

Ataques em Zaporíjia: "Estamos perigosamente perto de um acidente nuclear"