{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/06/01/cimeira-da-comunidade-politica-europeia-reune-quase-50-lideres-na-moldavia" }, "headline": "Cimeira da Comunidade Pol\u00edtica Europeia re\u00fane quase 50 l\u00edderes na Mold\u00e1via", "description": "Os l\u00edderes europeus est\u00e3o em Bulboaca para falarem de seguran\u00e7a, energia e coopera\u00e7\u00e3o, tendo como pano de fundo a guerra na Ucr\u00e2nia e conflitos como Kosovo-S\u00e9rvia ou Nagorno-Karabakh.", "articleBody": "A guerra da R\u00fassia contra a Ucr\u00e2nia est\u00e1 no topo da agenda da segunda reuni\u00e3o da Comunidade Pol\u00edtica Europeia, que decorre esta quinta-feira na Mold\u00e1via.\u00a0 O presidente da Ucr\u00e2nia, Volodymy Zelenskyy, cuja presen\u00e7a n\u00e3o tinha sido confirmada at\u00e9 ao \u00faltimos momento, foi o primeiro a ser recebido e saudado pela presidente moldava,\u00a0Maia Sandu. 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Cimeira da Comunidade Política Europeia reúne quase 50 líderes na Moldávia

A presidente Maia Sandu é a anfitriã da cimeira
A presidente Maia Sandu é a anfitriã da cimeira Direitos de autor Peter Klaunzer/Keystone via AP
Direitos de autor Peter Klaunzer/Keystone via AP
De Maria Barradas & Euronews com Agências
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Os líderes europeus estão em Bulboaca para falarem de segurança, energia e cooperação, tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia e conflitos como Kosovo-Sérvia ou Nagorno-Karabakh.

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A guerra da Rússia contra a Ucrânia está no topo da agenda da segunda reunião da Comunidade Política Europeia, que decorre esta quinta-feira na Moldávia. 

O presidente da Ucrânia, Volodymy Zelenskyy, cuja presença não tinha sido confirmada até ao últimos momento, foi o primeiro a ser recebido e saudado pela presidente moldava, Maia Sandu.

Num encontro que reúne cerca de 50 líderes mundiais, Zelenskyy argumentou a importância da adesão da Ucrânia à NATO, agradeceu ao povo moldavo por ter acolhido refugiados ucranianos e afirmou que tanto a Ucrânia como a Moldávia estão destinadas a trabalhar "ombro a ombro" para aderir à UE.

"O nosso futuro é na UE e a Ucrânia está pronta para entrar na NATO. Estamos à espera que a NATO esteja pronta para acolher e receber a Ucrânia e penso que as garantias de segurança são muito importantes não só para a Ucrânia, mas também para todos os nossos vizinhos, para a Moldávia, devido à Rússia e à agressão na Ucrânia, e a potencial agressão a outras partes da Europa".

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell comentou: "A Rússia não está aqui, não porque não queiramos convidar a Rússia, mas porque a Rússia de Putin excluiu esta comunidade ao lançar este ataque, esta guerra injustificada contra a Ucrânia".

A repórter da Euronews, Efi Koutsokosta, está a acompanhar os trabalhos e refere:

"A escolha de realizar a segunda cimeira das Comunidades Políticas Europeias na Moldávia, em Bulboaca, a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, reveste-se de grande simbolismo. É vista como uma forte mensagem ao Kremlin de que qualquer ameaça à soberania do país não ficará sem resposta.

Mas, para além do elevado simbolismo, não são esperados grandes anúncios hoje - mas sim mais conversações bilaterais entre líderes, especialmente porque as tensões étnicas estão a aumentar entre a Sérvia e o Kosovo, cujos líderes também participam na cimeira".

A UE, representada na cimeira pelo Alto Representante para a Política Externa, Josep Borrell, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, quer usar a cimeira para chegar a muitos países da Europa de Leste que aram décadas dentro da União Soviética ou sob a sua esfera de influência imediata, e para reforçar a resposta unificada do continente à agressão russa.

A Moldávia, o país mais pobre da Europa, rodeado pela Ucrânia e pela Roménia, pretende aderir à UE até ao final da década e tem manifestado constantemente o seu apoio à Ucrânia e acolhido refugiados que fogem da guerra.

A presidente, Maia Sandu, afirmou que um dos principais objetivos da cimeira é "restaurar a paz no continente" e proteger a democracia na Moldávia e na Ucrânia das ameaças da Rússia.

Em análise estará também a situação de  Nagorno-Karabakh. Olaf Scholz e Emmanuel Macron, juntamente com o prsidente do Conselho Europeu, Louis Michel, participam numa das principais reuniões da cimeira com os líderes da Arménia e do Azerbaijão, duas antigas nações vizinhas do Cáucaso soviético que travaram guerras por causa de um território contestado.

Nagorno-Karabakh tem sido palco de sucessivas guerras. A mais recente, entre a Arménia e o Azerbaijão, foi em 2020 tendo matado mais de 6000 pessoas. A guerra terminou com um armistício mediado pela Rússia, no âmbito do qual a Arménia renunciou aos territórios que circundam a região.

Albin Kurti ausente

O conflito entre a Sérvia e o Kosovo é outra das questões em foco. 

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic disse aos jornalistas que iria fazer o seu melhor para acalmar as tensões e pediu aos sérvios de etnia no Kosovo para manterem os protestos pacíficos. Disse ainda que espera os enviados da UE e dos EUA em Belgrado, na próxima semana, e que se vai encontrar com Borrell na Moldávia.

O Kosovo está representado na cimeira pela presidente, Vjosa Osmani, mas a ausência do primeiro-ministro, Albin Kurti, pode inviabilizar a possibilidade de uma tentativa de resolução dos recentes distúrbios, uma vez que o cargo de presidente no Kosovo é, em grande parte, simbólico.

Os últimos atos de violência na região fazem temer uma repetição do conflito de 1998-99 no Kosovo, que custou mais de 10.000 vidas, deixou mais de um milhão de pessoas sem casa e deu origem a uma missão de manutenção da paz da NATO que dura há quase um quarto de século.

Devido à tensão crescente e à violência, esta semana a NATO decidiu enviar mais 700 soldados para reforçar o contingente da KFOR no Kosovo.

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