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Turquia: Haverá segunda volta na eleição presidencial?

Turcos celebram resultados eleitorais na noite de 14 de maio
Turcos celebram resultados eleitorais na noite de 14 de maio Direitos de autor Christoph Reichwein/(c) Copyright 2023, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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A tensão cresce na Turquia à espera do resultado da eleição presidencial e legislativa. Haverá ou não segunda volta entre Erdogan e Kılıçdaroğlu?

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A Turquia prepara-se para uma segunda volta da eleição presidencial, no escrutínio mais renhido das últimas décadas no país.

O resultado final ainda não é conhecido, mas quando estavam contados 97% dos votos, Recep Tayyip Erdogan vencia sem alcançar os 50%. O Conselho Superior Eleitoral atribuía-lhe 49,49%.

Kemal Kılıçdaroğlu seguia muito perto, com 44,92%.

Na noite eleitoral ambos os candidatos se mostraram confiantes numa vitória na segunda volta. Erdogan, que teve um desempenho melhor do que as sondagens pré-eleitorais previam e mostrou confiança e espírito combativo perante os seus eleitores: "Acreditamos firmemente que continuaremos a servir a nossa nação nos próximos 5 anos."

Inspirado pela possibilidade de uma segunda volta, o principal opositor do presidente, Kemal Kılıçdaroğlu, está convencido: "Se a nossa nação disser segunda volta, aceitamos de bom grado. Vamos ganhar estas eleições na segunda volta", disse, acrescentando: "Esta vontade de mudança na sociedade é superior a 50 por cento"..

Estas eleições têm como pano de fundo uma grave crise económica e o rescaldo de dois terramotos devastadores em fevereiro ado, na sequência dos quais o governo foi fortemente criticado pela sua resposta.

A eleição decide não só a liderança interna da Turquia e o futuro de 85 milhões de turcos, mas o rumo da nação, membro da NATO, na cena internacional.

A contagem dos votos é seguida atentamente pelos governos de todo o mundo. A derrota de Erdogan será um revés para Vladimir Putin, que perde um aliado de peso, mas um alívio para Washington e vários países do Médio Oriente, com relações difíceis com a Turquia.

Erdogan deu ao país uma dimensão incontornável na cena internacional e modernizou a Turquia com novas infraestruturas como pontes, hospitais e aeroportos e uma indústria militar procurada pelos governos estrangeiros, mas a política económica não acompanhou a dinâmica e o país vive numa espiral de crise, agravada pelas consequências dos terramotos devastadores de fevereiro.

Kemal Kılıçdaroğlu é para milhões de turcos o rosto da mudança e a esperança num futuro melhor. O candidato de uma coligação de seis partidos da oposição prometeu dar um novo rumo à Turquia, com o "regresso da democracia" e novas políticas económicas que capacitem as instituições que foram perdendo autonomia sob o controlo rígido do aparelho de estado de Erdogan.

Kilicdaroglu promete também a libertação de milhares de presos políticos e ativistas, incluindo nomes de alto escalão como o líder curdo Selahattin Demirtas e o filantropo Osman Kavala.

A Turquia votou também este domingo para eleger os novos membros do parlamento, mas ainda não se conhecem os resultados. A contagem dos votos decorre em clima de grande tensão, com a oposição a acusar os media públicos de estarem a reter a informação, como aconteceu nas eleições municipais de 2019 e a denunciar o AKP, de Erdogan, de estar a contestar centenas de votos em assembleias em que os resultados não lhe eram favoráveis.

Um dado concreto é a taxa de participação que bateu recordes. 93,6% dos eleitores turcos terão comparecido nas urnas, bem acima dos 87% do escrutínio de 2018.

Se houver segunda volta na eleição presidencial, vai ocorrer no dia 28 de maio.

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